Resolução SE - 80, de 3-11-2009
Dispõe sobre a definição de perfis de competências
e habilidades requeridos para professores da rede pública estadual e
bibliografia para exames e concursos, e dá providências correlatas
O Secretário da Educação, à vista do que lhe
representou o Comitê Gestor de elaboração de provas, de que trata a Resolução
SE 69/2000, e considerando a necessidade:
de explicitação dos perfis de competências e
habilidades desejáveis aos professores da rede pública estadual;
de orientação dos processos de concursos públicos e
de ações de formação continuada segundo tais perfis, resolve:
Artigo 1º - Aprova-se o Anexo que integra esta
resolução com a indicação dos perfis de habilidades e competências requeridos
de Professores PEB-I, PEB-II e de Educação Especial, bem como da bibliografia
básica.
Artigo 2º - Os perfis de habilidades e
competências, bem como a bibliografia básica indicada, serão requeridos na
primeira etapa do concurso público para provimento de cargos de Professor
Educação Básica II, para seleção de docentes temporários e para progressão na
carreira.
Parágrafo único - Para as ações de formação
continuada desenvolvidas no âmbito da Secretaria da Educação serão observados
os mesmos perfis e bibliografia constantes do Anexo que integra esta resolução.
Artigo 3º - Esta resolução entra em vigor na data
de sua publicação.
Nota:
Res. SE nº 69/09;
Onde se lê: ..., de que trata a Resolução SE
69/2000, ...; leia-se: ..., de que trata a Resolução SE 69/2009,...
(retificação do DOE de 12/11/09);
Alterada pela Res. SE nº 02/10;
Revogada pela Res. SE nº 70/10.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA
DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Exames e Concursos de Professores
PEB I / PEB II / Educação
Especial
- Perfis Profissionais -
Outubro
2009
1 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-I
1.1 Competências
Técnicas Gerais
1.5 Conhecimentos
Gerais (História, Geografia e Ciências)
2 PERFIL DOS PROFESSORES PEB-II
2.1 Parte Geral comum à todas as áreas
2.1.1..... Cultura geral e profissional
2.1.2..... Conhecimentos sobre crianças, jovens e adultos
2.1.3..... Conhecimentos sobre a dimensão cultural, social, política e
econômica da educação
2.1.4..... Conteúdos das áreas de conhecimento que são objeto de ensino
2.1.5..... Conhecimento pedagógico
2.1.6..... Conhecimento advindo da experiência
2.1.7..... Conhecimentos para o desenvolvimento profissional
2.1.8..... Competências do Professor - Parte Geral
2.1.9..... Bibliografia para Parte Geral
2.1.10... Documentos para Parte Geral
2.2 Perfil
desejado para o professor de Língua Portuguesa
2.2.1..... O professor de
Língua Portuguesa deve apresentar o seguinte perfil:
2.2.2..... Habilidades do
professor de Língua Portuguesa
2.2.3..... Bibliografia para
Língua Portuguesa
2.2.4..... Documentos para
Língua Portuguesa
2.3 Perfil
desejado para o professor de Arte
2.3.1..... O professor de Arte
deve apresentar o seguinte perfil:
2.3.2..... Habilidades do
professor de Arte
2.3.3..... Bibliografia para
Arte
2.3.4..... Documentos para
Arte
2.4 Perfil
desejado para o professor de Educação Física
2.4.1..... O professor de
Educação Física deve apresentar o seguinte perfil:
2.4.2..... Habilidades do
professor de Educação Física
2.4.3..... Bibliografia para
Educação Física
2.4.4..... Documentos para
Educação Física
2.5 Perfil
desejado para o professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês
2.5.1..... O professor de
Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve apresentar o seguinte perfil:
2.5.2..... Habilidades do
professor de Língua Estrangeira Moderna - Inglês
2.5.3..... Bibliografia para
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
2.5.4..... Documentos para
Língua Estrangeira Moderna - Inglês
2.6 Perfil
desejado para o professor de Matemática
2.6.1..... O professor de
Matemática deve apresentar o seguinte perfil:
2.6.2..... Habilidades do
professor de Matemática
2.6.3..... Bibliografia para
Matemática
2.6.4..... Documentos para
Matemática
2.7 Perfil
desejado para o professor de Ciências
2.7.1..... O professor de
Ciências deve apresentar o seguinte perfil:
2.7.2..... Habilidades do
professor de Ciências
2.7.3..... Bibliografia para
Ciências
2.7.4..... Documentos para
Ciências
2.8 Perfil
desejado para o professor de Física
2.8.1..... O professor de
Física deve apresentar o seguinte perfil:
2.8.2..... Competências
específicas do professor de Física
2.8.3..... Habilidades do
professor de Física
2.8.4..... Bibliografia para
Física
2.8.5..... Documentos para
Física
2.9 Perfil
desejado para o professor de Química
2.9.1..... O professor de
Química deve apresentar o seguinte perfil:
2.9.2..... Habilidades do
professor de Química
2.9.3..... Bibliografia para
Química
2.9.4..... Documentos para
Química
2.10 Perfil
desejado para o professor de Biologia
2.10.1... O professor de
Biologia deve apresentar o seguinte perfil:
2.10.2... Habilidades do
professor de Biologia
2.10.3... Bibliografia para
Biologia
2.10.4... Documentos para
Biologia
2.11 Perfil
desejado para o professor de História
2.11.1... O professor de
História deve apresentar o seguinte perfil:
2.11.2... Habilidades do
professor de História
2.11.3... Bibliografia para
História
2.11.4... Documentos para
História
2.12 Perfil
desejado para o professor de Geografia
2.12.1... O professor de
Geografia deve apresentar o seguinte perfil:
2.12.2... Habilidades do
professor de Geografia
2.12.3... Bibliografia para
Geografia
2.12.4... Documentos para
Geografia
2.13 Perfil
desejado para o professor de Filosofia
2.13.1... O professor de Filosofia
deve apresentar o seguinte perfil:
2.13.2... Habilidades do
professor de Filosofia
2.13.3... Bibliografia para
Filosofia
2.14 Perfil
desejado para o professor de Sociologia
2.14.1... O professor de
Sociologia deve apresentar o seguinte perfil:
2.14.2... Habilidades do
professor de Sociologia
2.14.3... Bibliografia para
Sociologia
2.14.4... Documentos para
Sociologia
3 PERFIL DOS PROFESSORES DE
EDUCAÇÃO ESPECIAL
3.1 O
professor de Educação Especial deve apresentar o seguinte perfil:
3.2 Habilidades
do professor de Educação Especial
3.2.2..... Deficiência
Auditiva
3.2.4..... Deficiência
Intelectual
3.3 Bibliografia
para Educação Especial
3.3.1..... Deficiências /
Inclusão - Geral
3.3.2..... Deficiência
Auditiva
3.4 Documentos
para Educação Especial
3.4.1..... Deficiências /
Inclusão - Geral
1. Compreender
os processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos considerando as
dimensões cognitivas, afetivas e sociais.
2. Ser
proficiente no uso da língua portuguesa em todas as situações sociais,
atividades e tarefas relevantes para o exercício profissional.
3. Dominar
os conteúdos relacionados às áreas de conhecimento (Língua Portuguesa,
Matemática, História, Geografia e Ciências Naturais) objetos da atividade
docente.
4. Gerenciar
a classe, organizando o tempo, o espaço e o agrupamento dos estudantes, de modo
a potencializar as aprendizagens.
5. Selecionar
e utilizar diferentes recursos didáticos, ajustando-os às necessidades de aprendizagem
dos estudantes.
6. Avaliar
a eficiência de situações didáticas para a aprendizagem dos estudantes,
envolvendo diferentes conhecimentos presentes no currículo escolar.
7. Avaliar
a aprendizagem dos estudantes através de estratégias diversificadas e utilizar
a análise dos resultados para reorganizar as propostas de trabalho.
8. Analisar
e utilizar o resultado de avaliações externas e de estudos acadêmicos para
reflexão sobre suas ações reconhecendo pontos que necessitam mudanças.
9. Dominar
os conteúdos relacionados aos temas sociais urgentes (saúde, sustentabilidade
ambiental etc.) objetos da atividade docente e informar-se sobre os principais
acontecimentos da atualidade que provocam impactos sociais, políticos e
ambientais reconhecendo a si mesmo como agente social e formador de opinião no
âmbito de sua atuação profissional.
10. Pautar
decisões e escolhas pedagógicas por princípios éticos democráticos de modo a
não reproduzir discriminações e injustiças.
·
Compreender os processos de desenvolvimento e de aprendizagem dos sujeitos considerando as dimensões cognitivas, afetivas
e sociais.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Processos de
desenvolvimento: cognitivo, social, afetivo |
Identificar
as principais contribuições da atividade escolar para o desenvolvimento dos
alunos. |
·
Identificar em
situações do cotidiano escolar os elementos que favorecem o desenvolvimento
cognitivo, social e afetivo dos diferentes sujeitos. ·
Identificar, em
diferentes situações descritas, aquelas que podem contribuir para o
desenvolvimento de relações de autonomia
e cooperação. |
Teorias construtivista e
sóciointeracionistas de aprendizagem |
Identificar
os princípios nucleares das concepções teóricas. |
·
Comparar diferentes
propostas de atividade, relacionando-as às concepções subjacentes. ·
Identificar as
explicações das teorias para as características do período de desenvolvimento
referente aos anos escolares ( |
·
Selecionar e utilizar diferentes recursos didáticos, ajustando-os às
necessidades de aprendizagem dos estudantes
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
As diferentes naturezas
dos conteúdos curriculares |
Discriminar
a diferença das condições de aprendizagem necessárias, conforme a natureza
dos conteúdos. |
·
Selecionar
procedimentos didáticos adequados ao ensino de conteúdos de natureza
diferentes. ·
Analisar
situações didáticas no que se refere à sua adequação à aprendizagem de
conteúdo procedimental. |
Elementos constitutivos
da situação didática |
Proporcionar
as condições de aprendizagem necessárias a um determinado conteúdo em uma
determinada série. |
·
Analisar
situações didáticas discriminando objeto de ensino (conteúdo). ·
Escolher
materiais adequados a diferentes situações/necessidades de aprendizagem. |
·
Gerenciar a classe, organizando o tempo, o espaço e o agrupamento dos
estudantes, de modo a potencializar as aprendizagens.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Modalidades didáticas e
organizativas do tempo |
Construir
rotinas de trabalho para organizar o tempo didático de modo a oferecer
situações didáticas necessárias à aprendizagem dos diferentes
conteúdos/áreas. |
·
Eleger, a partir
de conteúdos a serem ensinados para um determinado grupo de alunos, as
condições básicas, essenciais, para que possam aprendê-lo. ·
Eleger as
modalidades organizativas mais adequadas ao desenvolvimento de diferentes
conteúdos. ·
Identificar uma
boa rotina, no que se refere a diversidade e adequação da periodicidade das
atividades. |
·
Avaliar a aprendizagem dos estudantes através de estratégias
diversificadas e utilizar a análise dos resultados para reorganizar as
propostas de trabalho.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Diferentes modalidades
de avaliação da aprendizagem |
Usar
diferentes formas e instrumentos de avaliação. Usar
resultados do SARESP para tomada de decisões pedagógicas |
·
Priorizar os
conteúdos a serem ensinados a partir dos resultados do conjunto da classe. ·
Selecionar textos
para leitura e/ou exercícios e/ou atividades adequadas a necessidades de
aprendizagem dos alunos evidenciadas no resultado do SARESP. ·
Relacionar
modalidade de avaliação à sua finalidade. |
·
Ser proficiente no uso da língua portuguesa em todas as situações
sociais, atividades e tarefas relevantes para o exercício profissional.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Produção de |
Elaborar textos organizados em diferentes
gêneros, em especial os necessários à sua formação e exercício profissional
(artigos expositivos; artigos de opinião; artigos de divulgação científica;
relatórios analítico-reflexivos de trabalho; relatos de prática educativa;
projetos de investigação didática; entre outros), sabendo adequá-los aos parâmetros da situação enunciativa (para
quem escreverá, de que lugar social, com qual finalidade, em que lugar/esfera
circulará, em qual portador e veículo será tornado público, em qual gênero se
organizará). |
·
·
Textualizar os ·
|
|
|
·
Realizar antecipações, inferências locais e gerais, verificando sua pertinência. ·
Articular trechos dos textos
que lê – inclusive recursos não verbais, localizando,
reduzindo, construindo e generalizando informações. ·
Reconhecer valores éticos, morais, estéticos
veiculados nos textos, posicionando-se diante dos mesmos. ·
Identificar relações de intertextualidade e interdiscursividade
entre o texto que lê e outros textos. ·
Reconhecer nos textos o valor semântico e os efeitos provocados por recursos linguísticos utilizados neles. |
·
Dominar os conteúdos relacionados aos temas sociais urgentes (saúde,
sustentabilidade ambiental etc.) objetos da atividade docente e informar-se
sobre os principais acontecimentos da atualidade que provocam impactos sociais,
políticos e ambientais reconhecendo a si mesmo como agente social e formador de
opinião no âmbito de sua atuação profissional.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
|
|
·
·
|
·
Dominar os conteúdos relacionados às áreas de conhecimento (Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências Naturais) objetos da
atividade docente.
·
Compreender os processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos
considerando as dimensões cognitivas, afetivas e sociais.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
|
|
·
|
|
·
Analisar
a qualidade dos textos em função da sua adequação
aos parâmetros da situação comunicativa definidos. ·
Recuperar,
por meio da leitura, o contexto
provável no qual o texto foi produzido, como forma de se aproximar dos possíveis sentidos pretendidos pelo autor. |
|
|
·
Reconhecer
as características dos gêneros dos
textos que serão solicitados aos alunos – desde a alfabetização inicial
-, de modo que possa tematizá-las no processo de
ensino. |
|
|
·
|
|
Compreender
o processo de alfabetização como
discursivo e parte de um processo mais amplo, que é o Letramento. |
·
·
|
|
Linguagem Oral e
Linguagem Escrita: relações e especificidades |
Compreender
que o que diferencia fundamentalmente a linguagem oral da linguagem escrita não
é a realidade material gráfica ou fônica de seus discursos, mas a relação colocada entre o momento de
produção desse discurso e o momento de publicização
do mesmo, ou seja: o discurso (e o texto) escrito é planejado, revisado e
produzido antes de ser dado a conhecer ao seu interlocutor. O discurso oral,
embora possa ser planejado com antecedência e prever, no momento de fala, a
utilização de recursos de várias naturezas (gráficos, videográficos,
escritos, entre outros), é sempre realizado no mesmo momento em que é dado a
conhecer ao interlocutor. |
·
·
·
|
Considerar,
nas situações que envolvam oralidade,
a necessidade de o aluno articular às demais habilidades, a de obter boa
entonação, adequar a prosódia à interpretação, ter boa dicção para garantir
compreensão, regular altura da voz para poder ser ouvido, utilizar recursos
adicionais para sofisticar a interpretação e cativar o leitor (lenços,
trajes, objetos, instrumentos, em uma contação de
história, por exemplo). |
·
|
|
Os |
|
·
·
·
·
·
|
|
·
·
·
|
·
Gerenciar a classe, organizando o tempo, o espaço e o agrupamento dos estudantes,
de modo a potencializar as aprendizagens.
·
Avaliar a aprendizagem dos estudantes através de estratégias
diversificadas e utilizar a análise dos resultados para reorganizar as
propostas de trabalho.
·
Selecionar e utilizar diferentes recursos didáticos, ajustando-os às
necessidades de aprendizagem dos estudantes.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Princípios de |
|
·
·
a)
possibilidades de aprendizagem dos b)
c)
d)
finalidades do |
·
Dominar os conteúdos relacionados às áreas de conhecimento (Língua Portuguesa,
Matemática, História, Geografia e Ciências Naturais) objetos da atividade
docente.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
A construção do
Conhecimento Matemático |
Compreender
os processos de construção do conhecimento matemático, valorizando suas
aplicações práticas e também seu caráter abstrato. |
·
Propor situações de
aprendizagem por meio das quais os estudantes compreendam que a construção de
conhecimentos matemáticos, não se dá como imposição de regras e de
procedimentos, mas como fruto de experimentações, levantamento de hipóteses,
validações. |
Usar a resolução de problemas e a
investigação como eixos metodológicos para a exploração dos diferentes temas
matemáticos, valorizando as estratégias pessoais de seus estudantes e sabendo
fazer intervenções que conduzam à análise de estratégias mais eficientes. |
·
Identificar
estratégias dos estudantes; ·
Relacionar
estratégias utilizadas pelos alunos na resolução de problemas à intervenções
adequadas do professor. |
Conteúdos matemáticos e didáticos: Números Naturais e Sistema de Numeração Decimal, Números
Racionais nas suas representações fracionária, decimal e percentual,
Operações com Números Naturais e Racionais, Espaço, formas tridimensionais e
bidimensionais, Grandezas e Medidas e Tratamento da Informação |
Conhecer
e utilizar os conteúdos matemáticos previstos na Orientações Curriculares do
Estado de S Paulo para o Ciclo I. |
·
Selecionar
atividades a serem realizadas por estudantes dos anos iniciais do ensino
fundamental que evidenciem aplicações práticas do conhecimento matemático,
ligadas ao seu cotidiano, mas também as que busquem especulações de caráter
mais abstrato. ·
Procurar
regularidades, fazer conjecturas, formular generalizações e organizar
logicamente o pensamento para a resolução de problemas matemáticos. |
Buscar
a ampliação de conhecimentos didáticos relacionados ao ensino e à
aprendizagem, atualizando-se em relação aos resultados de pesquisas na área
de Educação Matemática. |
·
Utilizar
para o preparo de seus planos de ensino os resultados de pesquisa ligados
especialmente à construção dos números naturais e racionais, aos campos aditivo
e multiplicativo, à resolução de problemas, a obstáculos epistemológicos e
didáticos, à construção de conhecimentos geométricos, métricos e
estatísticos. |
|
Utilizar
resultados de pesquisas, na área da educação matemática, ligados à construção
dos números naturais e racionais, aos campos aditivo e multiplicativo, à
resolução de problemas, aos obstáculos epistemológicos e didáticos, à
construção de conhecimentos geométricos, métricos e estatísticos para a
elaboração de situações de ensino. |
·
Analisar
a coerência de atividades didáticas com as indicações produzidas em pesquisas
na área de Educação Matemática. |
·
Selecionar e utilizar diferentes recursos didáticos, ajustando-os às
necessidades de aprendizagem dos estudantes.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
O uso de recursos didáticos |
Apropriar-se
de recursos tecnológicos (calculadora, softwares,
objetos de aprendizagem etc.) que possam contribuir para seu desenvolvimento
profissional e para sua atuação em sala de aula, explorando-os em prol da
aprendizagem dos estudantes. |
·
Selecionar
recursos didáticos e tecnológicos que potencializem a construção de
conhecimentos matemáticos pelos estudantes e propiciem aprendizagens
significativas nas aulas de Matemática. |
·
Gerenciar a classe, organizando o tempo, o espaço e o agrupamento dos
estudantes, de modo a potencializar as aprendizagens.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Gestão da sala de aula de matemática |
Comunicar-se
matematicamente por meio de diferentes linguagens (natural, gráfica, figural)
explorando diferentes registros de representação e sabendo realizar
conversões entre eles. |
·
Reconhecer
a importância de incentivar os estudantes a se comunicarem nas aulas de Matemática,
fazendo uso da leitura e da escrita, de desenhos, de gráficos, de tabelas e
outros recursos de comunicação. |
Utilizar
as hipóteses que os estudantes formulam sobre ideias
e procedimentos matemáticos para fazer intervenções que façam os alunos
avançarem em seu processo de aprendizagem. |
·
Identificar
boas situações em os alunos possam expor as hipóteses que formulam sobre ideias e procedimentos matemáticos. |
·
Avaliar a aprendizagem dos estudantes através de estratégias diversificadas
e utilizar a análise dos resultados para reorganizar as propostas de trabalho.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Avaliação em Matemática |
Analisar
estratégias pessoais das crianças. |
·
Utilizar
análise dos erros e acertos das crianças para verificar sua compreensão dos
conteúdos matemáticos. ·
Eleger
estratégias de ensino a partir de resultados de avaliação. |
·
Avaliar a eficiência de situações didáticas para a aprendizagem dos
estudantes, envolvendo diferentes conhecimentos presentes no currículo escolar.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Didática da Matemática |
Utilizar
critérios para selecionar e organizar atividades matemáticas a serem
realizadas pelos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental. |
·
Identificar
critérios para elaborar ou utilizar situações didáticas adequadas aos
objetivos de aprendizagem que pretende atingir, articulando os diferentes
conteúdos matemáticos em variadas modalidades organizativas. |
·
Dominar os conteúdos relacionados aos temas sociais urgentes (saúde,
sustentabilidade ambiental etc.) objetos da atividade docente e informar-se
sobre os principais acontecimentos da atualidade que provocam impactos sociais,
políticos e ambientais reconhecendo a si mesmo como agente social e formador de
opinião no âmbito de sua atuação profissional.
·
Dominar os conteúdos relacionados às áreas de conhecimento (Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências Naturais) objetos da
atividade docente.
·
Pautar decisões e escolhas pedagógicas por princípios éticos democráticos
de modo a não reproduzir discriminações e injustiças.
