Resolução SE 19, de 13-3-2009
A Secretária de Estado da Educação
considerando:
a
importância da criação de um programa que propõe uma nova relação do currículo escolar com
diferentes manifestações culturais no Estado de São Paulo;
a importância da utilização de
equipamentos e bens culturais, públicos e/ou privados existentes no Estado,
como ferramenta para o desenvolvimento dos conteúdos curriculares,
Resolve:
Art. 1º - Fica instituído o Programa
Cultura é Currículo para alunos e professores da rede pública estadual de
ensino a ser desenvolvido por meio de três projetos (“Lugares de Aprender: a
escola sai da escola”, “O cinema vai à escola – o uso da linguagem
cinematográfica na educação” e “Escola em Cena”) de que tratam os itens A, B e
C do Anexo I, que integra a presente resolução:
Parágrafo único - São objetivos do
Programa Cultura é Currículo:
1. Democratizar o acesso de professores
e alunos da rede pública estadual a equipamentos, bens e produções culturais
que constituem patrimônio cultural da sociedade, tendo em vista uma formação
plural e inserção social;
2. Fortalecer o ensino por meio de
novas formas e possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos curriculares em
articulação com produções socioculturais e fenômenos naturais,
diversificando-se as situações de aprendizagens;
3. Estimular e desenvolver a
aprendizagem por intermédio de interações significativas do aluno com o objeto
de estudo/conhecimento de disciplinas, reforçando-se o caráter investigativo da
experiência curricular.
Art. 2º - A participação da unidade
escolar no Projeto “Lugares de Aprender: a escola sai da escola” se fará por
Termo de Adesão e Compromisso da Escola e da Diretoria de Ensino, por suas
Oficinas Pedagógicas, conforme Anexo II desta resolução.
Parágrafo único: As escolas que
assinarem o Termo de que trata o caput deste artigo, comprometem-se a
realizarem as visitas às instituições culturais e a utilizarem o material
pedagógico desenvolvido para o projeto, tornando parte do conteúdo curricular,
o conhecimento apreendido nas visitas.
Art. 3º - Fica criada, junto ao
Gabinete da Secretária, Comissão de Estudos responsável pelo desenvolvimento do
Programa, com as seguintes atribuições:
I - Propor medidas para implantação do
Programa na Capital, Grande São Paulo e Interior e adequações aos Projetos a
serem desenvolvidos em consonância com as diretrizes da Secretaria da Educação;
II – Definir critérios para análise e
avaliação das ações desenvolvidas pelos Projetos do Programa;
III – Divulgar as produções e
experiências dos alunos das escolas participantes de cada projeto do Programa;
IV – Promover debates e seminários para
ajustes dos conteúdos dos Projetos às propostas curriculares da Secretaria da
Educação;
V – Orientar a participação das escolas
por meio de um Termo de Adesão e Compromisso que deverá ser assinado por
“aquelas que queiram participar do Projeto Lugares de Aprender: a escola sai da
escola, nos termos do Anexo II que integra esta resolução;
VI – Validar a aplicação do Termo de
Adesão e Compromisso junto às Diretorias de Ensino e escolas participantes e
efetuar reformulações sempre que necessário;
VII – Acompanhar as reuniões de
avaliação do Programa junto às instituições culturais e Diretorias de Ensino
participantes;
VIII – Promover reuniões sistemáticas
com a Secretaria Estadual de Cultura, para estabelecer e reforçar os objetivos
e metas do Programa;
IX – Convidar, quando necessário,
educadores da Rede Estadual de Ensino e das Instituições Culturais participantes
do Projeto, para avaliar, sugerir e apontar novos encaminhamentos para o
Programa, indicados pela Secretaria da Educação, Secretaria da Cultura e
Dirigentes das Instituições Culturais;
X - Encaminhar à Secretária Adjunta
relatório mensal das ocorrências e providências adotadas.
Art. 4º - Cabe à Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
I – Estabelecer acordos com
instituições culturais no Estado de São Paulo, passíveis de receberem, em
visita, alunos da rede pública estadual de ensino;
II - Repassar as vagas e horários de
visitas às Diretorias de Ensino que devem repassar às escolas de sua
responsabilidade;
III - Encaminhar material didático
referente ao projeto, para as escolas participantes e disponibilizar o material
no site http://culturaecurriculo.edunet.sp.gov.br.