Conteúdos |
Competências |
Habilidades |
Cultura e sociedade e ambiente |
Compreender
o processo histórico de formação da sociedade, da produção do território, da
paisagem e do lugar no Brasil. |
·
Interpretar
situações histórico geográficas da sociedade brasileira referentes à
constituição do espaço, do território, da paisagem e/ou do lugar. ·
Comparar
propostas para superação dos desafios sociais, políticos, econômicos e
ambientais enfrentados pela sociedade brasileira, considerando os direitos
humanos e a diversidade sócio cultural. ·
Analisar
propostas de inclusão social promovidas pelas instituições sociais e
políticas, considerando o respeito, aos direitos humanos e à diversidade
sociocultural. |
Compreender
a sociedade, seus conflitos e sua dinâmica considerando fatores que a
constituem, tais como etnias, cultura, economia, manifestados no tempo e no
espaço e reconhecer a si mesmo como agente social. |
·
Identificar
em textos ou iconografias, elementos constituintes dos diferentes grupos
sociais, considerando suas práticas econômicas e/ou socioculturais. ·
Analisar
situações problemas representativas de soluções para conflitos decorrentes de
diferentes formas de discriminação presentes na sociedade. ·
Reconhecer
a diversidade étnico-racial brasileira e suas manifestações e representações. |
|
Analisar
as relações entre preservação e degradação dos ambientes naturais, tendo em
vista o conhecimento da sua dinâmica e a força humana ampliada pelos novos
aportes tecnológicos e econômicos que incidem sobre a natureza e conhecer
formas de controle preventivo. |
·
Identificar
situações relacionadas à crise ambiental considerando os contextos: mudanças
climáticas, contaminação das águas, desmatamento e perda da biodiversidade. ·
Propor
soluções para implicações socioambientais representativas do uso intensivo
das tecnologias no meio ambiente terrestre. ·
Propor
intervenções no ambiente escolar e seu entorno visando ao controle preventivo
para situações de riscos. |
|
Vida e ambiente: ambiente natural e ambiente construído |
Construir
conceitos para compreensão da temática ambiental. |
·
Identificar
textos e /ou figuras animais e plantas característicos dos principais
ecossistemas brasileiros ·
Reconhecer
em cadeias e teias alimentares a presença de produtores, consumidores e
decompositores. ·
Reconhecer
as formas de obtenção de energia pelos seres vivos e fluxo de energia nos
ambientes. ·
Reconhecer
ações que promovam uso racional dos recursos. |
Terra e universo: o sistema Solar, Terra e Lua |
Construir
conceitos para compreensão dos fenômenos relacionados ao movimento de translação
da Terra em torno do Sol: do sistema Sol, Terra e Lua da posição do Sol entre
as estrelas próximas e sua posição na galáxia |
·
Identificar
nomes, gráficos, símbolos e outras representações relativas ao sistema Terra-Sol-Lua, aos astros pertencentes aos Sistema Solar,
às estrelas e à nossa galáxia. ·
Relacionar
diferentes fenômenos cíclicos como a duração dos dias e anos e as estações do
ano, aos movimentos do sistema Sol-Terra e suas características. |
Saúde |
Compreender
organismo humano e saúde, relacionando conhecimento científico, cultura,
ambiente e hábitos ou outras características individuais. |
·
Interpretar
indicadores de saúde e desenvolvimento humano, como mortalidade, natalidade, longevidade,
nutrição, saneamento, renda e escolaridade, apresentados em gráficos, tabelas
e/ou textos. ·
Associar
os processo vitais do organismo humano (defesa, manutenção do equilíbrio
interno, relações com o ambiente, sexualidade etc)
a fatores de ordem ambiental, social ou cultural dos individuais, seus
hábitos ou outras características pessoais. |
Tecnologia |
Compreender
conhecimentos científicos e tecnológicos a serviço da humanidade,
identificando riscos e benefícios nele benefícios. |
·
Analisar
o uso de determinadas tecnologias para solução de necessidades humanas
relacionadas à saúde, moradia, transporte, agricultura, comunicações etc. |
1.
CURTO, Lluís Maruny; MORILLO, Maribel M. &
TEIXIDÓ, Manuel M. Escrever e ler -
Volume I e II. Porto Alegre. Artmed, 2000.
2.
DOLZ , J. e SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para
reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In “Gêneros Orais e
escritos na escola”. Campinas(SP): Mercado de Letras; 2004.
3.
ECHEVERRÍA, M. P. P.; POZO, J. I. Aprender a resolver problemas e resolver
problemas para aprender. In: POZO, J. I. (Org.). A solução de problemas.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
4.
FERREIRO, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Editora Cortez,1996.
5.
__________. Reflexões
sobre alfabetização. São Paulo:Editora Cortez,1996.
6.
_________. Cultura
escrita e educação: conversas de Emilia Ferreiro com José Antonio Castorina, Daniel Goldin e Rosa MariaTorres. Porto Alegre: Artmed,
2001.
7.
FIORIN, J. L. In: Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática; 2006.
8.
GERALDI, J. W. Linguagem
e Ensino. Exercícios de militância e divulgação. Campinas (SP): ALB -
Mercado de Letras, 1996.
9.
LATAILLE, Yves et alii. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias
psicogenéticas
10.
LERNER, Delia. Ler
e escrever na escola. O real, o possível e o necessário. Porto Alegre. Artmed. 2002
11.
LERNER, D. e SADOVSKY, P. O sistema de numeração: um problema didático. In: PARRA, Cecília;
SAIZ Irmã; [et al] (Org.).
Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas.
Tradução por Juan Acuña Llorens.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 73-155.
12.
NEMIROVSKY, Myriam. O Ensino da Linguagem escrita. Artmed,
2002.
13.
SCHNEUWLY, Bernard. Palavra e ficcionalização: Um caminho para o
ensino da linguagem oral. In “Gêneros Orais e escritos na escola”.
Campinas(SP): Mercado de Letras; 2004.
14.
SMOLKA, Ana Luíza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita. Alfabetização como processo
discursivo. São Paulo (SP): Cortez;Campinas (SP): Editora da Universidade
Estadual de Campinas, 2003.
15.
SOLÉ, Isabel. Estratégias
de leitura. Porto Alegre: Editora Artmed, 1998.
16.
TEBEROSKY, Ana, COLOMER, Teresa. Aprender a Ler e a Escrever – uma proposta
construtivista. Porto Alegre Artmed. 2002.
17.
ZABALA, Antoni. A Prática Educativa - Como ensinar.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
18.
VYGOTSKY. L.S. Formação social da mente. Martins
Fontes. São Paulo. 2007.
19.
WEISZ, Telma. O
Diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2002.
PROGRAMA LER E ESCREVER - Documentos disponibilizados no
site do Ler e Escrever:
http://lereescrever.fde.sp.gov.br
ORIENTAÇÕES CURRICULARES DO
ESTADO DE SÃO PAULO: LÍNGUA PORTUGUESA E
MATEMÁTICA – CICLO I
DOCUMENTOS OFICIAIS
Resolução SE Nº 86/2007 - Institui, para o ano de 2008, o Programa “Ler
e Escrever”, no Ciclo I das
Escolas Estaduais de Ensino Fundamental das Diretorias de Ensino da Coordenadoria
de Ensino da
Região Metropolitana da Grande São Paulo.
Resolução SEE - 96, de 23/12/2008 - Estende o Programa “Ler e
Escrever”para as Escolas Estaduais
de Ensino Fundamental do Interior.
LISTA
DOS
MATERIAIS DO LER E ESCREVER
• Guia de Planejamento e Orientações Didáticas do Professor
Alfabetizador – 1ª série – volume 1 e 2.
• Caderno de Planejamento e Avaliação do Professor Alfabetizador – 1ª
série
• Guia de Planejamento e
Orientações Didáticas – 2ª série – volume 1 e 2
• Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – 3ª série – volume 1 e 2
• Material do Professor – Programa Intensivo no Ciclo(PIC) 3ª série –
volume 1 e 2
• Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – 4ª série – volume único
• Material do Professor –– Programa Intensivo no Ciclo(PIC)4ª série –
volume 1, 2 e 3
BOLSA ALFABETIZAÇÃO - http://escolapublica.fde.sp.gov.br/
DECRETO Nº 51.627, DE 1º DE MARÇO
DE 2007
Institui o Programa “Bolsa
Formação - Escola Pública e Universidade”
Resolução SE-90, de 8-12-2008
Dispõe sobre a expansão e aperfeiçoamento do Projeto Bolsa Escola
Pública e Universidade na
Alfabetização.
Resolução SE-91, de 8-12-2008
Dispõe sobre constituição de
equipe de gestão institucional para ampliação e aperfeiçoamento do
Projeto Bolsa Escola Pública
e Universidade na Alfabetização, no âmbito do Programa Bolsa Formação
– Escola Pública e
Universidade.
Uma
cultura geral ampla favorece o desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação,
a possibilidade de produzir significados e interpretações do que se vive e de fazer
conexões – o que, por sua vez, potencializa a qualidade da intervenção
educativa.
Do
modo como é entendida aqui, cultura geral inclui um amplo espectro de
temáticas: familiaridade com as diferentes produções da cultura popular e
erudita e da cultura de massas e atualização em relação às tendências de
transformação do mundo contemporâneo.
A
cultura profissional, por sua vez, refere-se àquilo que é próprio da atuação do
professor no exercício da docência. Fazem parte desse âmbito temas relativos às
tendências da educação e do papel do professor no mundo atual.
É
necessário, também, que os cursos de formação ofereçam condições para que os
futuros professores aprendam a usar tecnologias de informação e comunicação,
cujo domínio é importante para a docência e para as demais dimensões da vida
moderna.
A
formação de professores deve assegurar o conhecimento dos aspectos físicos,
cognitivos, afetivos e emocionais do desenvolvimento individual tanto de uma
perspectiva científica quanto à relativa às representações culturais e às
práticas sociais de diferentes grupos e classes sociais. Igualmente relevante é
a compreensão das formas diversas pelas quais as diferentes culturas atribuem
papéis sociais e características psíquicas a faixas etárias diversas.
A
formação de professores deve assegurar a aquisição de conhecimentos sobre o
desenvolvimento humano e sobre a forma como diferentes culturas caracterizam as
diferentes faixas etárias e sobre as representações sociais e culturais dos
diferentes períodos: infância, adolescência, juventude e vida adulta.
Igualmente importante é o conhecimento sobre as peculiaridades dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais.
Para
que possa compreender quem são seus alunos e identificar as necessidades de
atenção, sejam relativas aos afetos e emoções, aos cuidados corporais, de
nutrição e saúde, sejam relativas às aprendizagens escolares e de socialização,
o professor precisa conhecer aspectos psicológicos que lhe permitam atuar nos
processos de aprendizagem e socialização; ter conhecimento do desenvolvimento
físico e dos processos de crescimento, assim como dos processos de aprendizagem
dos diferentes conteúdos escolares em diferentes momentos do desenvolvimento
cognitivo, das experiências institucionais e do universo cultural e social em
que seus alunos se inserem. São esses conhecimentos que o ajudarão a lidar com
a diversidade dos alunos e a trabalhar na perspectiva da escola inclusiva.
É
importante que, independentemente da etapa da escolaridade em que o futuro
professor vai atuar, ele tenha uma visão global sobre esta temática,
aprofundando seus conhecimentos sobre as especificidades da faixa etária e das
práticas dos diferentes grupos sociais com a qual vai trabalhar.
Este
âmbito, bastante amplo, refere-se a conhecimentos relativos à realidade social
e política brasileira e a sua repercussão na educação, ao papel social do
professor, à discussão das leis relacionadas à infância, adolescência, educação
e profissão, às questões da ética e da cidadania, às múltiplas expressões
culturais e às questões de poder associadas a todos esses temas.
Diz
respeito, portanto, à necessária contextualização dos conteúdos, assim como o
tratamento dos Temas Transversais – questões sociais atuais que permeiam a
prática educativa como ética, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural,
trabalho, consumo e outras – seguem o mesmo princípio: o compromisso da educação
básica com a formação para a cidadania e buscam a mesma finalidade:
possibilitar aos alunos a construção de significados e a necessária
aprendizagem de participação social.
Igualmente,
políticas públicas da educação, dados estatísticos, quadro geral da situação da
educação no país, relações da educação com o trabalho, relações entre escola e
sociedade são informações essenciais para o conhecimento do sistema educativo
e, ainda, a análise da escola como instituição – sua organização, relações
internas e externas – concepção de comunidade escolar, gestão escolar
democrática, Conselho Escolar e projeto pedagógico da escola, entre outros.
Incluem-se
aqui os conhecimentos das áreas que são objeto de ensino em cada uma das
diferentes etapas da educação básica. O domínio desses conhecimentos é condição
essencial para a construção das competências profissionais apresentadas nestas
diretrizes.
Nos
cursos de formação para a educação infantil e séries iniciais do ensino
fundamental é preciso incluir uma visão inovadora em relação ao tratamento dos
conteúdos das áreas de conhecimento, dando a eles o destaque que merecem e
superando abordagens infantilizadas de sua apropriação pelo professor.
Nos
cursos de formação para as séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio,
a inovação exigida para as licenciaturas é a identificação de procedimentos de
seleção, organização e tratamento dos conteúdos, de forma diferenciada daquelas
utilizadas em cursos de bacharelado; nas licenciaturas, os conteúdos
disciplinares específicos da área são eixos articuladores do currículo, que
devem relacionar grande parte do saber pedagógico necessário ao exercício
profissional e estar constantemente referidos ao ensino da disciplina para as
faixas etárias e as etapas correspondentes da Educação Básica.
Em
ambas situações é importante ultrapassar os estritos limites disciplinares,
oferecendo uma formação mais ampla na área de conhecimento, favorecendo o
desenvolvimento de propostas de trabalho interdisciplinar, na Educação Básica.
São critérios de seleção de conteúdos, na formação de professores para a
Educação Básica, as potencialidades que eles têm no sentido de ampliar:
a) a visão
da própria área de conhecimento que o professor em formação deve construir;
b) o
domínio de conceitos e de procedimentos que o professor em formação trabalhará
com seus alunos da educação básica;
c) as
conexões que ele deverá ser capaz de estabelecer entre conteúdos de sua área
com as de outras áreas, possibilitando uma abordagem de contextos
significativos.
São
critérios de organização de conteúdos, as formas que possibilitam:
a) ver
cada objeto de estudo em articulação com outros objetos da mesma área ou da área
afim;
b) romper
com a concepção linear de organização dos temas, que impede o estabelecimento
de relações, de analogias etc.
Dado
que a formação de base, no contexto atual da educação brasileira, é muitas
vezes insuficiente, será muitas vezes necessária a oferta de unidades
curriculares de complementação e consolidação desses conhecimentos básicos.
Isso não deve ser feito por meio de simples "aulas de revisão", de
modo simplificado e sem o devido aprofundamento.
Essa
intervenção poderá ser concretizada por programas ou ações especiais, em
módulos ou etapas a serem oferecidos aos professores
Convém
destacar a necessidade de contemplar na formação de professores conteúdos que
permitam analisar valores e atitudes. Ou seja, não basta tratar conteúdos de
natureza conceitual e/ou procedimental. É imprescindível que o futuro professor
desenvolva a compreensão da natureza de questões sociais, dos debates atuais
sobre elas, alcance clareza sobre seu posicionamento pessoal e conhecimento de
como trabalhar com os alunos.
Este
âmbito refere-se ao conhecimento de diferentes concepções sobre temas próprios
da docência, tais como, currículo e desenvolvimento curricular, transposição
didática, contrato didático, planejamento, organização de tempo e espaço,
gestão de classe, interação grupal, criação, realização e avaliação das
situações didáticas, avaliação de aprendizagens dos alunos, consideração de
suas especificidades, trabalho diversificado, relação professor-aluno, análises
de situações educativas e de ensino complexas, entre outros. São deste âmbito,
também, as pesquisas dos processos de aprendizagem dos alunos e os
procedimentos para produção de conhecimento pedagógico pelo professor.
O
que está designado aqui como conhecimento advindo da experiência é, como o nome
já diz, o conhecimento construído “na” e “pela” experiência. Na verdade, o que se pretende com este âmbito
é dar destaque à natureza e à forma com que esse conhecimento é constituído
pelo sujeito. É um tipo de conhecimento que não pode ser construído de outra
forma senão na prática profissional e de modo algum pode ser substituído pelo
conhecimento “sobre” esta prática. Saber – e aprender – um conceito ou uma
teoria é muito diferente de saber – e aprender – a exercer um trabalho. Trata-se,
portanto, de aprender a “ser” professor.
Perceber
as diferentes dimensões do contexto, analisar como as situações se constituem e
compreender como a atuação pode interferir nelas é um aprendizado permanente,
na medida em que as questões são sempre singulares e novas respostas precisam
ser construídas. A competência profissional do professor é, justamente, sua
capacidade de criar soluções apropriadas a cada uma das diferentes situações
complexas e singulares que enfrenta.
Assim,
este âmbito de conhecimento está relacionado às práticas próprias da atividade
de professor e às múltiplas competências que as compõem e deve ser valorizado
em si mesmo. Entretanto, é preciso deixar claro que o conhecimento experiencial
pode ser enriquecido quando articulado a uma reflexão sistemática. Constrói-se,
assim, em conexão com o conhecimento teórico, na medida em que é preciso usá-lo
para refletir sobre a experiência, interpretá-la, atribuir-lhe significado.
A definição
dos conhecimentos exigidos para o desenvolvimento profissional origina-se na
identificação dos requisitos impostos para a constituição das competências.
Desse modo, além da formação específica relacionada às diferentes etapas da
Educação Básica, requer a sua inserção no debate contemporâneo mais amplo, que
envolve tanto questões culturais, sociais, econômicas, como conhecimentos sobre
o desenvolvimento humano e sobre a própria docência.
C.I -
Compreender o processo de sociabilidade e de ensino
e aprendizagem na escola e nas suas relações com o contexto no qual se inserem
as instituições de ensino e atuar sobre ele.
H1
- Identificar
as novas demandas que a sociedade do conhecimento está colocando para a
educação escolar.
H2
- Identificar
formas de atuação docente, possíveis de serem implementadas, considerando o
contexto das políticas de currículo da Secretaria de Estado da Educação de São
Paulo, nas dimensões sala de aula, escola e diretoria.
C.II -
Situar a escola pública no seu ambiente
institucional e explicar as relações (hierarquias, articulações,
obrigatoriedade, autonomia) que ela mantém com as diferentes instâncias da gestão
pública, utilizando conceitos tais como:
·
sistema de ensino; sistema de ensino estadual e
municipal;
·
âmbitos da gestão das políticas educacionais -
nacional, estadual e municipal, MEC, Secretarias Estaduais e Municipais,
Conselho Nacional de Educação;
·
legislação básica da educação: LDB, diretrizes
curriculares nacionais, atos normativos da Secretaria de Estado da Educação de
São Paulo e papel do Conselho Estadual de Educação de SP;
·
carreira do magistério – legislação e mudanças
recentes.
H3
- Identificar
a composição, os papéis e funções da equipe de uma escola e as normas que devem
reger as relações entre os profissionais que nela trabalham.
H4
- Reconhecer
principais leis e normas que regulamentam a profissão de professor, sendo capaz
de identificar as incumbências do professor, tal como prescritas pelo Art. 13
da LDB, em situações concretas que lhe são apresentadas.
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar
da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar
e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar
pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer
estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V - ministrar
os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente os períodos dedicados ao planejamento, à
avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - colaborar
com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
C.III -
Reconhecer a importância de participação coletiva e
cooperativa na elaboração, gestão, desenvolvimento e avaliação do projeto
educativo e curricular da escola, identificando formas positivas de atuação em
diferentes contextos da prática profissional, além da sala de aula.
H5
- Diante
de um problema de uma escola caracterizada, indicar os aspectos que merecem ser
discutidos e trabalhados coletivamente pela equipe escolar.
H6
- Identificar
os diferentes componentes do Projeto Pedagógico.
H7
- Escolher
entre as justificativas apresentadas as que mais se adequam
ao papel do professor na elaboração e/ou execução desse Projeto.
C.IV -
Promover uma prática educativa que leve em conta as
características dos alunos e de seu meio social, seus temas e necessidades do
mundo contemporâneo e os princípios, prioridades e objetivos do projeto
educativo e curricular.
H8
- Analisar
os fatores socioeconômicos que afetam o desempenho do aluno na escola e
identificar ações para trabalhar com esses impactos externos, seja no sentido
de aproveitá-los como enriquecimento dos conteúdos curriculares seja no sentido
de atenuar eventuais efeitos negativos.
C.V -
Compreender o significado e a importância do
currículo para garantir que todos os alunos façam um percurso básico comum e
aprendam as competências e habilidades que têm o direito de aprender, sabendo
identificar as diferenças entre o Currículo que é praticado (colocado em ação)
na escola e as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais.
H9
- Compreender
as fases de desenvolvimento da criança e do jovem e associar e explicar como a
escola e o professor devem agir para adequar o ensino e promover a aprendizagem
em cada uma dessas etapas.
H10
- Caracterizar,
explicar e exemplificar o que pode ser uma parceria colaborativa dos pais com a
escola, tendo em vista melhorar a qualidade das aprendizagens dos alunos.
C.VI -
Diante de informações gerais sobre a escola, a
idade da turma, a etapa (Fundamental ou Médio) e o ano (série), bem como sobre
os recursos pedagógicos existentes e outras condições pertinentes da escola,
propor situações de aprendizagem de sua disciplina, nas quais sejam
explicitadas e explicadas:
·
o que o aluno deverá aprender com a situação proposta;
·
o conteúdo a ser ensinado;
·
o tempo de duração e sua distribuição;
·
as formas de agrupamento dos alunos nas atividades
previstas;
·
a forma de apresentar e comunicar aos alunos os
objetivos da situação;
·
as atividades de professor e aluno distribuídas no
tempo, de modo a ficar claro o percurso a ser realizado para que a aprendizagem
aconteça;
·
o tipo de acompanhamento que o professor deve fazer
ao longo do percurso;
·
as estratégias de avaliação e as possíveis
estratégias de recuperação na hipótese de problemas de aprendizagem.
H11
- Identificar
e justificar a importância dos organizadores de situações de aprendizagem
(competências e habilidades que os alunos deverão constituir; conteúdos
curriculares selecionados; atividades do aluno e do professor; avaliação e
recuperação).
H12
- Reconhecer
estratégias para gerenciar o tempo em sala de aula, nas seguintes situações,
considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das atividades propostas e
as características dos próprios conteúdos:
·
Existência de alunos que aprendem mais depressa e
alunos mais lentos;
·
Tempo insuficiente para dar conta do conteúdo
previsto no plano de trabalho (anual, bimestral, semanal);
·
Sugerir e explicar formas de agrupamento dos
alunos, indicando as situações para as quais são adequadas.
H13
- Utilizar
estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem e, a partir de seus
resultados, reconhecer propostas de intervenção pedagógica, considerando o
desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;
H14
- Compreender
o significado das avaliações externas – nacionais e internacionais – que vêm
sendo aplicadas no Brasil e reconhecer alcances e limites do uso dos resultados
que o país vem apresentando nessas avaliações na última década.
H15
- Identificar
as principais características do SARESP após suas modificações de 2007.
H16
- Interpretar
adequadamente o IDEB – como se constrói, para que serve, o que significa para a
educação escolar brasileira.
C.VII - Demonstrar
domínio de processos de ação e investigação que possibilitem o aperfeiçoamento
da prática pedagógica.
H17
- Diante
de situações-problema relativas às relações interpessoais que ocorrem na
escola, identificar a origem do problema e as possíveis soluções.
H18
- Dada
uma situação de sala de aula, identificar os aspectos relevantes a serem
observados e o registro mais adequado dessas observações.
H19
- Identificar
e/ou selecionar dados de investigações ou estudos relevantes para a prática em
sala de aula.
H20
- Identificar
dados e informações sobre a organização, gestão e financiamento dos sistemas de
ensino, sobre a legislação e as políticas públicas referentes à educação para
uma inserção profissional crítica.
1.
10.OLIVEIRA,
Marta K. de. Vygotsky:
aprendizado e desenvolvimento; um processo sócio-histórico.
4. ed. São Paulo: Scipione,1997.
2.
ASSMANN, Hugo. Metáforas
novas para reencantar a educação – epistemologia e
didática. Piracicaba: Unimep, 2001.
3.
COLL, César e outros. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 2006.
4.
COLL, César; MARTÍN, Elena e colaboradores. Aprender conteúdos & desenvolver
capacidades. Porto Alegre: Artmed, 2004.
5.
CONTRERAS, José. A autonomia dos professores. São Paulo: Cortez, 2002.
6.
DELORS, Jacques e EUFRAZIO, José Carlos. Educação: um tesouro a descobrir. São
Paulo: Cortez, 1998.
7.
FREIRE, Paulo. Pedagogia
da autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e
Terra, 2008.
8.
GARDNER, Howard; PERKINS, David; PERRONE, Vito e colaboradores. Ensino
para a compreensão. A pesquisa na prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.
9.
HARGREAVES, Andy. O ensino na sociedade do conhecimento: educação na era da insegurança.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
10.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação,
2001.
11.
LERNER, Délia. Ler
e escrever na escola: o real, o possível, o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
12.
MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra
J.; POLLOCK, Jane E. Ensino que
funciona: estratégias baseadas em evidências para melhorar o desempenho dos
alunos. Porto Alegre: Artmed, 2008.
13.
MORIN, Edgar. Os
sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2006.
14.
PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
15.
PIAGET, Jean. Para
onde vai a educação?. Rio de Janeiro: José Olimpio, 2007.
16.
PIAGET, Jean. Psicologia
e pedagogia: a resposta do grande psicólogo aos problemas do ensino. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1998.
17.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
18.
TEDESCO, Juan Carlos. O novo pacto educativo. São Paulo: Ática, 2001.
19.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem - Práticas de
Mudança: por uma praxis transformadora. São
Paulo: Libertad, 2003.
20.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
1.
BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Fundamental. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb004_98.pdf
2.
BRASIL. MEC. DCNs do Ensino Médio - Parecer 15/98. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb015_98.pdf
3.
BRASIL. MEC/INEP. Fundamentos teórico-metodológicos do ENEM. Disponível em: http://www.publicacoes.inep.gov.br/detalhes.asp?pub=4005
4.
BRASIL. MEC/INEP. IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Disponível em:
http://portalideb.inep.gov.br/
5.
BRASIL. MEC/INEP. Prova Brasil e o SAEB. Disponível em: http://provabrasil.inep.gov.br/
6.
BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução. Terceiro e Quarto Ciclos
do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1997. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf
7.
BRASIL. MEC/SEMTEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília:
MEGSEMTEC, 2002.
8.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio: Documento de Apresentação.
São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/PropostaCurricularGeral_Internet_md.pdf
Ensinar português é
respeitar, antes de tudo, a língua que o aluno traz. É saber não emudecê-lo em
sua enunciação. É interagir com seus enunciados, fazendo aí ampliar a palavra
que garante a expressão genuína da relação eu-outro.
Esse professor e esse
aluno devem construir juntos saberes e fazeres que os levem a compartilhar
conhecimentos da língua e da literatura, vivenciar experiências tanto na
grandeza da dimensão social, quanto no mergulho das singularidades do eu.
Só assim se constroem
sentidos e significados.
Só assim se tece a
ética da convivência, firmada no compromisso da liberdade.
Saber lidar com o
movimento pendular entre teoria e prática, tendo como norte o ato didático, é
buscar intencionalidades para que os conteúdos sejam problematizados e as
formas ajustadas em processos de criação.
1. Conhecer,
compreender e problematizar o fenômeno linguístico e
o literário nas dimensões discursiva, semântica, gramatical e pragmática.
2. Construir
um olhar dialético, no espaço didático, entre o que é intrinsecamente linguístico e as instâncias subjetivas e sociais.
3. Reconhecer
as múltiplas possibilidades de construção de sentidos, em situações de produção
e recepção textuais.
4. Construir
intertextualidades, analisando tema, estrutura composicional e estilo de objetos
culturais em diferentes linguagens, tais como literatura, pintura, escultura,
fotografia e textos do universo digital.
5. Reconhecer
os pressupostos teóricos que embasam os conceitos fundantes
da disciplina na práxis didática dos processos de ensino-aprendizagem.
6. Ampliar
sua história de leitor, desenvolvendo maior autonomia e fruição estética.
7. Refletir
sobre a prática docente, articulando dialogicamente os sujeitos envolvidos, os
materiais pedagógicos, as metodologias adequadas e os procedimentos de avaliação.
8. Reconhecer
o ato didático como processo dinâmico de investigação, intencionalidade e
criação.
9. Saber
criar situações didáticas que favoreçam a autonomia, a liberdade e a
sensibilidade do aluno.
10. Desenvolver
uma atuação profissional pautada pela ética e pela responsabilidade das
interações sociais.
1. Estabelecer
relações entre diferentes teorias sobre a linguagem, reconhecendo a pluralidade
da natureza, da gênese e da função de formas de expressão verbais e não
verbais.
2. Reconhecer
a língua como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e de
experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida
social, com base na análise de sua constituição e representação simbólica.
3. Identificar
e justificar marcas de variação linguística,
relativas aos fatores geográficos, históricos, sociológicos e técnicos; às
diferenças entre a linguagem oral e a escrita; à seleção de registro em
situação interlocutiva (formal, informal); aos
diversos componentes do sistema linguístico em que a
variação se manifesta: na fonética, no léxico, na morfologia e na sintaxe.
4. Justificar
a presença de variedades linguísticas em registros de
fala e de escrita, nos seguintes domínios: sistema pronominal; sistema de tempos
verbais e emprego dos tempos verbais; casos de concordância e regência nominal
e verbal para recuperação de referência e manutenção da coesão do texto.
5. Analisar
as implicações discursivas decorrentes de possíveis relações estabelecidas
entre forma e sentido, por meio de recursos expressivos: utilização de recursos
sintáticos e morfológicos que permitam alterar o sentido da sentença para
expressar diferentes pontos de vista.
6. Identificar
e justificar o uso de recursos linguísticos
expressivos em textos, relacionando-os às intenções do enunciador, articulando
conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que dependem de
pressuposições e inferências (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto,
para explicar ambiguidades, ironias e expressões
figuradas, opiniões e valores implícitos, bem como as intenções do enunciador /
autor.
7. Analisar,
comparar e justificar os diferentes discursos, em língua falada e em língua
escrita, observando sua estrutura, sua organização e seu significado
relacionado às condições de produção e recepção.
8. Articular
informações linguísticas, literárias e culturais,
estabelecendo relações entre linguagem e cultura, comparando situações de uso
da língua em diferentes contextos históricos, sociais e espaciais e
reconhecendo as variedades linguísticas existentes e
os vários níveis e registros de linguagem.
9. Relacionar
o texto literário com os problemas e concepções dominantes na cultura do
período em que foi escrito e com os problemas e concepções do momento presente.
10. Analisar
criticamente as obras literárias, não somente por meio de uma interpretação
derivada do contato direto com elas, mas também pela aplicação das categorias
de diferentes obras de crítica e de teoria literárias.
11. Analisar
criticamente textos literários e identificar a intertextualidade (gêneros,
temas e representações) nas obras da literatura em língua portuguesa.
12. Estabelecer
e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de discurso e com
os contextos em que se inserem.
13. Reconhecer
e valorizar a expressão literária popular, estabelecendo diálogos intertextuais
com a produção literária erudita, identificando e justificando pela análise de
texto, formas e modos de representação linguística do
imaginário coletivo e da cultura.
14. Identificar
as características de textos em linguagens verbais e não verbais, analisando e
comparando suas especificidades na transposição de uma para outra.
15. Analisar criticamente propostas curriculares
de Língua e Literatura para a Educação Básica, identificando os pressupostos
teóricos no processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, com base na
metodologia indicada no Currículo do Estado de São Paulo para Língua
Portuguesa.
16. Identificar
a aplicação adequada de diferentes experiências didáticas para solucionar
problemas de ensino-aprendizagem de produção de texto escrito na escola,
justificando os elementos relevantes e as estratégias utilizadas.
17. Identificar
e justificar o uso adequado de diferentes teorias e métodos de leitura, em
análise de casos, para resolver problemas relacionados ao ensino-aprendizagem
de leitura na escola.
18. Identificar
e justificar o uso de materiais didáticos em diferentes experiências de
ensino-aprendizagem de língua e literatura, reconhecendo os elementos
relevantes e as estratégias adequadas.
19. Identificar
e justificar estratégias de ensino, em análise de casos, que favoreçam o
processo criativo e a autonomia do aluno.
20. Justificar
estratégias de ensino, em análises de casos, que possibilitem a fruição
estética de objetos culturais.
1.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
2.
BOSI, Alfredo. História
concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix,
1997.
3. CANDIDO,
Antonio. Literatura e Sociedade. 10ª. Ed. São
Paulo: Ouro sobre Azul, 2008.
4.
COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
5.
EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Editora,
2006.
6.
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Brasília: UNB, 2008.
7.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor - Aspectos cognitivos da leitura. Campinas, São
Paulo: Pontes, 2005.
8.
KOCH, Ingedore G.
Villaça. O texto e a construção dos
sentidos. São Paulo: Contexto, 2008.
9.
MARCUSCHI, Luiz Antônio: Da fala para a escrita: atividades de retextualização.
São Paulo: Cortez, 2007.
10.
MARTINS, Nilce Sant'anna.
Introdução
à estilística. São Paulo: EDUSP, 2008.
11.
NOLL, Volker. O português brasileiro: formação e
contrastes. São Paulo: Globo, 2008.
12.
SARAIVA, José Antonio. Iniciação à Literatura Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras.
13.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola.
Campinas / São Paulo: Mercado de Letras, 2004.
14.
SOUZA, Mauro Wilton de
(org.). Sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.
15.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar.
Porto Alegre: Artmed,1998.
1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino
Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_LP_COMP_red_md_20_03.pdf
A Arte é área de
trânsito entre fronteiras do conhecimento. As diversas linguagens artísticas
são manifestações da dimensão simbólica do ser humano. A articulação das
diversas linguagens (gestual, visual, sonora, corporal, verbal) e seus usos
cotidianos se reflete na especificidade da experiência estética através das
formas de Arte, que geram um tipo particular de conhecimento, diferente dos
conhecimentos científicos, filosóficos, religiosos, um conhecimento humano,
articulado no âmbito da sensibilidade, da percepção, da imaginação e da
cognição.
O processo de
ensino-aprendizagem da arte pressupõe um professor capaz de refletir acerca de
sua prática e de agir intencionalmente, guiando-se por princípios éticos e humanísticos,
um professor que se revê no processo, aperfeiçoa-se na práxis educadora e
constrói-se com seus alunos. Sua prática é inovadora, feita de materiais
objetivos e subjetivos, do sonho e da realidade, do possível e do utópico, e
está fundamentada em conhecimentos construídos durante sua trajetória.
Como agente do processo
de produção e recepção, o professor concebe a aula de Arte como proposições de
experiências estéticas e artísticas, organizadas em torno do princípio
dialógico, atento às histórias de vida de seus educandos
e ao seu direito de conhecer e desfrutar do patrimônio cultural da humanidade.
Lapidando suas potencialidades, oferece oportunidades e desafios para que eles
criem, se expressem, leiam o mundo ao seu redor e ajam sobre ele.
Assim, esse professor
estabelece relações entre arte, conhecimento e cultura; cultiva o diálogo, a
curiosidade, a cooperação, a pesquisa, a experimentação, a inventividade e a
elaboração e instaura processos de concepção e de realização de projetos significativos
para os alunos e a comunidade em que vive.
Para isto, o professor
deve respeitar o eixo epistemológico da linguagem de sua formação: teatro,
música, dança, artes visuais e promover a articulação com as demais linguagens
artísticas, possibilitando um entendimento mais acurado das relações
transversais e interdisciplinares que a Arte é capaz de estabelecer com outros
campos de conhecimento.
1. Promover
o processo simbólico inerente ao ser humano através das linguagens gestual,
visual, sonora, corporal, verbal em situações de produção e apreciação,
construindo com os alunos a relação dialética entre o eu e o outro, entre
diferentes contextos culturais e diante de múltiplas manifestações artísticas.
2. Respeitar
o eixo epistemológico da linguagem de sua formação específica em teatro,
música, dança, artes visuais.
3. Ler
e operar as relações entre forma-conteúdo em diálogo com a materialidade
(matérias, suportes, ferramentas e procedimentos) nas linguagens das artes
visuais, da dança, da música e do teatro, de acordo com sua formação.
4. Compreender,
ampliar e construir conceitos sobre as linguagens da arte a partir de saberes
estéticos, artísticos e culturais, tais como: história da arte, filosofia da
arte, práticas culturais, relações entre arte e sociedade e o fazer artístico.
5. Valorizar
os patrimônios culturais materiais e imateriais, promover a educação
patrimonial e instigar a frequentação às salas de
espetáculos e concertos, museus, instituições culturais e acontecimentos de
cada região.
6. Trabalhar
a intertextualidade e a interdisciplinaridade relacionando as diferentes formas
de arte (teatro, dança, música e artes visuais) às demais áreas do
conhecimento.
7. Compreender
e pesquisar processos de criação em arte na construção de poéticas pessoais,
coletivas ou colaborativas.
8. Compreender
a aula de arte como um processo dinâmico, um ato comunicativo dialógico, ético
e estético e como espaço de constituição de seres humanos dotados de autonomia,
sensibilidade, criticidade e inventividade.
9. Refletir
a respeito da prática docente, considerando dialogicamente os sujeitos
envolvidos, os materiais pedagógicos, os procedimentos de avaliação e as
metodologias adequadas, superando a dicotomia entre teoria e prática e colocando-se
como agente do processo de produção e recepção que amplia seus conhecimentos e
vivências nos campos da arte e da educação.
10. Empenhar-se
na construção de uma práxis docente social e humana que reconhece o valor da
experiência, do diálogo, da sensibilidade, da pesquisa, da imaginação, da
experimentação e da criação, no exercício docente e nos processos formativos em
arte.
1. Demonstrar
atualização em relação à produção artística contemporânea brasileira e
estrangeira em sua multiplicidade de manifestações.
2. Demonstrar
competência estética, reconhecendo processos que envolvem criação, pesquisa,
experimentação, produção e apreciação, superando a dicotomia entre teoria e
prática.
3. Demonstrar
capacidade de ler, interpretar, criticar e relacionar e analisar
comparativamente formas de arte produzidas em diferentes linguagens.
4. Demonstrar
capacidade de ler e analisar criticamente as formas de arte, identificar e
reconhecer situações de intertextualidades entre as diversas linguagens
artísticas e entre elas e outras áreas de conhecimento, mantendo sempre o
principio do eixo epistemológico de sua formação ao propor projetos de criação
com os alunos.
5. Demonstrar
capacidade de leitura, interpretação e compreensão de elementos visuais,
sonoros, gestuais e sígnicos, nos mais variados
textos verbais e não-verbais, interagindo, analisando, questionando, avaliando,
reagindo à cultura visual, às sonoridades, aos gestos de pessoas e grupos, às
diferentes mídias, à cultura de massa e à sociedade de consumo.
6. Reconhecer
processos e experiências que valorizem a singularidade dos saberes populares e
eruditos como fruto da intensa interação do ser humano consigo mesmo, com o
outro, com seu meio, sua cultura e com seu tempo e espaço.
7. Demonstrar
conhecimento de instrumentos que permitam identificar as características de
seus alunos e a comunidade onde vivem, buscando aproximações e modos de acesso
aos seus universos, instigando o contato significativo com a arte.
8. Reconhecer
experiências que despertem a curiosidade do aluno em conhecer, fruir e fazer
arte e contribuam para a ampliação de seu universo artístico e cultural.
9. Analisar
e avaliar os processos criativos do/com o aluno a partir do eixo epistemológico
da linguagem de sua formação em música, teatro, dança ou artes visuais, ao
desenvolver projetos na linguagem específica e também projetos
interdisciplinares entre as linguagens artísticas e com as outras áreas de
conhecimento do currículo.
10. Ser capaz de operar com a linguagem artística
de sua formação, com a especificidade de seus saberes e fazeres, contribuindo
para o seu aprofundamento e as potenciais relações com as demais linguagens,
especialmente por meio de conceitos abordados na proposta curricular.
11. Identificar
experiências artísticas e estéticas que propiciem a ampliação do olhar, a
escuta, a sensibilidade e as possibilidades de ação dos alunos e que indiquem a
importância da escuta e da observação dos professores em relação às respostas
dos alunos às ações propostas.
12. Identificar referenciais teóricos e recursos
didáticos disponíveis, de acordo com as características dos contextos
educativos, às necessidades dos alunos e às propostas educativas.
13. Demonstrar
capacidade em operar com conceitos, conteúdos, técnicas, procedimentos,
materiais, ferramentas e instrumentos envolvidos nos processos de trabalho
propostos nas linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro, de
acordo com sua formação, compreendendo e articulando diferentes teorias e métodos
de ensino que permitam a transposição didática dos conhecimentos sobre arte
para situações de sala de aula.
14. Reconhecer
e justificar a utilização de propostas que apresentem problemas relacionados à
arte e estimulem o espírito investigativo, o desenvolvimento cognitivo e a
práxis criadora dos alunos.
15. Ser
capaz de operar com a práxis educativa em arte envolvendo o trabalho
colaborativo com seus pares e a comunidade escolar de modo a buscar ultrapassar
os limites e desafios apresentados pelas realidades escolares.
16. Demonstrar
conhecimento sobre a mediação cultural no modo de organizar, acompanhar e
orientar visitas a museus e mostras de arte, apresentações de espetáculos de
teatro, música e dança, exibições de filmes, visitas a ateliês de artistas,
entre outros, para aproximação entre as manifestações artísticas e a
experiência estética dos alunos vivenciadas em sala de aula e na vida
cotidiana.
17. Identificar
e justificar a realização de projetos que propiciem a conquista da autonomia da
expressão artística dos alunos e alimentem o desenvolvimento de ações que se
estendam para além da sala de aula e do espaço escolar.
18. Demonstrar
conhecimento no campo da história do ensino da arte no Brasil, bem como as
diversas teorias e propostas metodológicas que fundamentam as práticas
educativas em arte.
19. Identificar
e selecionar processos de formação contínua, buscando modos de atualizar-se,
participando da vida cultural de sua região.
20. Analisar
criticamente propostas curriculares de Arte e participar dos debates e
processos de formação contínua oferecidos pelas instituições culturais e
educacionais.
1.
ALMEIDA, Berenice e PUCCI, Magda. Outras terras, outros sons. São
Paulo: Callis, 2003.
2.
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte.
São Paulo: Cortez, 2007.
3.
BERTHOLT, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2004.
4.
BOURCIER, Paul. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
5.
DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo: Hucitec,
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6.
HERNANDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto
Alegre: ArtMed, 2000.
7. O
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e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura.
São Paulo: Paulus, 2003, p. 29-49.
8.
OLIVEIRA, Marilda Oliveira de (org).
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Maria: Ed. da UFSM, 2007.
9.
OSTROWER, Fayga Universos da Arte. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
10.
PAVIS,
Patrice. A Análise dos Espetáculos. São Paulo: Perspectiva, 2008.
11.
SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado processo de criação artística. São Paulo: Annablume, 2007.
12.
SANTOS, Inaicyra Falcão
dos. Corpo e Ancestralidade: uma
proposta pluricultural de dança, arte, educação.
São Paulo: Terceira Margem, 2006
13.
SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. São Paulo: Editora da UNESP, 2000.
14.
SPOLIN, Viola. Jogos
Teatrais na Sala de Aula. São Paulo: Perspectiva, 2008.
15.
VERTAMATTI, Leila Rosa Gonçalves. Ampliando o Repertório do Coro
Infanto-Juvenil - um estudo de repertório inserido em uma nova estética.
São Paulo: UNESP, 2007; Rio de Janeiro: FUNARTE, 2008.
1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Programa Cultura é Currículo.
Disponível em: http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br
2.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Arte para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_ART_COMP_red_md_20_03.pdf
Ensinar Educação Física
é tratar pedagogicamente dos conteúdos culturais relacionados às práticas
corporais. É reconhecer o patrimônio disponível na comunidade para
aprofundá-lo, ampliá-lo e qualificá-lo criticamente. O ensino da Educação física proporciona aos
alunos melhores condições para usufruto, participação, intervenção e
transformação das manifestações da cultura de movimentos. Recorre a situações
didáticas que promovem a análise e a interpretação dos jogos, danças,
ginásticas, lutas e esportes, concebidos como textos historicamente produzidos
e reproduzidos pelos diversos grupos que coabitam a sociedade. Portanto,
significa conhecer o contexto no qual são produzidas estas práticas corporais,
tratar pedagogicamente este conteúdo específico, conhecer os alunos e o
currículo (programa de ensino), promover praticas de avaliação que levem o
aluno ao conhecimento de si, da vida em grupo, da aprendizagem de conteúdos e
da ética. Nas aulas, os artefatos culturais receberão, quando necessário, novos
sentidos e significados, a fim de que se estabeleçam as condições necessárias
para um diálogo respeitoso entre os alunos e destes com a pluralidade de formas
expressivas presente na paisagem social.
1. Reconhecer
as manifestações da cultura corporal como formas legítimas de expressão de um
determinado grupo social, bem como artefatos históricos, sociais e políticos.
2. Conhecer
e compreender a realidade social para nela intervir, por meio da produção e ressignificação das manifestações e expressões do movimento
humano com atenção à variedade presente na paisagem social.
3. Demonstrar
atitude crítico-reflexiva perante a produção de conhecimento
da área, visando obter subsídios para o aprimoramento constante de seu trabalho
no âmbito da Educação Física escolar.
4. Ser
conhecedor das influências sócio-históricas que conferem à cultura de
movimentos sua característica plástica e mutável.
5. Dominar
os conhecimentos específicos da Educação Física e suas interfaces com as demais
disciplinas do currículo escolar.
6. Relacionar
os diferentes atributos das práticas corporais sistematizadas às demandas da
sociedade contemporânea.
7. Dominar
métodos e procedimentos que permitam adequar as atividades de ensino às
características dos alunos, a fim de desenvolver situações didáticas que
potencializem o enriquecimento da linguagem corporal por meio da participação
democrática.
8. Demonstrar capacidade de resolver problemas
concretos da prática docente e da dinâmica da instituição escolar, zelando pela
aprendizagem e pelo desenvolvimento do educando.
9. Considerar
criticamente as características, interesses, necessidades, expectativas e a
diversidade presente na comunidade escolar nos momentos de planejamento,
desenvolvimento e avaliação das atividades de ensino.
10. Ser
capaz de articular no âmbito da prática pedagógica os objetivos e a prática
pedagógica da Educação Física com o projeto da escola.
1. Analisar
criticamente as orientações da Proposta Curricular de Educação Física e sua
adequação para a Educação Básica.
2. Identificar
em diferentes relatos de experiências didáticas, os elementos relevantes às
estratégias de ensino adequadas.
3. Identificar
dificuldades e facilidades apresentadas pelos alunos por ocasião do
desenvolvimento de atividades de ensino.
4. Reconhecer nas diferentes teorias e métodos de
ensino as que melhor permitem a transposição didática de conhecimentos sobre os
jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas para a educação básica.
5. Reconhecer
aspectos biológicos, neurocomportamentais e sociais
aplicáveis em situações didáticas, que permitam trabalhar a educação física na
perspectiva do currículo.
6. Conhecer
os fundamentos teórico-metodológicos da Proposta Curricular de Educação Física,
a fim de subsidiar a reflexão constante sobre a própria prática pedagógica.
7. Identificar
estratégias de ensino que favoreçam a criatividade e a autonomia do aluno.
8. Analisar
criticamente os conhecimentos da cultura de movimento disponíveis aos alunos,
discriminando os procedimentos que utilizaram para acessá-los.
9. Identificar
instrumentos que possibilitem a coleta de informações sobre o patrimônio
cultural da comunidade, visando um diagnóstico da realidade com vistas ao
planejamento de ensino.
10. Interpretar
contextos históricos e sociais de produção das práticas corporais.
11. Reconhecer
e valorizar a expressão corporal dos alunos, bem como do seu desenvolvimento em
contextos sociais diferenciados, estabelecendo relações com as demais práticas
corporais presentes na sociedade.
12. Analisar
criticamente a presença contemporânea massiva das práticas corporais, fazendo
interagir conceitos e valores ideológicos.
13. Identificar
as diferentes classificações dos jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas e
os elementos que as caracterizam.
14. Reconhecer
os fundamentos das diversas funções atribuídas às práticas corporais (lazer,
educação, melhoria da aptidão física e trabalho).
15. Relacionar
as modificações técnicas e táticas das modalidades esportivas às transformações
sociais.
16. Analisar
os recursos gestuais utilizados pelos alunos durante as atividades e
compará-los com os gestos específicos da cada tema.
17. Identificar
as formas de desenvolvimento, manutenção e avaliação das capacidades físicas
condicionantes.
18. Identificar
as variáveis envolvidas na realização de atividades físicas voltadas para a
melhoria do desempenho.
19. Identificar
a organização das diferentes manifestações rítmico-expressivas presentes na
sociedade.
20. Analisar
os reflexos do discurso midiático na construção de padrões e estereótipos de
beleza corporal e na espetacularização do esporte.
1.
BETTI, M. Imagem
e ação: a televisão e a Educação Física escolar. In: BETTI, M. (Org.)
Educação Física e mídia: novos olhares, outras práticas. São Paulo: Hucitec, 2003.
2.
BORGES, C. L. A
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BORGES, C. L.; DESBIENS, J. F. (Orgs.). Saber, formar
e intervir para uma Educação Física
3.
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GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na
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4.
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2.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Educação Física para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino
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http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_EDF_COMP_red_md_20_03.pdf
Aprender uma língua
estrangeira se mostra relevante pela utilidade desse conhecimento e dessa
habilidade para a vida das pessoas e, principalmente, pela experiência marcante
e enriquecedora de vivenciar o outro, sejam eles os vários outros das línguas
estrangeiras, ou os vários outros de uma mesma língua estrangeira. Desse modo,
aprender uma língua estrangeira amplia a percepção sobre como os sentidos se
constroem contextualmente e sobre a heterogeneidade
que marca a linguagem, a língua e a comunicação; amplia, também, a percepção da
diversidade cultural e social presente nas relações estabelecidas no universo
da linguagem.
Ressalte-se que essas
aprendizagens assumem sua verdadeira razão de ser quando possibilitam que o
aluno-cidadão dialogue criticamente com outras culturas e com a sua própria;
essa possibilidade oferece ao aprendiz a percepção crítica de que embora a
heterogeneidade e a variação sejam características da linguagem, tais variações
não são livres e aleatórias e sim determinadas e restritas por contextos
sociais específicos. Dessa maneira, as formas linguísticas
e culturais do eu e do outro originam e pertencem cada qual a contextos
diferentes, não podendo ser considerados melhores ou priores, mais desejáveis
ou menos desejáveis independente de seus contextos.
Sendo assim, ensinar
uma língua estrangeira significa ensinar a lidar com a heterogeneidade, a
diversidade e a diferença, compreendendo a relação dialógica eu-outro inerente
à comunicação, à linguagem e às relações que se estabelecem cultural e
socialmente. Significa também conhecer a relação entre a teoria e a prática e
estar atento para a dinâmica entre ambas. Isso permite que o professor
permanentemente seja protagonista de sua ação e tome, com autonomia e responsabilidade,
as decisões pedagógicas que concorrem para a realização de seu trabalho e a
consecução de seus objetivos. Ensinar uma língua estrangeira no mundo de hoje
significa, ainda, promover uma formação de pessoas - alunos e cidadãos - com
mente aberta para conhecimentos novos, para maneiras diferentes de pensar e ver
o mundo, por meio da aprendizagem e conhecimento de uma língua estrangeira.
1. Conhecer
e avaliar criticamente a presença das LEMs, em
especial da língua inglesa, na cultura e na vida em sociedade, e articular essa
presença ao despertar do interesse e à instauração do desejo de aprender.
2. Compreender
um texto (oral ou escrito) em língua inglesa que aborde tanto temas concretos
quanto abstratos, incluindo discussões educacionais pertinentes a seu campo de
especialização, bem como compreender as relações entre o texto e seu contexto
de produção.
3. Produzir
textos (orais ou escritos), em língua inglesa, claros sobre uma gama de
assuntos e explicar um ponto de vista mostrando vantagens e desvantagens sobre
vários aspectos.
4. Compreender
a linguagem como uma prática social, o que a torna heterogênea considerando-se
que ela se constrói dentro de contextos variados, em que há diversidade
cultural e social e reconhecer as múltiplas possibilidades de construção de
sentidos, considerando-se que a linguagem se constrói de forma situada e
contextual.
5. Compreender
e analisar as intertextualidades e multimodalidades
inerentes à linguagem e à comunicação na sociedade atual, tanto na língua
materna quanto nas línguas estrangeiras.
6. Compreender que o ensino de língua inglesa na
escola deve, além do focalizar os objetivos linguísticos
e instrumentais, considerar objetivos educacionais e culturais.
7. Refletir
sobre o papel educacional da língua inglesa no currículo escolar, reconhecendo
que seu espaço didático-pedagógico lhe oferece possibilidades de investigação
sobre a sua prática em um exercício de autonomia, criação e crítica, e estando
sempre apto e pronto a aprender.
8. Compreender
o valor da construção de conhecimento realizada conjuntamente entre professor e
alunos e promover procedimentos didáticos, metodológicos e de avaliação
adequados para criar na sala de aula um ambiente e processos propícios para a
aprendizagem.
9. Perceber
que a leitura e a escrita são atividades culturais e sociais - em que relações,
visões de mundo e convenções são partilhadas - e, ao mesmo tempo, atividades
individuais - em que estão envolvidas imaginação, criatividade e emoções.
10. Compreender
a importância do diálogo e da interação com professores de outros componentes
curriculares de forma a garantir conteúdos e atividades que contribuam para a
educação global dos aprendizes.
1. Identificar
situações coletivas de diálogo, bem como situações de interação em pequenos
grupos, que promovem a autonomia dos alunos, ajudando-os a planejar, realizar e
avaliar atividades articuladas em torno de textos (orais ou escritos) em língua
inglesa.
2. Reconhecer
entre situações propostas aquelas em que promovem o diálogo e a aproximação
entre as temáticas e conteúdos curriculares, e o contexto da escola e a
realidade do aluno.
3. Identificar
as contribuições de diferentes ferramentas de apoio didático (Cadernos do Aluno
e do Professor, dicionários bilíngues e monolíngues, livros didáticos e paradidáticos, equipamentos
audiovisuais, laboratório de informática) para a promoção da aprendizagem.
4. Indicar,
dentre dispositivos didáticos de diferenciação, aqueles que acolhem a
diversidade no âmbito do grupo-classe, sem reduzir as situações de aprendizagem
à tradução literal de textos ou à confecção de listas bilíngues
de vocabulário.
5. Compreender
as tecnologias da informação e da comunicação como elos que aproximam as
vivências com a língua inglesa que os alunos têm fora da escola daquelas que
são promovidas no interior da sala de aula.
6. Reconhecer,
em situações de sala de aula, as concepções de língua, de ensino e de
aprendizagem que subsidiam as práticas, distinguindo aquelas associadas a
objetivos estritamente linguísticos daquelas que
combinam objetivos linguísticos, culturais e
educacionais.
7. Reconhecer
e interpretar as limitações de práticas pedagógicas bastante difundidas tais
como a tradução como atividade principal e a reprodução de textos (da lousa ou
de outro portador para o caderno).
8. Indicar
alternativas de práticas pedagógicas que apresentem maior sintonia entre os
objetivos do currículo e as condições do contexto de ensino de Língua
Estrangeira Moderna.
9. Relacionar
os temas e conteúdos previstos no currículo de língua inglesa às possibilidades
de construção, análise e problematização de visões de
mundo.
10. Interpretar
criticamente a diversidade de perspectivas da língua inglesa no mundo e na
história (inglês nativo e não-nativo, inglês como língua franca, inglês como
língua internacional, inglês como língua global) e relacionar essas
perspectivas aos objetivos de ensino da língua.
11. Indicar
situações didáticas que promovam e estimulem formas adequadas e novas de
aprender a aprender.
12. Identificar
o dinamismo das relações entre oralidade e escrita, tanto em sua dimensão
fonológico-grafológica (relação grafema-fonema), quanto em sua dimensão sociodiscursiva.
13. Analisar
estrutura, organização e significação de textos (descritivos, narrativos e
argumentativos), em língua inglesa.
14. Indicar
estratégias de leitura que destaquem as relações entre um texto e seu contexto
de produção, e justificar essa indicação com base na análise de elementos do
próprio texto.
15. Identificar
estratégias de leitura que destaquem a diferenças entre o contexto de leitura e
o contexto de produção do texto.
16. Inferir
o objetivo de um texto e a quem ele se dirige com base em pistas verbais e não
verbais.
17. Identificar,
dentre os vários sentidos de uma palavra ou expressão, aquele que é pertinente
ao contexto em que está inserida.
18. Reconhecer
a ideia central de um texto, tanto em situações em
que é possível recuperar informações explícitas quanto naquelas em que as
informações não estão proeminentes e é necessário fazer inferências.
19. Aplicar
o conhecimento de regras e de convenções da língua inglesa (relativas à
formação e classificação de palavras, tempos e modos verbais, conjunções,
discurso direto e indireto, entre outras), relacionando-as a seus contextos de
uso e às intenções que permeiam a comunicação.
20. Confrontar
temas e visões de mundo expressos em textos diferentes, sejam eles ficccionais ou não-ficcionais.
1.
BARCELOS, A.M.F. Reflexões acerca da mudança de crenças
sobre ensino e aprendizagem de línguas. Revista Brasileira de Lingüística
Aplicada. v. 7. n. 2. 2007. p. 109-38. (Opção de acesso: http://www.letras.ufmg.br/rbla/2007_2/05-Ana-Maria-Barcelos.pdf.)
2.
BRAIT, Beth (org). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo:
Contexto, 2005.
3.
CELANI, M. A. A. (org.). Professores e formadores em mudança: relato de um processo de reflexão
e transformação da prática. Campinas, Mercado de Letras, 2003.
4.
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1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental Ciclo II
e Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_LEM_COMP_red_md_20_03.pdf
Duas são as dimensões fundamentais na formação profissional do professor de
Matemática:
·
a competência
técnica, no sentido do conhecimento dos conteúdos matemáticos a serem ensinados,
bem como dos recursos metodológicos para apresentá-los aos alunos, com a
compreensão do significado dos mesmos em contextos adequados, referentes aos
universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência ou da tecnologia;
·
o compromisso
público com a Educação, decorrente de uma compreensão dos aspectos
históricos, filosóficos, sociológicos, psicológicos, antropológicos, políticos
e econômicos da educação e do ensino, o que viabilizará uma participação
efetiva do professor como agente formador, tanto na conservação quanto na
transformação da realidade.
As duas dimensões citadas – a
competência técnica e o compromisso público – são complementares e
interdependentes, devendo ser avaliadas em provas gerais e de conteúdos
específicos.
Para a caracterização da competência
específica do professor de Matemática, explicitaremos a seguir um elenco de dez
formas mais usuais de manifestação das mesmas:
1. Gostar de Matemática, compreendendo o papel de sua disciplina como uma linguagem que
complementa a língua materna, enriquecendo as formas de expressão para todos os
cidadãos, e munindo a ciência de instrumentos fundamentais para seu
desenvolvimento;
2. Conhecer os conteúdos matemáticos com
uma profundidade e um discernimento que lhe possibilite apresentá-los como
meios para a realização dos projetos dos alunos, não tratando os conteúdos como um fim em si mesmo, nem vendo os
alunos como futuros matemáticos, ou professores de matemática, mas sim como
cidadãos que aspiram a uma boa formação pessoal;
3. Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando
situações de aprendizagem em torno das quais organizará os conteúdos a
serem ensinados, a partir dos universos da arte, da cultura, da ciência, da
tecnologia ou do trabalho, levando em consideração o contexto social da escola;
4. Saber mediar conflitos de interesse, dando a palavra aos alunos e buscando aproximar seus interesses,
às vezes difusos, daqueles que estão presentes no planejamento escolar;
5. Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes em cada
conteúdo que ensina, uma vez que tais ideias ajudam a
articular internamente os diversos temas da matemática, e a aproximar a
matemática das outras disciplinas;
6. Ser capaz de mapear os diversos conteúdos
relevantes, sabendo articulá-los de modo a
oferecer aos alunos uma visão panorâmica dos mesmos, plena de significações
tanto para a vida cotidiana quanto para uma formação cultural mais rica;
7. Saber escolher uma escala adequada em cada turma, em cada situação concreta, para apresentar os
conteúdos que considera relevantes, não subestimando a capacidade de os alunos
aprenderem, nem tratando os temas com excesso de pormenores, de interesse
apenas de especialistas;
8.
Ser capaz de construir relações significativas entre os conteúdos apresentados aos alunos e os temas presentes em
múltiplos contextos, incluindo-se os conteúdos de outras disciplinas,
favorecendo, assim, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade;
9.
Saber construir narrativas que articulem
os diversos elementos presentes nos conteúdos ensinados, inspirando-se na
História da Matemática para articular ideias e
enredos por meio dos quais ascendemos da efemeridade das informações isoladas à
estabilidade do conhecimento organizado;
10.
Ser capaz de alimentar
permanentemente os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a
capacidade de pesquisar, de fazer perguntas, bem como de orientar e depurar interesses menos relevantes, assumindo, com
tolerância, a responsabilidade inerente à função que exerce.
Um professor de Matemática deve ser
capaz de mobilizar os conteúdos específicos de sua disciplina, tendo em vista o
desenvolvimento das competências pessoais dos alunos. De acordo com a Proposta
Curricular, as competências gerais a serem visadas são a capacidade de expressão em diferentes linguagens, de compreensão de fenômenos nas diversas
áreas da vida social, de construção de
argumentações consistentes, de enfrentamento
de situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações
imaginadas, não diretamente relacionadas com o prático-utilitário, e de formulação de propostas de intervenção
solidária na realidade.
Para construir uma ponte entre os
conteúdos específicos e tais competências gerais, é necessário identificar, em
cada conteúdo, as ideias fundamentais a serem
estudadas: proporcionalidade,
equivalência, ordem, medida, aproximação, problematização,
otimização são alguns exemplos de tais ideias.
Para isso, o professor deve apresentar
certas habilidades específicas,
associadas aos conteúdos da área, tendo sempre o discernimento suficiente para
reconhecer que tais conteúdos constituem meios para a formação pessoal dos
alunos.
São apresentadas, a seguir, vinte de
tais habilidades específicas a serem
demonstradas pelo professor de Matemática:
1.
Tendo por base as ideias
de equivalência, ordem, construir o significado
dos números (naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais, complexos),
bem como das operações realizadas com eles em diferentes contextos;
2.
Enfrentar situações-problema em diferentes contextos, sabendo traduzir as
perguntas por meio de equações, inequações ou
sistemas de equações, e mobilizar os instrumentos matemáticos para resolver
tais equações, inequações ou sistemas;
3.
Tendo por base a dimensão simbólica do
conceito de número, desenvolver de modo significativo a notação e as técnicas para representar algebricamente números e
operações com eles, incluindo-se a ideia de matriz para representar tabelas de
números (contagem de pixels em uma tela, coeficientes de um sistema de equações
lineares, etc.) ;
4.
Reconhecer equações e inequações como perguntas, saber resolver sistematicamente equações e inequações
polinomiais de grau 1, 2, e conhecer propriedades das equações polinomiais de grau superior a 2, que possibilitem a
solução das mesmas, em alguns casos (relações entre coeficientes e raízes,
redução de grau, fatoração, etc.);
5.
Tendo como referência as situações de
contagem direta, construir estratégias e recursos de contagem indireta em situações contextualizadas (cálculo
combinatório, binômio de Newton, arranjos, combinações, permutações);
6.
Conhecer a ideia
de medida de grandezas de variados
tipos (comprimento, área, volume, massa, tempo, temperatura, ângulo etc.),
sabendo expressar ou estimar tais medidas por meio da comparação direta da
grandeza com o padrão escolhido, utilizando tanto unidades padronizadas quanto
unidades não-padronizadas, e valorizando as ideias de
estimativa e de aproximações;
7.
Explorar de modo significativo a ideia de proporcionalidade
(razões, proporções, grandezas direta e inversamente proporcionais) em diferentes situações, equacionando
e resolvendo problemas contextualizados de regra de três simples e composta,
direta e inversa;
8.
Explorar regularidades e relações de
interdependência de diversos tipos, inclusive as sucessões aritméticas e geométricas, representando relações de
interdependência por meio de gráficos de variadas formas, e construindo
significativamente o conceito de função;
9.
Conhecer as principais características
das funções polinomiais de grau 1,
grau 2, ... grau n, sabendo esboçar seu gráfico e relacioná-lo com as raízes
das equações polinomiais correspondentes, e explorar intuitivamente as taxas de
crescimento e decrescimento das funções correspondentes;
10.
Conhecer as propriedades fundamentais
de potências e logaritmos, sabendo
utilizá-las em diferentes contextos, bem como sistematizá-las no estudo das
funções exponenciais e logarítmicas;
11.
Compreender e aplicar as relações de proporcionalidade
que caracterizam as razões
trigonométricas (seno, cosseno, tangente, entre outras) em situações
práticas, bem como ampliar o significado de tais razões por meio do estudo das funções trigonométricas, associando as
mesmas aos fenômenos periódicos em diferentes contextos;
12.
A partir da percepção do espaço e das
formas, construir uma linguagem adequada para a representação de tais percepções, reconhecendo e classificando formas planas (ângulos, triângulos,
quadriláteros, polígonos, circunferências, entre outras) e espaciais (cubos,
paralelepípedos, prismas, pirâmides, cilindros, cones, esferas, entre outras);
13.
Com base nas propriedades
características de objetos planos ou espaciais, desenvolver estratégias para construções geométricas dos mesmos, especialmente
com instrumentos como régua e compasso, tendo em vista uma compreensão mais
ampla do espaço em que vivemos, de suas representações e de suas propriedades;
14.
Explorar a linguagem e as ideias geométricas
para desenvolver a capacidade de observação, de percepção de relações como as
de simetria e de semelhança, de conceituação, de demonstração, ou seja, de
extração de consequências lógicas a partir de fatos
fundamentais diretamente intuídos ou já demonstrados anteriormente;
15.
Explorar algumas relações geométricas especialmente significativas, como as
relativas às somas de ângulos de polígonos, aos Teoremas de Tales e de Pitágoras, e muito especialmente as relações métricas relativas ao cálculo
de comprimentos, áreas e volumes de objetos planos e espaciais;
16.
Explorar uma abordagem algébrica da
geometria – ou seja, a geometria
analítica, representando retas e curvas, como as circunferências e as
cônicas, por meio de expressões analíticas e sabendo resolver problemas
geométricos simples por meio do recurso a tais recursos algébricos;
17.
Explorar de modo significativo as
relações métricas e geométricas na esfera
terrestre, especialmente no que tange a latitudes, longitudes, fusos
horários;
18.
Resolver problemas de escolhas que envolvem a ideia de
otimização (máximos ou mínimos) em diferentes contextos, recorrendo aos
instrumentos matemáticos já conhecidos, que incluem, entre outros temas, a
função polinomial do 2º grau e algumas noções de geometria analítica;
19.
Compreender a ideia de aleatoriedade, reconhecendo-a em diferentes contextos,
incluindo-se jogos e outras classes de fenômenos, e sabendo quantificar a
incerteza por meio do cálculo de probabilidades em situações que envolvem as
noções de independência de eventos e de probabilidade condicional;
20.
Saber organizar e/ou interpretar
conjuntos de dados expressos em diferentes linguagens, recorrendo a noções básicas de estatística descritiva e
de inferência estatística (média, mediana, desvios, população, amostra,
distribuição binomial, distribuição normal, entre outras noções) para tomar
decisões em situações que envolvem incerteza.
1.
LOJKINE, Jean – A Revolução Informacional. São Paulo: Cortez Editora, 1995.
2.
BESSON, Jean-Louis (Org.). A ilusão das estatísticas. São Paulo: Editora
da UNESP, 1995.
3.
BOYER, Carl B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blucher,
1996.
4.
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática.
Lisboa: Gradiva, 1998.
5.
DAVIS, Philip J., HERSH, Reuben – O Sonho de Descartes. O mundo de acordo com a Matemática. Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1988.
6.
COURANT, Richard, ROBBINS, Herbert. O que é Matemática? Uma abordagem elementar
de métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2000.
7.
DERTOUZOS, Michael. O que será? Como o novo mundo da informação
transformará nossas vidas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
8.
DEVLIN, Keith. O Gene da Matemática. O talento para lidar com números e a evolução do
pensamento matemático. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Record, 2004.
9.
EGAN, Kieran.
A mente educada. Os males da Educação e
a ineficiência educacional das escolas. Rio de Janeiro: Editora Bertand
Brasil, 2002.
10.
GARBI, Gilberto G. A Rainha das Ciências – Um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da
Matemática. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2007.
11.
LIMA, Elon
Lajes et alii. A Matemática do Ensino Médio (3 volumes).
Coleção do Professor de Matemática/Sociedade Brasileira de Matemática. Rio de
Janeiro: SBM, 1999.
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MLODINOW, Leonard. A janela de Euclides. A História da Geometria, das linhas paralelas ao hiperespaço. São Paulo: Geração Editorial, 2004.
13.
MOLES, Abraham. A criação científica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1998
14.
SATOY, Marcus Du. A música dos números primos. A história de um problema não resolvido na
matemática. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
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15.
SBM - Sociedade Brasileira de
Matemática. Revista do Professor de
Matemática (RPM). São Paulo: IMEUSP (Publicação quadrimestral, números de
1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Matemática para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_MAT_COMP_red_md_20_03.pdf
Embora esta não seja a
única competência que se espera do professor de Ciências do Ensino Fundamental,
é essencial que este profissional revele o domínio de conhecimentos específicos
de Ciências Naturais - seus fenômenos, princípios, leis, modelos, suas
linguagens, seus métodos de experimentação e investigação, sua contextualização
histórica e social, suas tecnologias e relações com outras áreas do
conhecimento, como também dos fundamentos que estruturam o trabalho curricular
na disciplina e que dizem respeito à aplicação didática e metodológica desses
conhecimentos na prática de sala de aula.
Essa competência
técnica pode se expressar, entre outras, pelas seguintes características
desejáveis dos professores da disciplina:
1. Reconhecer
a presença das Ciências na cultura e na vida em sociedade, na investigação de
materiais e substâncias, da vida, da Terra e do cosmo e, em associação com as
tecnologias, na produção de conhecimentos, manifestações artísticas, bens e
serviços, assim como enfatizar esta presença para aproximar o conhecimento
científico do interesse de crianças e jovens.
2. Identificar
as ciências como dimensão da cultura humana, de caráter histórico, portanto,
como produção de conhecimento dinamicamente relacionada a tecnologias e a
outros âmbitos da cultura humana das quais também depende e com critérios de
verificação fundados em permanente exercício da dúvida.
3. Promover
e valorizar a alfabetização científico-tecnológica, ou seja, a capacidade de
expressar e se comunicar com as linguagens da ciência, bem como de expressar o
saber científico em diferentes linguagens.
4. Ser
capaz de construir relações significativas entre os diferentes campos de conhecimento
das ciências naturais (Física, Química e Biologia) em múltiplos contextos,
incluindo-se também temas de outras áreas, favorecendo, assim, a
interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
5. Compreender
que o ensino de Ciências deve compor o desenvolvimento da cultura científica,
juntamente com a promoção de competências, habilidades e valores humanos.
6. Conduzir
a aprendizagem de forma a promover a emancipação e a capacidade de trabalho
coletivo dos alunos, planejando e realizando atividades com sua participação
ativa, e também demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de
caráter prático, crítico e propositivo.
7. Tratar
temáticas que dialoguem com o contexto da escola e com a realidade dos alunos,
antecedendo aquelas que transcendem seu espaço vivencial, respeitando as
culturas regionais, mas orientando a construção conceitual com vistas a uma
cultura científica de sentido universal.
8. Respeitar
as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos, utilizando linguagens e
níveis de complexidade dos conteúdos disciplinares de forma compatível com a
maturidade esperada da faixa etária típica de cada série.
9. Realizar
e sugerir observações e medidas práticas que não se limitem a experiências
demonstrativas ou laboratoriais, mas que também envolvam percepções e
verificações do mundo real, em que sejam relevantes a participação e o registro
feitos pelos alunos.
10. Ser
capaz de motivar e fomentar os interesses dos alunos, estimulando a investigação
e a capacidade de pesquisar e de fazer perguntas, assumindo, com tolerância e
respeito, a responsabilidade inerente à função que exerce, o que também inclui
cuidados com a sua própria formação contínua.
1. Reconhecer
argumentos favoráveis e desfavoráveis à adoção de diferentes estratégias de
ensino de Ciências, a partir da descrição de situações de ensino e de
aprendizagem.
2. Estabelecer
relações efetivas entre ambiente natural e ambiente construído pela intervenção
humana, caracterizando o primeiro pela relação entre seres entre si e com os
componentes inanimados do seu meio, e compreendendo o que deveria ser um uso
sustentável dos recursos naturais, revelando necessidades e buscando discutir
limites para a ação humana sobre o meio.
3. Compreender
a participação do ar, da água, do solo e do fluxo de energia nos ecossistemas,
com a função essencial da energia luminosa do Sol na produção primária de
alimentos, assim como as relações alimentares entre produtores, consumidores e
decompositores.
4. Caracterizar
a dependência entre os sistemas vivos e as características ambientais
geográficas de cada região, situando a diversidade de ecossistemas nas várias
regiões brasileiras e a importância de sua preservação.
5. Identificar
as características básicas dos seres vivos, como organização celular, obtenção
de matéria e de energia e transferência de energia entre seres vivos.
6. Comparar
diferentes grupos de plantas sob diferentes aspectos e, em particular, a
reprodução de plantas com e sem flores.
7. Classificar
e agrupar para compreender a variedade de espécies, apontando os reinos na
classificação dos seres vivos e destacando semelhanças e diferenças entre eles.
8. Identificar
características de grupos de vertebrados e invertebrados, identificando
semelhanças e diferenças entre eles.
9. Identificar
hipóteses e teorias sobre a origem e a evolução dos seres vivos, que revelam
como fósseis e outros registros do passado mostram como se operaram
transformações dos seres vivos ao longo do tempo, reconhecendo igualmente as
causas e as consequências da extinção de espécies.
10. Demonstrar
compreensão das estratégias e processos de ocupação dos espaços pelos seres
humanos e das consequências da produção de alimentos,
da obtenção de materiais do solo, do subsolo e da atmosfera e, ainda, da
domesticação de vegetais e animais.
11. Demonstrar
compreensão de como os ciclos naturais do ar e da água e a biomassa viva ou
fóssil são aproveitados e processados para uso energético.
12. Identificar,
em representações variadas, fontes e transformações de energia que ocorrem em
processos naturais e tecnológicos, bem como selecionar, dentre as diferentes
formas de se obter um mesmo recurso material ou energético, as mais adequadas
ou viáveis para suprir as necessidades de determinada região.
13. Reconhecer
transformações químicas do cotidiano e do sistema produtivo através da
diferença de propriedades dos materiais e do envolvimento de energia nessas
transformações e apontar necessidades e benefícios, assim como riscos e prejuízos
ambientais relacionados a alterações de processos naturais e à contaminação por
resíduos.
14. Compreender
a constituição dos materiais, diferenciando conceitos de elementos, substâncias
químicas, misturas, com suas propriedades físicas, revelando também uma visão
microscópica que responda por suas propriedades, assim como ter uma compreensão
das muitas radiações e de seu espectro, em correlação com as suas diversas
aplicações.
15. Caracterizar
a saúde como bem estar físico, mental e social, identificando seus condicionantes
(alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação,
transporte e lazer), e recorrendo a indicadores de saúde, sociais e econômicos
para diagnosticar a situação de estados ou regiões brasileiras.
16. Reconhecer
os agravos mais frequentes à saúde, suas causas,
prevenção, tratamento e distribuição, bem como as funções dos diferentes
nutrientes na manutenção da saúde.
17. Compreender
o caráter sistêmico do corpo humano, descrevendo relações entre os sistemas,
ósseo-muscular, endócrino, nervoso e os órgãos dos sentidos, mostrando também
como se relacionam sexualidade e saúde reprodutiva e como as drogas interferem
no organismo.
18. Construir
uma representação da Terra, com suas dimensões, estrutura interna e modelos de
placas tectônicas, associando essa compreensão com fenômenos naturais como
vulcões, terremotos ou tsunamis.
19. Situar
a Terra no universo, associando os movimentos da Terra aos aparentes da Lua, do
Sol e das estrelas, às medidas de tempo diário, às estações do ano e eclipses,
assim como ter uma compreensão do Sistema Solar, com as dimensões, distâncias e
características dos planetas.
20. Reconhecer
o aspecto cultural relacionado às constelações, bem como o movimento das
estrelas no céu e sua relação com movimentos da Terra. Identificar o Sol como
uma estrela e estabelecer o conceito de galáxia, compreendendo o movimento do
Sol na Via Láctea.
1.
AMBROGI, A.; LISBOA, J. C. F. Química para o magistério. São Paulo: Harbra,
1995.
2. ATKINS,
P.; LORETTA, J. Princípios de Química:
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drogas psicotrópicas. Livreto
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São Paulo: Cortez, 2002.
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FRIAÇA, A. C. S.; DALPINO, E.;SODRÉ JR.; L. JATENCO
– PEREIRA, V. (orgs.) Astronomia: uma visão geral do universo. São Paulo: EDUSP, 2000.
10.
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul. GIPEC -
Grupo Interdepartamental de Pesquisa sobre Educação
11.
GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física 1, 2 e 3. GREF. 5.ed. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2001/2005.
12.
KORMONDY, E. J. e BROWN, D.E.
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OKUNO, E. Radiações:
Efeitos, Riscos e Benefícios. São Paulo: Harbra,
1998.
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SADAVA, D. HELLER, H.C [et
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a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed,
2009. 3v. (Vol. 1. Célula e Hereditariedade; Volume 2. Evolução, diversidade e
ecologia; Volume 3. Planetas e animais).
15.
TEIXEIRA, W., TAIOLI, F., FAIRCHILD, T., TOLEDO, C. (orgs.). Decifrando a
Terra. 2.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 .
1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Ciências para o Ensino Fundamental Ciclo II. São Paulo:
SE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_CIEN_COMP_red_md_20_03.pdf
O professor de Física
para a Educação Básica deve antes de tudo revelar domínio de conhecimentos
específicos de Física, ou seja, de seus fenômenos, princípios, leis, modelos,
linguagens, métodos de experimentação e investigação, sua contextualização
histórica e social, assim como de sua relação com as tecnologias e as demais
ciências da natureza, mesmo com outras áreas do conhecimento. Tão essencial
quanto isso, para sua atuação docente, deve também conhecer os fundamentos que
estruturam o trabalho curricular na disciplina e que dizem respeito à aplicação
didática e metodológica desses conhecimentos na prática de sala de aula, ou
seja, ser capaz de fazer uso efetivo dessa cultura pedagógica.
Esta competência
científica e técnica deve se expressar, sobretudo, pelas seguintes
características desejáveis nos professores da disciplina:
1. Reconhecer
a presença das ciências, e entre elas especialmente da Física, na cultura e na
vida em sociedade, na investigação da Terra, do cosmo, da vida, de materiais e
substâncias e, em associação com as tecnologias, na produção de conhecimentos,
manifestações artísticas, bens e serviços, assim como enfatizar esta presença
para aproximar o conhecimento científico do interesse de crianças e jovens.
2. Identificar
as ciências como dimensão da cultura humana, de caráter histórico, portanto,
com produção de conhecimento dinamicamente relacionada às tecnologias que
produz e a outros âmbitos da cultura humana, das quais também depende e com
critérios de verificação fundados em permanente exercício da dúvida, assim
compreendendo a Física como composta de saberes em contínuo aperfeiçoamento e
transformação.
3. Promover
e valorizar a alfabetização científico-tecnológica, ou seja, a capacidade de
expressar e se comunicar com as linguagens da ciência, bem como de expressar o
saber científico em diferentes linguagens. Nesse sentido, saber ensinar as
variáveis, grandezas e processos físicos para fazerem parte do acervo vocabular
e conceitual dos estudantes.
4. Ser
capaz de construir relações significativas entre a Física e os diferentes
campos de conhecimento das ciências naturais, como os da Astronomia, Biologia,
Geologia e Química, em contextos de caráter cultural, social, histórico e, em
geral, interdisciplinar.
5. Compreender
que o ensino da Física além de contribuir para o desenvolvimento da cultura
científica, deve ao mesmo tempo promover competências gerais, habilidades
técnicas e valores humanos.
6. Conduzir
a aprendizagem da Física de forma a promover a capacidade de trabalho coletivo
dos alunos, planejando e realizando atividades com sua participação ativa, e
também demandando consulta e cooperação entre eles, em questões de caráter
prático, crítico e propositivo.
7. Tratar
temáticas que, envolvendo a Física de forma significativa, dialoguem com o
contexto da escola e com a realidade do aluno, respeitando as culturas
regionais, mas orientando a construção conceitual com vistas a uma cultura
científica de sentido universal.
8. Respeitar
as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos, utilizando linguagens e
níveis de complexidade dos conteúdos disciplinares da Física de forma
compatível com a maturidade esperada dos estudantes da educação básica.
9. Realizar
e sugerir observações e medidas físicas práticas que não se limitem a
experiências demonstrativas ou laboratoriais, mas que também envolvam
percepções e verificações do mundo real, em que sejam relevantes a participação
e o registro feitos pelos alunos em situações de sua vivência pessoal, assim
como de fenômenos naturais e de procedimentos do sistema produtivo e de
serviços.
10. Ser
capaz de motivar e fomentar os interesses dos alunos, estimulando a
investigação e a capacidade de pesquisar e de fazer perguntas, assumindo, com
tolerância e respeito as responsabilidades da função que exerce, o que também
inclui uma contínua atenção à sua própria formação.
Complementando
as características gerais esperadas, demandam-se competências específicas dos
professores de Física do Ensino médio, como ter condições para:
1. Dar
continuidade ao aprendizado científico desenvolvido no Ensino Fundamental, que
partiu da realidade próxima do aluno e o conduziu a uma primeira visão formal
dos processos físicos, da constituição e propriedades da matéria e do cosmo,
para agora garantir um maior aprofundamento conceitual tanto da problemática a
ser tratada e seu contexto, quanto da compreensão das práticas científicas na
física.
2. Desenvolver
essa nova compreensão, contando com crescente protagonismo
dos alunos já intelectualmente mais maduros, tendo como temas de estudo
centrais: Movimentos - Variações e Conservações; Universo, Terra e Vida; Calor,
Ambiente e Usos de Energia; Equipamentos Elétricos; Matéria e Radiação.
3. Ao
organizar o ensino sob tais temas de estudo, compreender que correspondem a um
rearranjo, com mais contexto e atualidade, de conteúdos mais tradicionalmente
denominados como mecânica, termodinâmica, óptica, eletromagnetismo e física
moderna, combinados de outra forma e acrescentados de elementos de cosmologia e
de tecnologias contemporâneas.
Espera-se
especialmente que os professores de Física do Ensino Médio estejam preparados
para desenvolver esses temas nessa etapa escolar, com metodologias variadas,
como as de investigação, leitura, experimentação, debate e projetos de trabalho
em grupo, de forma a levarem seus alunos a enfrentar situações-problema em
contextos reais de caráter vivencial, prático, tecnológico ou histórico, o que
envolve a capacidade de:
1. Identificar,
caracterizar e estimar grandezas do movimento: observar movimentos do cotidiano
em termos de variáveis como distância percorrida, tempo, velocidade e massa;
sistematizar movimentos, segundo trajetórias, variações de velocidade e outras
características; realizar medida de tempo, percurso, velocidade média e demais
grandezas mecânicas.
2. Compreender
e calcular a quantidade de movimento linear, sua variação e conservação: a
modificação nos movimentos decorrentes de interações, como ao se dar partida a
um veículo; a variação de movimentos relacionada à força aplicada e ao tempo de
aplicação, a exemplo de freios e dispositivos de segurança; a conservação da
quantidade de movimento em situações cotidianas; as leis de Newton na análise
do movimento de partes de um sistema mecânico e relacionadas com as leis de
conservação.
3. Conceituar
e fazer uso prático de trabalho e energia mecânica: trabalho de uma força como
medida da variação do movimento, como numa frenagem; energia mecânica em
situações reais e práticas, como em um bate-estacas; estimativa de riscos em
situações de alta velocidade.
4. Conceituar
e quantificar equilíbrio estático e dinâmico: condições para o equilíbrio de
objetos e veículos no solo, na água ou no ar; amplificação de forças em
ferramentas, instrumentos e máquinas; conservação do trabalho mecânico;
evolução do trabalho mecânico nos transportes e máquinas.
5. Conhecer
e dimensionar os constituintes do universo: massas, tamanhos, distâncias,
velocidades, grupamentos e outras características de planetas, sistema solar,
estrelas, galáxias e demais corpos astronômicos.
6. Comparar
modelos explicativos do Sistema Solar (da visão geocêntrica à heliocêntrica) e
da origem e constituição do Universo (em diferentes culturas).
7. Compreender
o campo gravitacional em sua relação com massas e distâncias envolvidas, nos
movimentos junto à superfície terrestre – quedas, lançamentos e balística, na
conservação do trabalho mecânico e das quantidades de movimento lineares e
angulares em interações astronômicas.
8. Discutir
teorias e hipóteses históricas e atuais sobre origem, constituição e evolução
do universo: etapas de evolução estelar – de sua formação à transformação em
gigantes, anãs ou buracos negros; estimativas do lugar da vida no espaço e no
tempo cósmicos; avaliação da possibilidade de existência de vida em outras
partes do Universo; evolução dos modelos de Universo – matéria, radiações e
interações fundamentais; o modelo cosmológico atual – espaço curvo, inflação e
Big Bang.
9. Conceituar
calor como energia: histórico da unificação calor-trabalho mecânico e da
formulação do princípio de conservação da energia; a conservação de energia em
processos físicos, como mudanças de estado e em máquinas mecânicas e térmicas
ou em ciclos naturais. Fazer uso de propriedades térmicas.
10. Caracterizar
a operação de máquinas térmicas sem ciclos fechados: potência e rendimento em
máquinas térmicas reais, como motores de veículos; impacto social e econômico
do surgimento das máquinas térmicas na primeira revolução industrial.
11. Associar
entropia e degradação da energia: fontes de energia na Terra; transformações e
degradação; o ciclo de energia no universo e as fontes terrestres de energia.
Interpretar ou realizar um balanço energético nas transformações envolvidas no
uso e na geração de energia.
12. Caracterizar
o som e suas fontes: ruídos e sons harmônicos; timbres e fontes de produção;
amplitude, frequência, comprimento de onda,
velocidade e ressonância de ondas mecânicas; questões de som no cotidiano
contemporâneo - audição humana, poluição sonora, limites e conforto acústicos.
13. Caracterizar
a luz e suas fontes: formação de imagens, propagação, reflexão e refração da
luz; sistemas de ampliação da visão, como lupas, óculos, telescópios e
microscópios; luz e cor: a diferença entre cor das fontes de luz e a cor de
pigmentos, o caráter policromático da luz branca, as
cores primárias no sistema humano de percepção e nos aparelhos e equipamentos,
adequação e conforto na iluminação de ambientes.
14. Interpretar
o caráter eletromagnético de diferentes radiações e da luz e compreender suas
características: emissão e absorção de luz de diferentes cores; evolução
histórica da representação da luz como onda eletromagnética; transmissões
eletromagnéticas; produção, propagação e detecção de ondas eletromagnéticas;
equipamentos e dispositivos de comunicação, como rádio e TV, celulares e fibras
óticas; evolução da transmissão de informações e seus impactos sociais.
15. Utilizar,
conceituar e dimensionar circuitos elétricos: aparelhos e dispositivos
domésticos e suas especificações elétricas, como potência e tensão de operação;
modelo clássico de propagação de corrente em sistemas resistivos; avaliação do
consumo elétrico residencial e em outras instalações e medidas de economia;
perigos da eletricidade e medidas de prevenção e segurança.
16. Dominar
e utilizar conceitos envolvendo correntes, forças e campos eletromagnéticos:
propriedades elétricas e magnéticas de materiais e a interação por meio de
campos elétricos e magnéticos; valores de correntes, tensões, cargas e campos
em situações de nosso cotidiano; campos e forças eletromagnéticas; interação
elétrica e magnética, o conceito de campo e as leis de Oersted
e da indução de Faraday; a evolução das leis do
eletromagnetismo como unificação de fenômenos antes separados.
17. Compreender
e dimensionar motores e geradores em seu uso prático: constituição de motores e
de geradores, a relação entre seus componentes e as transformações de energia;
produção e consumo elétricos; produção de energia elétrica em grande escala em
usinas hidrelétricas, termoelétricas e eólicas, e a estimativa de seu
custo-benefício e seus impactos ambientais; transmissão de eletricidade em
grandes distâncias; evolução da produção e do uso da energia elétrica e sua
relação com o desenvolvimento econômico e social.
18. Conhecer
constituição da matéria: modelos de átomos e moléculas para explicar
características macroscópicas mensuráveis; a matéria viva e sua distinção com
os modelos físicos de materiais inanimados; os modelos atômicos de Rutherford e
Bohr; átomos e radiações; a quantização da energia na explicação da emissão e
absorção de radiação pela matéria; a dualidade onda-partícula; as radiações do
espectro eletromagnético e seu uso tecnológico, da iluminação incandescente e
fluorescente aos raios X e ao laser.
19. Relacionar
o núcleo atômico e sua constituição com sua radiatividade: núcleos estáveis e
instáveis, radiatividade natural e induzida; a energia nuclear e seu uso
médico, industrial, energético e bélico; radiatividade, radiação ionizante,
efeitos biológicos e radioproteção; partículas elementares, evolução dos
modelos dos átomos da Grécia clássica aos quarks; a diversidade das partículas
sua detecção e identificação; a natureza e a intensidade das forças entre
partículas.
20. Demonstrar
domínio conceitual e prático de eletrônica e informática: propriedades e papéis
dos semicondutores nos dispositivos microeletrônicos - elementos básicos da
microeletrônica, no armazenamento e processamento de dados - discos magnéticos,
CDs, DVDs, leitoras e processadores; impacto social e econômico contemporâneo
da automação e da informatização.
1.
AMALDI, Ugo. Imagens
da física: as idéias e as experiências do pêndulo aos quarks. São Paulo: Scipione, 2007.
2.
BEN-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de Janeiro: Jorge
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Richard. Física em 12 lições. 2. ed.
Rio de Janeiro: Editora Sinergia/Ediouro, 2009.
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HEWITT, Paul G. Física Conceitual. São Paulo: Bookman,
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SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
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Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_FIS_COMP_red_md_20_03.pdf
Os professores de
Química do ensino médio devem ter domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem
como dos recursos metodológicos para apresentá-los aos alunos, com a
compreensão do significado desses conteúdos em contextos adequados, referentes
aos universos da cultura, do trabalho, da arte, da ciência ou da tecnologia,
dentre outros. Entretanto, estes saberes devem ser articulados de maneira a
possibilitar a construção de uma visão de mundo por parte do educando em que
ele, tendo ferramentas para tomar suas próprias decisões, se veja como um
participante ativo, crítico e capaz de intervir na realidade.
Além das
características gerais esperadas de todos os professores de Ciências da
Natureza, demandam-se competências mais específicas dos professores de Química,
apresentadas a seguir.
1. Reconhecer
a Química como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que
influencia outras áreas do saber, e é influenciada por elas.
2. Compreender
o conhecimento químico como sendo estruturado sobre o tripé: transformações
químicas, materiais e suas propriedades e modelos explicativos, entremeados
pela linguagem científica simbólica própria da Química.
3. Conhecer
os conteúdos fundamentais da Química com uma profundidade que permita
identificar as ideias principais presentes nesses
conteúdos e articulá-las, estabelecendo relações entre eles e abordando-os sob
diferentes perspectivas, tendo em vista a formação do aluno como cidadão.
4. Avaliar
as relações entre os conhecimentos científicos e tecnológicos e os aspectos
sociais, econômicos, políticos e ambientais ao longo da história e na
contemporaneidade, sendo capaz de organizar os conteúdos da Química, ao tratar
o tripé transformações – materiais – modelos explicativos, em torno de
temáticas que permitam compreender o mundo em sua complexidade.
5. Organizar
o estudo da Química a partir de fatos perceptíveis, mensuráveis e próximos à
vivência do estudante, caminhando para as possíveis explicações mais abstratas
e que exigem modelos explicativos mais elaborados, de modo a respeitar o nível
cognitivo do estudante e criar condições para seu desenvolvimento.
6. Compreender
a ciência como construção humana, social e historicamente situada, estando,
portanto, sujeita a debates, conflitos de interesses, incertezas e mudanças.
Promover o ensino da Química de maneira condizente com esta visão, em
contraposição à ideia de ciência como verdades
absolutas e imutáveis.
7. Propor
e realizar atividades experimentais de caráter investigativo com objetivo de
conhecer fatos químicos e construir explicações científicas fundamentadas em
dados empíricos e proposições teóricas. Desenvolver, neste percurso,
habilidades e competências científicas tais como observar, registrar, propor
hipóteses, inferir, organizar, classificar, ordenar e analisar dados,
sintetizar, argumentar, generalizar e comunicar resultados, estando ciente das
possibilidades e limitações da experimentação no desenvolvimento e na
aprendizagem da ciência.
8. Valorizar,
ao propor temas para o ensino, o tratamento de questões ambientais, de maneira
articulada com outras áreas do conhecimento, tendo em vista o desenvolvimento
de atitudes pró-ambientais, tanto em âmbito individual quanto coletivo.
9. Evidenciar,
nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento
químico tratado em sala de aula se articula com a experiência cotidiana, seja
refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
10. Reconhecer
o papel ativo do aluno na construção de seu próprio conhecimento, sabendo
propor atividades que incentivem a pesquisa, a capacidade de fazer perguntas,
de analisar problemas complexos, de construir argumentações consistentes, de
comunicar ideias e de buscar informações em
diferentes fontes.
Espera-se
que os professores de Química do Ensino Médio, ao desenvolver os temas de
ensino, considerem que estão preparando seus alunos para que possam avaliar as
relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico e as transformações
na sociedade e ambiente ao longo da história, bem como ter uma postura crítica
quanto às informações de cunho científico-tecnológico veiculadas na mídia,
reconhecendo a importância da cultura científica em nossa sociedade. Assim, os
professores de Química devem estar aptos para realizar e tornar seus alunos
capazes de:
1. Identificar
as transformações químicas que ocorrem no dia-a-dia e no sistema produtivo,
analisando as evidências de interações entre materiais e entre materiais e
energia, o tempo envolvido nas interações e a reversibilidade desses processos,
representando-as por meio de linguagem discursiva e simbólica, utilizando
símbolos, fórmulas moleculares e estruturais e equações químicas.
2. Aplicar
conhecimentos sobre propriedades específicas das substâncias para: identificar reagentes
e produtos em uma transformação química; distinguir substâncias de misturas,
avaliar e propor técnicas de separação dos componentes de misturas de
substâncias, identificar diferentes materiais, prever o comportamento das
substâncias quanto à solubilidade, flutuação e mudanças de estado físico, e
relacionar tais propriedades aos usos que a sociedade faz de diferentes
materiais
3. Analisar
reações de combustão e outras transformações químicas de modo a: compreender
aspectos qualitativos de uma combustão; estabelecer relações entre massas de
reagentes, de produtos e a energia envolvida nas transformações químicas,
fazendo previsões sobre tais quantidades; aplicar conhecimentos sobre poder
calorífico de combustíveis; avaliar impactos ambientais relativos à obtenção e
aos usos de combustíveis e metais.
4. Descrever
e historiar as ideias sobre a constituição da matéria
propostas por John Dalton utilizando-as para: explicar as transformações
químicas como rearranjos de átomos; interpretar as leis de Lavoisier e Proust.
5. Compreender
os modelos sobre a constituição da matéria propostos por Thomson,
Rutherford e Bohr utilizando-os para explicar a natureza elétrica da matéria,
as ligações químicas entre átomos, as radiações eletromagnéticas, a radiação
natural, a existência de isótopos, relacionando o número atômico e o número de
massa e algumas das propriedades específicas das substâncias.
6. A
partir da interpretação da constituição dos materiais ao nível microscópico,
fazer previsões sobre: a polaridade de ligações químicas e de moléculas, as
interações intermoleculares, as propriedades de substâncias iônicas,
moleculares e metálicas e de misturas de substâncias, tais como solubilidade,
condutibilidade elétrica, temperaturas de fusão e de ebulição, e o estado físico,
em determinadas condições de temperatura e pressão.
7. Considerando
as modificações ocorridas ao longo do tempo, compreender a estrutura da Tabela
Periódica e os critérios para sua organização, sabendo localizar os elementos
nos grupos (famílias) e períodos e estabelecer relações entre posição, eletronegatividade, tipos de ligações químicas que os
átomos tendem a estabelecer e as propriedades das substâncias formadas.
8. Compreender
as ligações químicas em termos de forças elétricas de atração e repulsão e as transformações
químicas como resultantes de quebra e formação de ligações, fazendo previsões e
representando-as por meio de diagramas, da energia envolvida numa transformação
química a partir de valores de energia de ligação, de modo a diferenciar
processos endotérmicos e exotérmicos.
9. Estabelecer
relações quantitativas envolvidas na transformação química em termos de
quantidade de matéria, massa e energia, de modo a fazer previsões de
quantidades de reagentes e produtos e da energia envolvidas em processos que
ocorrem na natureza e no sistema produtivo, sabendo avaliar a importância
social, econômica e ambiental destas relações nesses processos.
10. Identificar
as matérias primas, os produtos formados, os usos considerando suas
propriedades específicas, envolvidos nos processos de produção de metais, em
especial do ferro e do cobre, bem como as implicações econômicas e ambientais
na produção e no descarte desses metais.
11. Avaliar
a qualidade de diferentes águas considerando o critério brasileiro de potabilidade e a demanda bioquímica de oxigênio,
utilizando, para tal, o conceito de concentração, e cálculos com dados
expressos em diferentes unidades (g.L-1, mol. L-1, ppm,
% em massa) e temperaturas
12. Reconhecer
fontes causadoras de poluição da água e identificar os procedimentos envolvidos
no tratamento de água para consumo humano e de esgotos domésticos, aplicando
conhecimentos relativos à separação de misturas, transformações químicas, pH e
solubilidade, para a compreensão desses, sabendo propor medidas que tenham em
vista a preservação dos recursos hídricos e o uso consciente da água tratada.
13. Compreender
e aplicar os conceitos de oxidação, redução e reatividade para explicar as
transformações químicas que ocorrem na corrosão de metais, eletrólises, pilhas
e outras transformações químicas, reconhecendo as implicações sociais e
ambientais desses processos
14. Reconhecer
o ar atmosférico como fonte de materiais úteis ao ser humano, identificando os
processos industriais envolvidos na separação de seus componentes, as utilizações
destes últimos em sistemas naturais e produtivos, em especial, na síntese da
amônia a partir dos gases nitrogênio e hidrogênio, considerando como a
temperatura e a pressão do sistema e o uso de catalisadores afetam a rapidez e
a extensão desta síntese, viabilizando-a ou não.
15. Reconhecer
e controlar as variáveis que podem modificar a rapidez das transformações
químicas e utilizar o modelo de colisões para explicá-las, sabendo conceituar
energia de ativação, choques efetivos, assim como utilizar diagramas de energia
para representar e avaliar as variações de energia envolvidas nas diferentes
etapas das transformações químicas.
16. A
partir do conhecimento da distribuição da água no planeta e da composição das
águas naturais, reconhecer a hidrosfera como fonte de materiais úteis para o
ser humano, os processos químicos envolvidos na obtenção de materiais a partir
da água do mar, aplicando conhecimentos sobre equilíbrio químico e
identificando as variáveis que podem perturbá-lo.
17. A
partir das ideias de Arrhenius
e do conceito de equilíbrio químico, interpretar e representar a ionização de
ácidos, a dissociação de bases e reações de neutralização, em meio aquoso,
estabelecendo relações quantitativas com o pH das soluções aquosas e
considerando a importância desses conhecimentos na avaliação das
características da água no ambiente e no sistema produtivo.
18. Reconhecer
a biosfera como fonte de materiais úteis ao ser humano, identificando os
principais componentes da matéria viva, dos recursos fossilizados e dos
alimentos - carboidratos, lipídeos, proteínas e vitaminas -, utilizando
representações das estruturas das substâncias orgânicas para explicar as
diferentes funções orgânicas e o fenômeno da isomeria.
19. Compreender
e avaliar os processos de obtenção de combustíveis a partir da biomassa, de
derivados do petróleo, de carvão mineral e de gás natural, e as implicações
sócio-ambientais relacionadas aos usos desses materiais.
20. Avaliar
de maneira sistêmica – interrelacionando os ciclos
biogeoquímicos da água, do nitrogênio, do oxigênio, e do carbono - e sob a
ótica do desenvolvimento sustentável, as perturbações provocadas pelo ser
humano na atmosfera, hidrosfera e biosfera, tais como: emissão de gases como SO2,
CO2, hidrocarbonetos voláteis, CFCs, NO2
e outros óxidos de nitrogênio; chuva ácida, aumento do efeito estufa, redução
da camada de ozônio, uso de detergentes, praguicidas, metais pesados,
combustíveis fósseis e biocombustíveis, para propor
ações corretivas e preventivas e busca de alternativas para a preservação da
vida no planeta.
1.
BAIRD, Colin. Química
ambiental. Trad. Recio, M.A.L
e Carrera, L.C.M; supervisão técnica: Grassi, M.T. 2ª. edição. Porto Alegre: Bookmann,
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2.
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Minérios, Metais: De onde vêm? Para onde vão? 2ª ed. São Paulo: Moderna,
2008.
3.
CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal?. 2a. reimp., trad Fifer, R. São Paulo:
Brasiliense, 2009.
4.
CHASSOT, A. Alfabetização
científica: questões e desafios para a educação. 2ª ed. Ijuí:
Ed. UNIJUÍ, 2001.
5.
GRUPO DE PESQUISA
6.
GRUPO DE PESQUISA
7.
GRUPO DE PESQUISA
8.
KOTZ, J. C. e TREICHELJ Jr, P. M. Química Geral e Reações Químicas. São
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(Pioneira), 2005/2009. v. 1 e 2
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Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 3ª Ed, 2007.
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PESSOA de CARVALHO, A. M.; GIL-PEREZ, D. (2001). Formação de professores de ciências.
9ª. ed . São Paulo: Ed Cortez, 2009.
11.
QNESC. Cadernos
temáticos da revista Química Nova na Escola.
Caderno Temático #1 - Química Ambiental; Caderno Temático #2 - Novos
Materiais; Caderno Temático #3 - Química de Fármacos; Caderno Temático #4 -
Estrutura da Matéria: uma visão molecular; Caderno Temático #5 - Química, Vida
e Ambiente; Caderno Temático #7 -
Representação Estrutural
12.
ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à Química Ambiental. Porto
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13.
SOLOMONS, T.W.G. Química
Orgânica. Vol. 1 e 2, Rio de janeiro: J LTC, 2009.
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Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias - PCN+.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf.
2.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. CENP. “Oficinas temáticas no ensino público:
formação continuada de professores” SE/CENP. São Paulo: FDE, 2007. Versão
impressa e versão digital disponível em: http://www.educacao.sp.gov.br.
(selecionar “rede do saber”, arquivos, selecionar “listar todos os arquivos, p.
10, “oficinas de química”.)
3.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Química para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008.
Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_QUI_COMP_red_md_20_03.pdf
Os professores da Área
de Ciências da Natureza devem ter domínio dos conteúdos a serem ensinados, bem
como dos recursos metodológicos para apresentá-los aos alunos, compreendendo do
significado desses conteúdos não só dentro de sua área específica de atuação,
mas também em contextos variados, como nos universos da cultura, do trabalho,
da arte, da ciência ou da tecnologia.
Além das
características gerais esperadas de todos os professores de Ciências da
Natureza, demandam-se competências mais específicas dos professores de
Biologia, listadas a seguir:
1. Reconhecer
a Biologia como um ramo do conhecimento científico, passível de análise, teste,
experimentação e dúvida. Reconhecer que esse campo do saber humano é gerador de
conhecimento e de avanços tecnológicos, além de contribuir para a qualidade de
vida das pessoas.
2. Reconhecer
a Biologia como parte da cultura humana, portanto de caráter histórico, que
influencia outras áreas, como as artes, as ciências humanas, as tecnologias, a
produção de bens e serviços, e é influenciada por elas.
3. Conhecer
os conteúdos fundamentais da Biologia com uma profundidade e desenvoltura que
lhe permita abordá-los sob diferentes pontos de vista, além de visualizar esses
conteúdos como caminhos para que os alunos atinjam seus próprios objetivos
pessoais.
4. Ser
capaz de organizar os conteúdos da Biologia em torno de situações de
aprendizagem que sejam significativas e desafiadoras para os alunos,
respeitando suas capacidades e limitações e em consonância com os objetivos
específicos da escola onde trabalha e da realidade que a envolve. Isto inclui
escolher e priorizar, dentro da imensa quantidade de fatos gerados pela
Biologia, aqueles que melhor se prestam para atingir os objetivos da escola.
5. Articular
os conteúdos de Biologia com os de outras áreas do saber, promovendo o
aprendizado e a integração do conhecimento para além do seu campo específico de
atuação, favorecendo a interdisciplinaridade e demonstrando a contribuição da
sua área para a resolução de problemas reais da sociedade.
6. Evidenciar,
nas situações concretas da vida dos alunos, situações em que o conhecimento
biológico tratado em sala de aula tangencia a experiência cotidiana, seja
refutando, corroborando ou aprofundando as concepções prévias dos estudantes.
7. Ser
capaz de conduzir experimentos e observações da natureza viva, explorando não
só a sua dimensão exata e didática, mas também eventuais desvios do esperado,
articulando as observações com a teoria, utilizando essas situações para
estimular o protagonismo dos alunos na construção de
seu próprio conhecimento e para evidenciar o modo científico de pensar.
8. Valorizar
aspectos regionais da fauna e da flora em suas aulas utilizando, por exemplo,
estudos de meio, sem perder de vista observações e conclusões mais universais,
orientando os estudantes para a percepção de padrões biológicos gerais.
9. Sensibilizar
os estudantes para questões ambientais e de saúde pública, contribuindo para
orientá-los em relação a alternativas de comportamento e consumo menos
agressivas ao ambiente, a cuidados com o próprio corpo e riscos à saúde.
10. Ser
capaz de mediar discussões científicas entre os estudantes, estimulando seus
interesses e instigando-os à pesquisa, articulando de maneira consistente a
experiência imediata com as teorias científicas vigentes, orientando e
depurando interesses menos relevantes em vista dos objetivos gerais da escola.
Isso deve ser feito de modo a oferecer uma visão panorâmica dos conteúdos,
plena de significações tanto para a vida cotidiana quanto para uma formação
cultural mais rica.
O
professor de Biologia deve ser capaz de utilizar os conteúdos da área como
meios para atingir o objetivo maior da escola, que é desenvolver nos alunos
competências que lhes permitam fazer sua própria leitura do mundo, defender
suas ideias e compartilhar novas e melhores formas de
ser e viver, na complexidade em que isso é requerido. Conforme exposto com
detalhe no Currículo do Estado de São Paulo, essas competências incluem,
prioritariamente, o domínio da norma culta da língua portuguesa, a capacidade
de expressão em diferentes linguagens e a capacidade de construir e aplicar
conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos e
resolução de problemas.
O
curso de Biologia deve colaborar para que os alunos desenvolvam essas
competências e sejam capazes de utilizar-se dos conhecimentos apreendidos na
escola para elaborar propostas de intervenção solidária na realidade,
respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Para
auxiliar os alunos nesse objetivo, os professores de Biologia deverão possuir
certas habilidades específicas:
1. Contextualizar
os conteúdos dentro de uma visão sistêmica da natureza, enfatizando os fluxos
de energia e matéria na manutenção da vida e a existência de ciclos globais que
incluem os seres vivos, mas estendem-se além deles.
2. Identificar, no nível das populações e
comunidades, relações de competição e de cooperação que podem levar a
oscilações nos tamanhos das populações de seres vivos.
3. Identificar
fatores causadores de problemas ambientais, tais como crescimento e adensamento
da população humana, mudanças nos padrões de produção e consumo ou
interferências artificiais nos ciclos biogeoquímicos.
4. Localizar
problemas ambientais contemporâneos e apontar ações individuais e coletivas que
possam minimizá-los, demonstrando o conhecimento de alternativas ambientalmente
menos nocivas para questões como obtenção de energia, controle de pragas e
disposição do lixo.
5. Reconhecer
a saúde como bem estar físico, mental e social, seus condicionantes
(alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação,
transporte e lazer) e os principais riscos à sua manutenção, tendo em conta a
realidade brasileira.
6. Reconhecer
os elementos em jogo durante um experimento, distinguindo a hipótese que está
sendo testada, identificando a existência de grupos-controle e
grupos-tratamento, além de ser capaz de fazer previsões a partir de hipóteses e
confrontá-las com os resultados observados.
7. Reconhecer
a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis,
especialmente a AIDS, como problemas de saúde pública, apontando tanto as
medidas de prevenção quanto as consequências da
aquisição dessas situações ou doenças para a vida futura.
8. Interpretar
a teoria celular como central na Biologia, entendendo a organização celular
como característica fundamental dos seres vivos.
9. Reconhecer
a importância do núcleo celular para a reprodução da célula e caracterizá-lo
como o portador das características hereditárias.
10. Enfrentar
situações-problema envolvendo a transmissão de informação hereditária,
traduzindo a informação presente em textos para esquemas e vice-versa.
11. Reconhecer
o papel dos fatores genéticos na determinação das características dos seres
vivos.
12. Associar
adequadamente o DNA à transmissão de informação hereditária, identificando as
correspondências entre a genética clássica (mendeliana) e a biologia molecular.
13. Compreender
as discussões atuais sobre tecnologias de manipulação do DNA, seus eventuais
riscos e benefícios de maneira suficiente para utilizá-las para abordar outros
tópicos de genética.
14. Reconhecer
o desafio da classificação biológica, ter familiaridade com o sistema de
nomenclatura e com as representações de parentesco entre os seres vivos.
15. Compreender
a biologia das plantas e os aspectos comparativos de sua evolução.
16. Compreender
a biologia dos animais e os aspectos comparativos de sua evolução.
17. Analisar
as diferentes hipóteses e teorias em torno da origem da vida, distinguindo a
construção do conhecimento científico de outros tipos de conhecimento.
18. Reconhecer
a teoria da evolução como ideia unificadora da
Biologia e como única explicação científica para a diversidade de seres vivos.
19. Ser
capaz de analisar criticamente evidências da evolução biológica em grupos
específicos.
20. Discutir
a origem do ser humano dentro do paradigma evolucionista.
1.
ALBERTS, B.; Bray, D.;
Johnson, A. Lewis, J.; Raff, M. Roberts, K., Walter,
P. Fundamentos da Biologia Celular.
(Capítulos 1, 4, 6, 7, 8,
2.
BOUER, J. Sexo
& Cia: as dúvidas mais comuns (e as mais estranhas) que rolam na
adolescência. 2 ed. São Paulo: Publifolha, 2002.
3.
CARVALHO F.H & PIMENTEL S.M.R.
A célula (2007) - Barueri: Manole, 2007
4.
CARVALHO, ISABEL C. M., Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. Capítulo 1, p.
5.
CLEVELAND , P. H. JR.,
ROBERTS, L. S. & LARSON. Princípios Integrados de Zoologia.
11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara – Koogan, 2004
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10.
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RAVEN, P. H.; EVERT R.F;
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12.
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13.
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14.
SENE, F. M. Cada
caso, um caso... puro acaso - Os Processos de evolução biológica dos seres
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15.
TORTORA, G. J. Corpo
humano: Fundamentos de anatomia e fisiologia. 6.ed. Porto Alegre: ARTMED,
2006.
1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Biologia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008.
Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_BIO_COMP_red_md_20_03.pdf
As indicações a seguir
apresentam o perfil do profissional da Educação que se vislumbra para ensinar
História nas escolas da rede pública de São Paulo. Quais os aspectos de sua
formação a serem valorizados para identificar sua capacidade de ensinar
História nos níveis Fundamental e Médio? Quais os conteúdos, inclusive
teóricos, sobre os quais os professores devem mostrar conhecimento e
familiaridade e que deverão ser aplicados – a partir de sua adequação – nas
aulas da Educação Básica?
A partir dessas
preocupações e reconhecendo – sem quaisquer compromissos com formas
preconceituosas de hierarquização – as especificidades de cada nível de ensino,
com suas características e objetivos próprios, sua elaboração foi assentada na
estrutura curricular que orienta os cursos de graduação em História,
especialmente aqueles oferecidos pelas Universidades públicas, haja vista o
fato de que eles servem de modelo à maioria das instituições privadas. Com
isto, pretende-se respeitar a formação dos professores, sem ampliar ou reduzir
expectativas que possam comprometer os padrões de qualidade que deve ter a
escola pública.
É importante registrar,
ainda, que se espera do professor a organização do aprendizado da História em
harmonia com os eixos temáticos e conceitos centrais da proposta curricular da
disciplina, como Tempo e Sociedade; História e Memória; História e Trabalho;
Cultura e Sociedade, História e Diversidade, desenvolvendo situações para
produção e difusão do conhecimento e estudo da História por meio dos recursos
disponíveis em diferentes instituições de ensino como museus, centros de
documentação e órgãos de preservação do patrimônio cultural, dentre outros.
Mais ainda, que compreenda a importância da memória em seus variados suportes
socioculturais, identificando o seu papel na constituição dos sujeitos, na
construção do conhecimento histórico e nas experiências sociais, e que seja
capaz de utilizar diferentes linguagens (escrita, oral, cartográfica, musical,
e imagética), visando desenvolver os estudos da realidade histórico-social, por
meio das várias produções culturais disponíveis.
A
dimensão formativa do saber histórico demanda um conjunto de competências que
se relacionam aos valores e atitudes integrantes do conhecimento histórico e
sua função social. Nesta perspectiva, como competências gerais, os professores
de História devem apresentar condições didático-pedagógicas que permitam:
1. Reconhecer
diferenças entre as temporalidades: tempo do indivíduo e o tempo social; tempo
cronológico e tempo histórico, identificando características dos sistemas
sociais e culturais de notação e registro de tempo ao longo da história.
2. Compreender
e problematizar conceitos historiográficos, política e ideologicamente
determinados, enfatizando a importância do uso de fontes e documentos de
natureza variada para o estudo da História.
3. Reconhecer
e valorizar as diferenças socioculturais que caracterizam os espaços sociais
(escola, a localidade, a cidade, o país e o mundo) considerando o respeito aos direitos
humanos e a diversidade cultural como fundamentos da vida social.
4. Identificar
os elementos socioculturais que constituem a formação histórica brasileira,
promovendo o estudo das questões da alteridade e a análise de situações
históricas de reconhecimento e valorização da diversidade, responsáveis pela
construção das identidades individual e coletiva.
5. Estimular
o desenvolvimento da capacidade leitora, interpretativa e analítica de
situações históricas nos alunos do Ensino Fundamental e Médio, buscando o
entendimento das influências da História nas formas de convivência social do
tempo presente e do passado.
6. Demonstrar
conhecimento dos conteúdos fundamentais que expressam a diversidade das
experiências históricas através de suas múltiplas manifestações, criando
situações de ensino-aprendizagem adequadas aos objetivos do ensino básico e à
construção do saber histórico escolar, utilizando-se, sempre que possível, da
interdisciplinaridade para construção do conhecimento histórico.
7. Analisar
características essenciais das relações sociais de trabalho ao longo da
história, reconhecendo os impactos da tecnologia nas transformações dos
processos de trabalho, e estabelecer relações entre trabalho e cidadania.
8. Estimular
a reflexão critica na análise das decisões políticas contemporâneas,
reconhecendo a importância do voto e da participação coletiva e percebendo-se
como agente da história e seu tempo.
9. Propor
e justificar um problema de investigação histórica, estabelecendo suas
delimitações (cronológica, espacial, temática, etc.), definindo as fontes da
pesquisa, as referências analíticas, os procedimentos técnicos e produzindo
análises e interpretações utilizando-se dos conceitos, categorias e vocabulário
pertinentes ao discurso historiográfico;
10. Reconhecer
o papel dos vários sujeitos históricos, percebendo e interpretando as
relações/tensões entre suas ações e as determinações que as orientam no
processo histórico.
Em
função do perfil apresentado acima, foi elaborado um conjunto de habilidades,
visando aferir se o professor está apto a:
1. Destacar
características essenciais das relações de trabalho ao longo da história,
reconhecendo a importância do trabalho humano na edificação dos contextos
histórico-sociais e as características de suas diferentes formas na divisão
temporal formal: pré-história, antiguidade, Idade Média, modernidade e
contemporaneidade;
2. Identificar
materiais que permitam observar as principais características das civilizações
antigas quanto à organização da vida material e cultural, relevando questões
centrais como o surgimento do Estado e as formas de sociedade e de
religiosidade.
3. Demonstrar
a importância de estudos sobre a história da África, identificando
características essenciais do continente em sua organização econômica, social,
religiosa e cultural.
4. Definir
as características dos principais sistemas dos movimentos populacionais ao
longo da História.
5. Reconhecer
e analisar as principais características e resultados do encontro entre os
europeus e as diferentes civilizações da Ásia, África e América.
6. Problematizar
no processo de formação dos Estados nacionais as permanências e
descontinuidades que se relacionam ao Renascimento cultural, urbano e comercial
e suas interfaces com a expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI.
7. Destacar
aspectos das sociedades pré-colombianas da América, caracterizando as
diferenças socioculturais e materiais destas civilizações no momento do contato
América-Europa.
8. Compreender
e caracterizar os processos dos conflitos religiosos e das rebeldias camponesas
que culminaram na Reforma e na Contra-Reforma entendendo-as em sua
simultaneidade.
9. Compreender
a influência das instituições e movimentos político-sociais europeus sobre o
espaço colonial americano, identificando traços responsáveis pelo desenho das
sociedades que se formaram nos séculos XIX, XX e nos tempos atuais.
10. Identificar,
comparar e analisar as principais características e diferenças da colonização
européia na América e analisar o processo de independência e constituição das
nações no continente.
11. Analisar
as relações entre os processos da Revolução Industrial Inglesa e da Revolução
Francesa e seu impacto sobre os empreendimentos coloniais europeus na América,
África e Ásia.
12. Diferenciar
singularidades do socialismo, do comunismo, do anarquismo e seus desdobramentos
nos Estados nacionais liberais.
13. Conceber
o processo histórico como ação coletiva de diferentes sujeitos reconhecendo os movimentos
sociais rurais e urbanos como formas de resistência política, econômica e
cultural ao ideário capitalista em suas várias fases.
14. Reconhecer
as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as
nações, compreendendo que a formação das instituições sociais é resultado de
interações e conflitos de caráter econômico, político e cultural.
15. Reconhecer
e analisar os acontecimentos desencadeadores das guerras mundiais,
identificando as razões do desenvolvimento da supremacia dos Estados Unidos da
América e do declínio da hegemonia européia.
16. Comparar
as características dos regimes autocráticos europeus e as principais
influências nazi-fascistas nos movimentos políticos
brasileiros da década de 1930.
17. Identificar
acontecimentos formadores do processo político na década de 1930 no Brasil em
relação ao enfrentamento da crise de 1929 e suas consequências
sobre os movimentos de trabalhadores da época.
18. Demonstrar
as principais características do populismo no Brasil, especialmente as
propostas que orientaram a política desenvolvimentista e o Golpe Militar de
1964.
19. Estabelecer
comparações no contexto da Guerra Fria entre a situação política
latino-americana e o Brasil e caracterizar os governos militares instalados no
Brasil e, em países como o Chile e a Argentina, pela supressão das liberdades e
pelos mecanismos utilizados pela repressão à oposição.
20. Identificar
os principais movimentos de resistência aos governos militares na América
Latina e o papel das Organizações Internacionais de Direitos Humanos.
1.
BITENCOURT, Circe Maria F.
(org.). O saber histórico na
sala de aula. 2 ed. São Paulo, Contexto, 1998.
2.
BITENCOURT, Circe Maria F.. Ensino de História – fundamentos e métodos. 1ª Ed., São Paulo,
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3.
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da História – ou ofício do historiador. 1ª Ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002.
4.
BURKE, Peter. O
que é História Cultural? 1ª Ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar,
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FAUSTO, Boris. História
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6.
FERRO, Marc. A
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dominados em todo o mundo. São Paulo: Ibasa,
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FONSECA, Selva G . Didática e Prática de Ensino de História. Campinas, SP, Papirus, 2005.
8.
FONSECA, Selva G. Caminhos da História Ensinada. Campinas, SP, Papirus,
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9.
FUNARI,
Pedro Paulo e SILVA, Glaydson José da. Teoria
da História. São Paulo: Editora Brasiliense, 2008.
10.
HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula – visita à história contemporânea. 2ª Ed.,
São Paulo, Selo Negro, 2008.
11.
HEYWOOD, Linda M. (Org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo,
Contexto, 2008.
12.
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo,
Contexto, 2003.
13.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. 1ª Ed., Campinas, UNICAMP, 2003. (Capítulos
indicados: “Memória”; “Documento/monumento”; “História”;
“Passado/presente”).
14.
PINSKY, Carla Bassanezi
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história. São Paulo: Contexto, 2009.
15.
SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2ª Ed., São Paulo, Ática, 2007.
1.
BRASIL, Ministério da Educação. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e
suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio/Coordenação
Zuleika de Felice Murrie.
Brasília: MEC/INEP, 2002.
2.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
Educação Básica. Orientações
Curriculares para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias –
História. Brasília, MEC/SEB, 2006.
3.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de História para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
São Paulo: SE, 2008. Disponível em: http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_HIST_COMP_red_md_20_03.pdf
O espaço geográfico é
formado pela articulação entre objetos técnicos e informacionais,
fluxos de matéria e informação e objetos naturais. Assim ele não é meramente um substrato sobre
o qual as dinâmicas sociais se desenrolam: é uma dimensão viva dessas
dinâmicas. O ensino de geografia destina-se a formar cidadãos capacitados a
decifrar a sociedade, por meio de sua dimensão espacial.
No mundo contemporâneo,
marcado pela aceleração dos fluxos e pelo elevado conteúdo de ciência e
tecnologia nos processos produtivos, a trama que constitui o espaço se articula
numa totalidade mundial. Mas o mundo se expressa desigualmente nos territórios
nacionais, nas regiões e nos lugares.
Esse jogo escalar é uma ferramenta indispensável para o ensino de
geografia, pois as escalas geográficas estão sempre inter-relacionadas: é
preciso, por exemplo, considerar o mundo, a região e o território nacional na
análise dos fenômenos que ocorrem no lugar.
O processo de
urbanização, por exemplo, quando analisado na escala global, revela-se
descompassado: no século XIX, com a emergência do sistema técnico, o mundo
conheceu a primeira grande onda de urbanização, praticamente circunscrita aos
países em processo de industrialização; a partir de meados do século XX, o
ritmo da urbanização se acelera nos países mais pobres, impulsionado sobretudo
pela falência das estruturas rurais tradicionais. O mesmo processo pode ser analisado
na escala dos territórios nacionais, revelando as disparidades regionais
internas e a lógica das redes urbanas. No espaço intra-urbano, por sua vez, a
trama de objetos técnicos e naturais revela-se sempre única e particular, ainda
que conectada ao espaço global.
A preocupação com esse
jogo escalar orientou tanto a elaboração do corpo de competências e habilidades
quanto a seleção da bibliografia. A
prova volta-se para avaliar o domínio sobre o conteúdo curricular, que abrange
tanto as competências e habilidades quanto o corpo de conceitos que perpassam
os conteúdos programáticos.
Por isso mesmo, o
arcabouço conceitual da geografia deve estar incorporado na prova, pois ele é o
ponto de partida para uma reflexão organizada sobre a dimensão espacial da sociedade.
Diversas obras presentes na bibliografia dedicam-se a esse tema.
Mas esses conceitos só
adquirem relevância se forem mobilizados para desvendar a dimensão espacial dos
arranjos econômicos, das estratégias políticas e das identidades culturais.
A prova aferirá se os
professores são capazes de operacionalizar os conceitos para decifrar a lógica
das políticas públicas territoriais, dos movimentos sociais, da localização
espacial das empresas, do agronegócio e do ambientalismo,
além de outras tantas que integram o temário da geografia. Mais do que isso, os
conceitos devem ser usados pelo professor para ensinar os alunos que essas
lógicas muitas vezes se enfrentam: o fazendeiro que quer produzir mais e o
ambientalista que luta por uma legislação mais rigorosa são portadores de
visões de mundo diferentes. O professor deve ensinar os alunos a se
posicionarem de forma autônoma frente a essas diferenças. Como afirmou o mestre
Milton Santos, o território pode ser visto como recurso ou como abrigo. Cabe ao
professor de geografia reconhecer e saber fazer reconhecer a diferença entre um
e outro.
1. Reconhecer
e dominar conceitos e diferentes procedimentos metodológicos com vistas a
desenvolver a análise e a formulação de hipóteses explicativas acerca da
produção do espaço geográfico e da articulação de diferentes escalas
geográficas.
2. Reconhecer
o caráter provisório das ciências diante da realidade em permanente
transformação, considerando a importância das concepções teóricas e
metodológicas da Geografia para o desenvolvimento do conhecimento humano.
3. Demonstrar
o domínio do conhecimento de ciências afins da Geografia que contribuam para
ampliar a capacidade de interpretação, argumentação e expressão da realidade
geográfica, numa perspectiva interdisciplinar.
4. Compreender
os fundamentos e as relações espaço-temporais
pretéritas e atuais do planeta com vistas a identificar, reconhecer,
caracterizar, interpretar, prognosticar fatos e eventos relativos ao sistema
terrestre e suas interações com as sociedades na produção do espaço geográfico
em diferentes escalas.
5. Compreender
a importância e as diferentes formas de aplicação de inovações teóricas,
metodológicas e tecnológicas para o avanço da pesquisa e do ensino em
Geografia, considerando a aprendizagem da linguagem cartográfica.
6. Reconhecer
o papel das sociedades nas transformações do espaço geográfico, decorrentes das
inúmeras relações entre sociedade e natureza, articulando procedimentos
empíricos aos referenciais teóricos da análise geográfica com vistas a elaborar
propostas de intervenção solidária em processos sócio-ambientais.
7. Compreender
as formas de organização econômica, política , social do espaço mundial e
brasileiro, resultantes da revolução tecnocientífica
e informacional expressa pela aceleração e intensificação dos fluxos da
produção, do consumo e da circulação de pessoas, informações e ideias.
8. Aproveitar
as situações de aprendizagem disponíveis no material didático ampliando-as por
intermédio de novos contextos, recursos didáticos e paradidáticos, considerando
a realidade local, de modo a ampliar o repertório de leitura de mundo dos
alunos.
9. Aplicar
diferentes formas de avaliação do ensino-aprendizagem, considerando-as como
parte primordial do processo de aquisição do conhecimento, reconhecendo o seu
caráter processual e sua relevância na aprendizagem.
10. Compreender
a importância curricular de aprendizagens relativas aos processos
histórico-geográficos relativos à formação cultural, política e sócio-econômica
da América e da África, considerando sua relevância e influência na formação da
identidade brasileira e latino americana.
Com
base nas Competências Gerais espera-se que os professores estejam aptos a:
1. Observar,
descrever e analisar o uso e apropriação do território brasileiro, considerando
a formação sócio-espacial e as transformações da divisão territorial do
trabalho.
2. Comparar
os contextos geográficos e a produção do lugar social, no espaço e no tempo, a
partir da análise da formação do Estado Nação em diferentes regiões, das
fronteiras internacionais e da ordem mundial.
3. Ler
e interpretar a dinâmica da paisagem, identificando interações entre elementos
dos sistemas naturais e padrões e tendências das mudanças locais e globais.
4. Ler,
interpretar e representar formas, estruturas e processos espaciais,
demonstrando o domínio de linguagens numérico-digitais, gráficas e
cartográficas.
5. Reconhecer,
aplicar e estabelecer relações entre conhecimentos geográficos na interpretação
de textos jornalísticos, documentos históricos, obras literárias e outras
manifestações artísticas, como pinturas, esculturas, músicas, danças e projetos
arquitetônicos.
6. Utilizar
os diversos produtos e técnicas cartográficas, para localizar-se no espaço,
visualizar informações, de modo a identificar razões e intenções presentes nos
fenômenos sociais e naturais, com vistas a explicar e compreender as diferentes
formas de intervenção no território e as lógicas geográficas desses fenômenos.
7. Identificar
problemas e propor soluções decorrentes do uso e da ocupação do solo no campo e
na cidade, considerando as políticas de gestão e de planejamento urbano,
regional e ambiental.
8. Realizar
escolhas mais adequadas de técnicas e procedimentos de análise da dinâmica
ambiental, de estudos populacionais e da produção econômica do espaço
geográfico.
9. Situar
o Brasil na geopolítica mundial, considerando a globalização e sua inserção na
América Latina e nos blocos econômicos internacionais.
10. Reconhecer
as distintas abordagens de análise do espaço agrário no Brasil e no mundo,
confrontando diferentes pontos de vista.
11. Comparar
padrões espaciais gerados pela produção agropecuária e pelas cadeias produtivas
industriais e pelas novas formas de gestão no campo.
12. Compreender
as transformações do mundo do trabalho a partir das inovações tecnológicas e
das interações entre diferentes lugares na economia flexível.
13. Interpretar
dados e indicadores de diferentes formas de desigualdade social organizados em
tabelas ou expressos em gráficos e cartogramas.
14. Fazer
prognósticos a respeito da crise ambiental, estabelecendo relações de causa e
efeito da intervenção humana nos ciclos naturais, fluxos de energia e no manejo
de recursos naturais.
15. Discriminar
as relações assimétricas de poder entre os organismos internacionais (Banco
Mundial, FMI, diferentes organismos da ONU), os estados nações, as corporações
transnacionais e as organizações não-governamentais.
16. Comparar
propostas de regionalização do espaço mundial a partir de parâmetros
econômicos, políticos e étnico-religiosos.
17. Avaliar
a situação de diferentes países e regiões da África e da América, considerando
as transformações econômicas recentes e a inserção desigual e diferenciada no
mercado mundial.
18. Explicar
os processos geológicos e geofísicos e suas interações com a evolução da vida e
a organização dos domínios morfoclimáticos.
19. Analisar
o processo de urbanização mundial, com destaque para a metropolização,
explicando a importância das cidades globais nos circuitos da economia-mundo.
20. Discutir
a dinâmica demográfica, avaliando as políticas migratórias e a situação dos
refugiados internacionais.
1.
AB’SABER, Aziz. Os domínios de
natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê, 2007.
2.
CASTELLS, Manuel. A Galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a
sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
3.
CASTROGIOVANNI, A. Carlos;, Helena C.; KAERCHER,
Nestor André. Ensino de Geografia:
práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2001.
4.
DURAND, Marie-Françoise (et. alli),
Atlas da Mundialização:
compreender o espaço mundial contemporâneo; tradução de Carlos Roberto
Sanchez Milani. Saraiva: SP, 2009.
5.
ELIAS, Denise. Globalização
e Agricultura. São Paulo: Edusp, 2003.
6.
GUERRA, José Teixeira; COELHO Maria Célia Nunes. Unidades de Conservação: abordagens e
características geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
7.
HAESBAERT, Rogério; PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter.
A nova des-ordem
mundial. São Paulo: Unesp, 2006.
8.
HUERTAS, Daniel Monteiro. Da fachada atlântica à imensidão amazônica: fronteira agrícola e
integração territorial. Fapesp/Annablume/Banco da Amazônia: São Paulo, 2009
9.
MAGNOLI, Demétrio. Relações Internacionais: teoria e história. SP:Saraiva, 2004.
10.
MARTINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e da Cartografia Temática. São Paulo: Contexto,
2003.
11.
SALGADO-LABOURIAU, Maria Léa. História ecológica da Terra. São Paulo: Edgard Blücher,
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12.
SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. Rio de Janeiro: Record, 2004.
13.
SOUZA, Marcelo Lopes. O ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2007.
14.
THÉRY, Hervé; MELLO, Neli
Aparecida. Atlas do Brasil. Disparidades
e dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP, 2008
15.
TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TEIXEIRA,
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1.
BRASIL, Ministério da Educação. ENCCEJA. História e geografia, ciências humanas e
suas tecnologias: livro do professor – ensino fundamental e médio/Coordenação
Zuleika de Felice Murrie.
Brasília: MEC/INEP, 2002.
2.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
Educação Básica. Orientações
Curriculares para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias –
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3.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
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4.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Geografia para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio.
São Paulo: SE, 2008. Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_GEO_COMP_red_md_20_03.pdf
Este texto foi
elaborado com o objetivo de apresentar, sucintamente, o perfil do profissional
da Educação que se vislumbra para ensinar Filosofia nas escolas da rede pública
de São Paulo e, ao mesmo tempo, oferecer informações básicas sobre competências
e conteúdos que serão avaliados no concurso. Quais os elementos de sua formação
a serem valorizados para identificar a capacidade de ensinar a disciplina nas
escolas de nível Médio? Quais os conteúdos, principalmente teóricos, sobre os
quais os professores devem mostrar conhecimento e que deverão ser aplicados – a
partir de sua necessária adequação – nas aulas da Ensino Básica?
Considerando as
especificidades de cada nível de ensino, com suas características e objetivos
próprios, este documento está alicerçado na estrutura curricular que orienta o
desenvolvimento dos cursos de graduação em Filosofia, tanto aqueles oferecidos
pelas Universidades públicas, quanto os ministrados nas instituições privadas,
com o que se pretende valorizar a formação dos professores, sem ampliar ou
reduzir expectativas que possam comprometer os padrões de qualidade que deve
ter a Escola Pública.
Os cursos de graduação
em Filosofia oferecidos no País, como é sabido, visam à formação de bacharéis
e/ou licenciados. O Bacharelado caracteriza-se, principalmente, pela ênfase na
pesquisa, direcionando os formandos aos programas de pós-graduação em Filosofia
e ao magistério superior. A Licenciatura
– que aqui nos interessa mais diretamente – está voltada, sobretudo, para o ensino de Filosofia no nível médio. Em
termos de conteúdo e qualidade, entretanto, as duas habilitações devem oferecer
os mesmos conteúdos básicos, ou seja, uma sólida formação em história da
Filosofia, que “capacite para a compreensão e a transmissão dos principais
temas, problemas, sistemas filosóficos, assim como para a análise e reflexão
crítica da realidade social (...). Bacharelado e Licenciatura diferenciam-se
antes pelas suas finalidades, sendo que do
licenciado se espera uma vocação
pedagógica que o habilite para enfrentar com sucesso os desafios e as
dificuldades inerentes à tarefa de despertar os jovens para a reflexão
filosófica, bem como transmitir aos alunos do Ensino Médio o legado da tradição
e o gosto pelo pensamento inovador, crítico e independente”. ([1])
A partir desses
compromissos, com o objetivo de orientar os candidatos em sua preparação para o
concurso, apresentamos um quadro sintético de temas que poderão constituir um referencial
básico para o professor, esclarecendo, ainda, que ele foi elaborado em direta
sintonia com o currículo implantado, em 2008, pela Secretaria de Estado da
Educação de São Paulo.
I – Temas e conteúdos:
·
O ensino de filosofia e suas indagações na atualidade.
A tradução do saber filosófico. Estratégias didáticas e seleção dos conteúdos.
Os objetivos da filosofia no Ensino Médio. A contribuição das aulas de
filosofia para o desenvolvimento do senso crítico.
·
A Filosofia: A atitude filosófica e o seu caráter
crítico, reflexivo e sistemático. Temas e áreas tradicionais da filosofia:
História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia,
Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte ou Estética.
·
Técnica e ciência. A ciência e seus métodos. A
razão instrumental. O pensamento filosófico e sua relação com as ciências.
·
O pensamento filosófico e as concepções de
política: A política antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e
desenvolvimento. O socialismo. A democracia: histórico do ideal democrático. A
cidadania.
·
O racionalismo ético e os princípios da vida moral:
Sócrates e Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O formalismo
kantiano. Os críticos do racionalismo ético.
·
Temas contemporâneos: os direitos humanos – ideal e
histórico.
·
História da Filosofia: Os modos de pensar que
antecederam a filosofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições
históricas para o surgimento da filosofia na Grécia Antiga e as características
da filosofia nascente. Filosofia Antiga: dos pré-socráticos ao período
helenístico. A Patrística e a Escolástica.
O período moderno (séculos XV a XVIII) e seus temas: antropocentrismo,
humanismo, a revolução científica, a emergência do indivíduo e do sujeito do
conhecimento. Os procedimentos da razão. As teorias políticas do período. O
período contemporâneo (séculos XIX e XX) e seus temas. Razão e natureza, razão
e moral. As críticas a moral racionalista. As indagações sobre a técnica. A
noção de ideologia. A inserção das questões econômicas e sociais. Os
questionamentos da filosofia da existência.
As
características de um professor de Filosofia para atuar na escola básica devem associar
domínio do conhecimento específico da área, expresso no contato com autores,
temas e problemas que constituem a história da Filosofia e vocação pedagógica
que habilite o docente para enfrentar os desafios e dificuldades inerentes à
tarefa de despertar os jovens para a importância da reflexão filosófica. Assim,
em síntese, lembrando a sempre oportuna afirmação de Kant de que “não se ensina
Filosofia, ensina-se a Filosofar”, espera-se que o candidato esteja apto a:
1. Elaborar
reflexões sobre o caráter crítico, reflexivo e sistemático da atitude
filosófica, aplicadas aos temas e áreas tradicionais da Filosofia: História da
Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia, Teoria do
Conhecimento, Lógica e Filosofia da arte ou Estética.
2. Identificar
e desenvolver reflexões sobre as principais características da Filosofia
Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea.
3. Desenvolver
com os alunos formas de consciência crítica sobre conhecimento, razão e
realidade social, histórica e política, formulando e propondo, em linguagem
filosófica, soluções para problemas nos diversos campos do conhecimento;
4. Analisar
e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos de técnica
hermenêutica;
5. Compreender
a importância das questões acerca do sentido e da significação da própria
existência e das produções culturais;
6. Identificar
a integração necessária entre a Filosofia e a produção científica e artística,
bem como com o agir pessoal e político;
7. Aplicar
o conhecimento filosófico na análise de temas e problemas contemporâneos,
relacionados aos direitos humanos e às questões de alteridade, visando à
compreensão e superação das variadas formas de preconceito e humilhação.
8. Relacionar
o exercício da crítica filosófica com a promoção integral da cidadania e com o
respeito à pessoa, dentro da tradição histórica de defesa dos direitos humanos.
9. Reconhecer
e analisar os principais elementos formadores dos conceitos de Mito, Cultura,
Alteridade, Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
10. Reconhecer
em textos e/ou imagens elementos que identifiquem o papel da Arte na inserção
ao universo subjetivo das representações simbólicas.
1. A
partir de textos, analisar as correntes do pensamento filosófico, para
compreender de que forma foram construídos os alicerces do conhecimento
científico e da cultura, em diferentes tempos e por diferentes povos.
2. Analisar
e interpretar textos teóricos, segundo os procedimentos de técnica
hermenêutica.
3. Identificar,
a partir de textos, as principais características da Filosofia Antiga,
Medieval, Moderna e Contemporânea.
4. A
partir de textos, analisar os pressupostos do conhecimento científico,
reconhecendo e analisando os principais fatores sócio-culturais que interferem
na atividade científica.
5. Construir
uma visão crítica da ciência, superando o entendimento de conhecimento
científico como verdade absoluta.
6. Desenvolver
noções sobre os limites da racionalidade e, ao mesmo tempo, abrir espaço para o
diálogo baseado nas questões de alteridade.
7. Reconhecer
e analisar os principais elementos formadores dos conceitos de Mito, Cultura,
Alteridade, Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
8. Estabelecer
a distinção entre o “filosofar” espontâneo, próprio do senso comum, e o
filosofar propriamente dito, típico dos filósofos especialistas;
9. Reconhecer
em textos e/ou imagens elementos que identifiquem o papel da arte na inserção
ao universo subjetivo das representações simbólicas.
10. Compreender
de que forma os fundamentos da Filosofia Política permitem identificar as
funções do Estado, suas diversas concepções e as formas como as teorias
políticas interferem no desenho das sociedades.
11. Compreender
as diferenças entre moral e ética e identificar, a partir da História da
Filosofia, os fundamentos básicos da Ética e dos valores que a definem, por
meio de textos que expressem o pensamento filosófico de Sócrates, Aristóteles e
Epicuro.
12. Analisar,
por meio de textos e/ou iconografias, situações que expressem individualidades
falsas ou pseudo-individualidades, a partir da industrialização e produção em
série de mercadorias culturais.
13. Desenvolver
reflexões sobre os conceitos de indústria cultural e alienação moral e suas
relações com os meios de comunicação.
14. Desenvolver
reflexões sobre a condição estética e existencial dos seres humanos.
15. Analisar
as relações entre cultura e natureza.
16. Compreender
os fundamentos e conceitos centrais das principais correntes do pensamento
político contemporâneo (anarquismo, socialismo e liberalismo).
17. Problematizar
o mundo do trabalho e da política a partir de teorias filosóficas.
18. Compreender
o conceito de liberdade com base nas teorias filosóficas.
19. Analisar
a condição dos seres humanos, a partir de reflexão filosófica sobre diferenças
e igualdades entre homens e mulheres.
20. Reconhecer
a relevância da reflexão filosófica para análise dos temas e problemas que
atingem as sociedades contemporâneas, especialmente os relacionados às variadas
formas de preconceito e humilhação.
1.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
2. ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
3.
ARISTÓTELES. Política.
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4.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia, São Paulo: Ática, 13ª ed., 2003.
5.
COMTE-SPONVILLE. Apresentação da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
6.
DESCARTES,
René. Discurso do Método/Meditações. São Paulo: Editora Martin Claret,
2008.
7. EPICURO. Pensamentos. Coleção A
Obra-Prima de Cada Autor. São Paulo: Editora Martin Claret,
2005
8.
GORENDER, Jacob. Marxismo sem utopia. São Paulo: Ática, 1998
9.
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Ed., 2007.
10.
MORIN, Edgar. Ciência
com consciência. 6. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
11.
MORTARI, Cezar. Introdução à lógica. São Paulo: UNESP/Imprensa Oficial do Estão,
2001.
12.
PLATÃO.
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Martin Claret, 2000.
13.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do
contrato social. Disponível em :
http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/contrato.pdf.
14.
WEFFORT, Francisco C. (org.) Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2006. 2V.
15.
WIGGERSHAUS, Rolf: A Escola de Frankfurt. História,
desenvolvimento teórico, significação política. Rio de Janeiro:
DIFEL, 2002.
1.
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Básica. Orientações Curriculares para o
Ensino Médio – Ciências Humanas e suas Tecnologias – Filosofia, Brasília,
MEC/SEB, 2006.
2.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para
o ensino de Filosofia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2008. Disponível
em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_FILO_COMP_red_md_20_03.pdf
e http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Grade_FILO_Volume_1_cor.pdf
O ensino da sociologia
não envolve apenas a manipulação e o domínio da discussão sociológica
contemporânea ou clássica, mas também, o cuidado e o respeito pelos
conhecimentos e pela vivência dos alunos. Mais do que ser capaz de estabelecer
com os jovens os debates mais atuais e sofisticados em sociologia o professor
deve exercitar junto aos jovens uma certa sensibilidade sociológica para a sua
realidade mais próxima e para questões mais amplas da atualidade, por meio da
discussão de temas consagrados da análise sociológica.
1. Contribuir
para o estabelecimento da distinção entre o conhecimento de senso comum e o
conhecimento científico, e explicitar a especificidade da tarefa do sociólogo
enquanto cientista social.
2. Entender
que o conhecimento sociológico é produzido a partir de uma postura diante dos
fatos sociais, marcada pelo estranhamento e desnaturalização,
compreendendo que os processos sociais são fruto de fenômenos históricos,
culturais e sociais.
3. Compreender
que o ensino da sociologia deve ter como objetivo desenvolver no aluno um olhar
sociológico ou uma sensibilidade sociológica que lhe permita entender o seu
lugar na sociedade e situar-se nela.
4. Dominar
os conhecimentos sociológicos necessários que permitam ao aluno perceber as
dinâmicas de relação e interação sociais e construir explicações a respeito da
sociedade e de suas transformações.
5. Compreender
que o ensino das ciências sociais deve propiciar o conhecimento da e o respeito
à sociedade brasileira, de sua posição no contexto internacional, bem como da
diversidade, das desigualdades e diferenças que a constituem.
6. Ser
capaz de, ao desenvolver as atividades pedagógicas, a partir do aluno, do seu
contexto social de origem, das suas vivências e experiências como forma de
introdução, desenvolvimento e apreensão do saber sociológico.
7. Promover
e valorizar a capacidade de elaboração de um conhecimento crítico a respeito das
questões sociais, incentivando a autonomia intelectual.
8. Reconhecer
a importância da formalização dos direitos de cidadania, do conhecimento sobre
o papel do cidadão e da participação política, desenvolvendo formas de reflexão
e debate que capacitem o aluno a exercer de forma plena e consciente seus
direitos e deveres civis, sociais e políticos.
9. Dominar
as teorias clássicas e contemporâneas da sociologia, das metodologias
científicas de investigação e das formas de ensiná-las, adequando-as à
capacidade cognitiva dos alunos.
10. Reconhecer
a importância da pesquisa como recurso didático fundamental para o
desenvolvimento do olhar sociológico, envolvendo o aluno em situações que lhe
permitam observar e refletir criticamente sobre o mundo que o cerca. Ter o domínio
do conhecimento teórico e metodológico necessário para a elaboração de um
projeto de pesquisa, a definição do problema de investigação e o levantamento e
análise de dados.
1. Reconhecer
a especificidade do conhecimento sociológico, enquanto forma de conhecimento
científico que permite compreender e explicar a sociedade, segundo critérios
metodológicos objetivos, esclarecendo a diferença entre senso comum e ciência,
e considerando a distinção entre as principais correntes sociológicas e a
compreensão do processo de nascimento e desenvolvimento da sociologia.
2. Entender
o significado antropológico do estranhamento como postura metodológica que
orienta a prática científica, com o objetivo de entender e explicar as razões
de determinados fenômenos sociais. Compreender a atitude de conhecer a
realidade social questionando-a e construindo um distanciamento em relação a
ela.
3. Compreender
a desnaturalização como a atitude de não tomar como
naturais os acontecimentos, as explicações e concepções existentes a respeito
da vida em sociedade, recusando os argumentos que “naturalizam” as ações e
relações sociais.
4. Identificar
o processo social básico na vida de todo ser humano – o processo de
socialização – determinando suas características, a maneira pela qual os
indivíduos agem e reagem diante dos outros e convivem em diferentes grupos e
espaços de sociabilidade, de maneira a expressar as formas de interiorização
das normas, regras, valores, crenças, saberes e modos de pensar que fazem parte
da herança cultural de um grupo social humano.
5. Compreender
como se dá a construção social da identidade, explicitando seu caráter
processual e relacional, considerando que é na relação com o outro, marcada
pela diferença, que o indivíduo expressa o seu pertencimento a determinado
grupo social. Saber que essa construção identitária
se dá por meio de símbolos que ajudam o indivíduo a construir identidades para
si e para o outro.
6. Apreender
a ideia de cultura de um ponto de vista antropológico
e identificar suas características. Reconhecer que a unidade entre todos os
seres humanos é o fato de que o homem é um ser cultural, entendendo o papel da
cultura e do instinto da vida dos homens, considerando que a humanidade só
existe na diferença.
7. Identificar
o que une e o que diferencia os seres humanos, qual é a relação do homem com
seus instintos e o que o separa dos outros animais. Esclarecer o que é
etnocentrismo, relativismo cultural, determinismo biológico e determinismo
geográfico e seus limites e possibilidades para a compreensão das diferenças
entre os homens.
8. Reconhecer
a existência da desigualdade social, apontando as diferenças que situam
indivíduos e grupos em posições hierarquicamente superiores e inferiores na
estrutura social. Reconhecer a existência de desigualdades com base em
atributos sociais como idade, sexo, ocupação, renda, raça ou cor da pele,
classe etc, e que estabelecem diferenças no acesso às
condições de vida.
9. Compreender
criticamente a noção de raça e etnia.
Distinguir as diferentes abordagens sociológicas do conceito de classe e
de estratificação social.
10. Conhecer
as reflexões acerca do trabalho de Émile Durkheim:
Compreender os conceitos de coesão social, solidariedade e a função da divisão
social do trabalho em Durkheim.
11. Conhecer
as reflexões acerca do trabalho de Karl Marx. Identificar o trabalho como
mediação entre o homem e a natureza e ter clareza sobre os conceitos de divisão
do trabalho, processo de trabalho e relações de trabalho. Discutir os conceitos
de fetichismo da mercadoria, alienação no processo de produção capitalista e
acumulação primitiva.
12. Conhecer
as reflexões acerca do trabalho de Max Weber. Entender a afinidade eletiva
entre a ética protestante e o espírito do capitalismo.
13. Explicar
as transformações no processo e na organização do trabalho e suas implicações
no emprego e desemprego na atualidade. Identificar o perfil daquelas categorias
sociais mais atingidas pelo desemprego no Brasil. Ter noções da situação do
jovem no mercado de trabalho brasileiro.
14. Identificar
criticamente a problemática da violência no contexto brasileiro. Reconhecer as
diferentes formas de violência: simbólica, física e psicológica.
15. Identificar
e compreender de forma crítica como a violência doméstica, a violência sexual e
a violência na escola são exercidas em suas diferentes formas. Estabelecer uma
reflexão crítica quanto ao papel de professores, gestores e alunos na produção
e reprodução da violência.
16. Analisar
criticamente as condições de exercício da cidadania no Brasil ao longo da sua
história. Distinguir o que são direitos civis, direitos políticos, direitos
sociais e direitos humanos. Compreender a relação entre a formação do Estado
brasileiro e a constituição dos direitos civis, políticos, sociais e humanos no
Brasil.
17. Elaborar
uma reflexão crítica sobre a formalização dos direitos da cidadania e as suas
possibilidades de efetivação, bem como a respeito dos direitos e dos deveres do
cidadão. Conhecer e estudar as principais leis que permitem o exercício da
cidadania e identificar a ampliação dos direitos de cidadania a grupos sociais
específicos, como mulheres, indígenas e negros.
18. Compreender
os conceitos, os elementos constitutivos e as características do Estado.
Distinguir entre os conceitos de Estado e governo e identificar as formas de
governo no Estado moderno: monarquia, república e democracia. Identificar e
reconhecer diferentes sistemas de governo: parlamentarismo e presidencialismo.
19. Analisar
a organização política do Estado brasileiro, com a divisão dos Poderes
(Legislativo, Executivo e Judiciário) e identificando sua natureza e funções.
20. Demonstrar
noções claras sobre o funcionamento das eleições no Brasil, a formação dos
partidos, a importância do voto e o papel do eleitor no sistema democrático.
1. BERGER,
Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção
social da realidade, Petrópolis:Vozes, 2006.
2. BRAVERMAN,
Harry. Trabalho e capital monopolista.
Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos
Editora S. A., 1987. Capítulos 1, 2 e 3.
3. BRYM, Robert, Lie, J. et al. Sociologia: uma bússola para um novo mundo.
São Paulo: Cengage Learning,
2008.
4.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2008.
5. CUCHE,
Dennys. A
noção de cultura nas ciências sociais. 2. ed. Bauru:Edusc,
2002.
6. DA
MATTA, Roberto. A Antropologia no quadro
das ciências. In:_______. Relativizando: uma introdução à antropologia
social. Rio de Janeiro:Rocco, 1981.
7. DE
CICCO, C. e GONZAGA, Álvaro de A. Teoria
Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
8. DUBAR,
Claude. A socialização: construção das
identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
9. GIDDENS,
Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2008.
10. GOFFMAN,
Erving. A
representação do Eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 2009.
11. GUIMARÃES,
Antonio Sérgio A. Racismo e anti-Racismo
no Brasil. São Paulo: Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo; Ed.
34, 1999.
12. LARAIA,
Roque de Barros. Cultura: um conceito
antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro:Zahar,
2009.
13. MARRA,
Célia A. dos Santos. Violência escolar –
a percepção dos atores escolares e a repercussão no cotidiano da escola.
São Paulo: Annablume, 2007.
14. MICHAUD,
Yves. A violência. São Paulo: Ática,
1989.
15. PINSKY, Jaime; Pinsky,
Carla B. (org.) História
da Cidadania. São Paulo: Editora Contexto, 2003.
1.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo
para o ensino de Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo: SE, 2009.
Disponível em:
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/PPC_soc_revisado.pdf
O professor atuante na
modalidade de Educação Especial deve ter como princípio a Educação Inclusiva,
partindo do pressuposto de que todos os alunos têm direito de estar juntos,
convivendo e aprendendo.
O professor
especializado deve estar atento às possibilidades de acesso, tanto físico como
de comunicação, a partir do conhecimento dos recursos necessários e
disponíveis, o que permite o desenvolvimento pleno do humano.
Aliado a isso,
coloca-se a questão didática, pois o professor especializado deve ter a clareza
das características próprias de seu trabalho, que não pode avançar sobre aquele
da sala comum. Guarda-se, assim, uma relação dialética entre o professor da
sala comum e o professor especializado, devendo ser próprio deste último a
competência para trabalhar com o aluno as questões relativas às dificuldades
geradas pela deficiência.
Não pode ser esquecida,
também, a amplitude do olhar que o professor especializado deve ter com relação
a seus colegas da sala comum, à equipe escolar como um todo e à comunidades,
principalmente, à família do aluno.
Enfim, impõe-se ao
professor especializado a percepção das contínuas mudanças sociais que foram se
concretizando ao longo do tempo, tendo como referência a questão da
diversidade. Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução das
políticas públicas, refletidas na legislação atual, principalmente no que se
refere ao Brasil e ao estado de São Paulo.
1. Demonstrar
conhecimento dos aspectos históricos da relação da sociedade com as deficiências
e a pessoa com deficiência.
2. Conhecer
as várias tendências na abordagem teórica da educação das pessoas que
apresentam necessidades educacionais especiais.
3. Ser
capaz de produzir e selecionar material didático em vista do trabalho
pedagógico.
4. Dominar
noções dos aspectos fisiológicos e clínicos das deficiências.
5. Identificar
as necessidades educacionais de cada aluno por meio de avaliação pedagógica.
6. Elaborar
Plano de Atendimento no Serviço de Apoio Pedagógico Especializado – SAPE,
visando a intervenção pedagógica nas áreas do desenvolvimento global e
encaminhamentos educacionais necessários.
7. Desenvolver
com os alunos matriculados em classes comuns atividades escolares
complementares, submetendo-as a flexibilizações, promovendo adaptações de
acesso ao currículo e recursos específicos necessários.
8. Conhecer
os indicadores que definam a evolução do aluno em relação ao domínio dos
conteúdos curriculares e elaborar os registros adequados.
9. Interagir
com seus pares, com a equipe escolar como um todo, com a família e com a
comunidade, favorecendo a compreensão das características das deficiências.
10. Utilizar-se das diversas contribuições
culturais para facilitar aos alunos sua compreensão e inserção no mundo.
1. Identificar
os vários aspectos de como se apresentam a deficiência e decidir sobre os
recursos pedagógicos a serem utilizados.
2. Conhecer os Recursos de Comunicação
Alternativa.
3. Conhecer
Recursos de Acessibilidade ao Computador.
4. Reconhecer
e identificar materiais pedagógicos: engrossadores de lápis, plano inclinado,
tesouras adaptadas, entre outros.
5. Identificar
formas adequadas de acompanhamento do uso dos recursos alternativos em sala de
aula comum.
1. Identificar
aspectos culturais próprios da comunidade surda.
2. Dominar
a metodologia de ensino da Língua Portuguesa para Surdos.
3. Dominar
a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
4. Dominar
o ensino com LIBRAS.
5. Reconhecer
e identificar materiais didáticos e pedagógicos com base na pedagogia visual e
na Libras, entre outros.
1. Dominar
o ensino do Sistema Braille.
2. Demonstrar
o domínio de conhecimentos sobre orientação e mobilidade e sobre atividades da
vida autônoma.
3. Dominar
conhecimentos para uso de ferramentas de comunicação: sintetizadores de voz
para ler e escrever via computador.
4. Dominar
a técnica de Soroban.
5. Identificar
material didático adaptado e adequado, de acordo com a necessidade gerada pela
deficiência (visão subnormal ou cegueira).
1. Identificar
e ser capaz de avaliar a necessidade de elaboração de Adaptação Curricular.
2. Diante
de situações de diagnóstico, ser capaz de avaliar a necessidade de Currículo
Natural Funcional para a vida prática, e habilidades acadêmicas funcionais.
3. Identificar
materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas de se
atingir o mesmo objetivo proposto para sala do ensino comum, levando em conta
os limites impostos pela deficiência.
4. Identificar
habilidades básicas de autogestão e específicas visando o mercado de trabalho.
5. Reconhecer
situações de favorecimento da autonomia do educando com deficiência
intelectual.
1. BIANCHETTI,
L.; FREIRE, I. M. Um Olhar sobre a
Deficiência. Campinas: Papirus, 1998.
2. MANTOAN,
Maria Teresa Egler. Inclusão Escolar - O que é ? Por quê? Como Fazer? 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.
3. MAZZOTTA,
Marcos José da Silveira. Educação Especial
no Brasil História e Políticas Públicas, SP, Cortez, 1996.
4. MITTLER,
Peter. Educação Inclusiva: Contextos
Sociais. Porto Alegre: Art Med, 2003.
5. ROSITA,
Edler Carvalho. Educação
Inclusiva com os Pingos nos Is. 2. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
6. SASSAKI,
Romeu Kazumi. Inclusão:
Construindo uma Sociedade para Todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
7. STAINBACK,
S. STAINBACK, W. Inclusão: um guia para
educadores. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1999.
8. GOES,
M. C. R. de. Linguagem, Surdez e
Educação. Campinas, SP: Autores Associados, 1996.
9. GOLDFELD,
M. A criança surda: linguagem e cognição
humana numa perspectiva sócio-interacionista. São
Paulo, SP: Plexus: 1997.
10. SKLIAR,
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11. BASIL,
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A. Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem
escolar. Vol.3 Porto Alegre: Artes Médicas, 1995 (pp
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12. AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Retardo mental: definição, classificação e sistemas
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Alegre: Artmed, 2006.
13. OMS
- Organização Mundial da Saúde, CIF: Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde [Centro Colaborador
da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações
Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia Maria Buchalla].
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP; 2003.
14.
AMORIN,
Célia Maria Araújo de e ALVES, Maria Glicélia. A criança cega vai à escola: preparando
para alfabetização. Fundação Dorina, 2008.
15.
LIMA,
Eliana Cunha, NASSIF, Maria Christina Martins e FELLIPE, Maria Cristina Godoy
Cruz. Convivendo com a baixa-visão: da
criança à pessoa idosa. Fundação Dorina, 2008.
1. BRASIL,
Ministério da Educação. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Brasília, MEC/SEF, 1999.
2. BRASIL.
Ministério da Educação. Atendimento
educacional especializado: deficiência física. Brasília: SEESP/SEED/MEC,
2007.
3. BRASIL.
Ministério da Educação. Estratégias e
orientações pedagógicas para a educação de crianças com necessidades
educacionais especiais: dificuldades de comunicação e sinalização: deficiência
múltipla. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP,
2002.(Educação Infantil, vol. 5).
4. BRASIL.
Ministério da Educação. Saberes e
Práticas da Inclusão: Desenvolvendo competências para o atendimento às
necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência física/neuro-motora. Secretaria de Educação Especial.
Brasília: MEC/SEESP, 2006.
5.
BRASIL. Ministério da Educação. Atendimento Educacional Especializado:
Deficiência Mental. Secretaria de Educação
Especial. MEC/SEESP, Brasília, 2007.
6.
BRASIL. Ministério da Educação. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional
para a Deficiência Mental. Secretaria de Educação
Especial. MEC/SEESP, Brasília, 2005.
7. BRASIL. Ministério da Educação.
Educação Especial: Construção do
Pré-Soroban. MEC/SEESP, Brasília.
8. BRASIL. Ministério da Educação.
Educação Especial: Grafia Braille para a
Língua Portuguesa. MEC/ SEESP,
Brasília, 2006.
9. BRASIL. Ministério da Educação.
Educação Especial: Orientação e
Mobilidade – Conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência
visual. MEC/SEESP, Brasília.