Art. 5º - A Comissão de que trata o
artigo 2º desta resolução será composta pelos seguintes profissionais, sob a
coordenação do primeiro:
I.Claudia Rosenberg Aratangy - FDE RG
4.871.480
II. Devanil Tozzi - FDE RG 19.752.499
III. Tânia Aparecida Gonçalves - CEI RG
8.170.988
IV. Vidette Bonazzio - COGSP RG
12.442.060-6
V. Ariovaldo da Silva Stella - CENP RG
13.030.964
VI. Bruno
Fischer Dimarch – CENP RG 30.389.391-6
Art. 6º - Esta resolução entra em vigor
na data de sua publicação.
ANEXO
I PROGRAMA CULTURA É CURRÍCULO
O Programa Cultura é Currículo integra
o conjunto de ações definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo para concretização da sua política educacional, visando propiciar melhor
qualidade de ensino da escola pública estadual, seja no sentido de atender aos
desafios do mundo moderno, como em relação à função de transmissão do saber,
para inserção social de seus alunos. Em acordo com as orientações pedagógicas
da atual gestão, pauta-se por princípios estabelecidos para a organização
curricular:
Currículo e Cultura;
Currículo referido a competências;
Currículo que tem como prioridade a
competência escritora e leitora.
Nesse contexto, a definição do Programa
orientou-se por três objetivos básicos a serem alcançados:
Democratizar o acesso de professores e
alunos da rede pública estadual a equipamentos, bens e produções culturais que
constituem patrimônio cultural da sociedade, tendo em vista uma formação plural
e a inserção social.
Fortalecer o ensino por meio de novas
formas e possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos curriculares em
articulação com produções socioculturais e fenômenos naturais,
diversificando-se as situações de aprendizagens.
Estimular e desenvolver a aprendizagem
por intermédio de interações significativas do aluno com o objeto de
estudo/conhecimento de disciplinas, reforçando-se o caráter investigativo da
experiência curricular.
O Programa Cultura é Currículo é
composto por três projetos: a -”Lugares de Aprender: a Escola Sai da Escola”, B
- “Escola em Cena” e C - “O Cinema vai à Escola”.
A - Projeto LUGARES DE APRENDER: a
ESCOLA SAI DA ESCOLA
Tem como objetivo promover o acesso de
professores e alunos da rede pública estadual paulista de ensino a museus,
centros, institutos de arte e cultura e a parques, como atividade articulada ao
desenvolvimento do currículo, e foi concebido em acordo com a Proposta
Curricular do Estado de São Paulo, observando as orientações pedagógicas da
Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP.
Para tanto, os professores receberão
orientações por meio de material de apoio pedagógico, denominado Subsídios para
o Desenvolvimento de Projetos Didáticos. Apresentam uma seqüência de atividades
para o ensino de disciplinas curriculares, entre as quais a de visita a uma
instituição cultural, centradas em eixos temáticos presentes na proposta
curricular das séries e algumas disciplinas.
Os projetos foram definidos para cinco
segmentos da escolaridade básica, cada um com seu respectivo eixo temático:
• 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental
– Os seres vivos diante das estrelas
• 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental
– Heranças Culturais
• 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental
– Espaços, Tempos e Obras
• 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental
– Patrimônio, Expressões e Produções
• 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio –
Séculos, Contextos e Transformações
Justificativa
O Estado de São Paulo, em especial sua
capital, oferece uma infinidade de opções culturais à população. Contudo,
grande parte dos alunos da escola pública não tem acesso a elas e, muitas
vezes, até desconhecem sua existência.
Por ser a cultura parte do patrimônio
das sociedades, é função da escola fazer com que seus alunos reconheçam esses
locais, como também que a eles tenham acesso. Dessa forma, tendo em vista uma
formação plural, este projeto oferece oportunidades para que alunos e
professores da rede pública usufruam os equipamentos culturais disponíveis na
cidade de São Paulo.
Nessa perspectiva de trabalho da escola
com a arte e a cultura, o trabalho do professor, responsável pela mediação do
aluno com o conhecimento, será apoiado por materiais pedagógicos que reforcem a
intencionalidade das experiências no âmbito cultural, articulando os conteúdos
de diferentes áreas curriculares com os objetos socioculturais, fenômenos
naturais e outras fontes de conhecimento com as quais os alunos irão interagir
em suas visitas.
Objetivos
• Proporcionar aos alunos e professores
do Ensino Fundamental e Médio da rede estadual o contato direto com diferentes
instituições e espaços culturais.
• Produzir e oferecer textos e
orientações aos educadores das Diretorias de Ensino da COGSP (Capital),
sugerindo novas formas e possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos
curriculares, por meio de projetos didáticos nos quais a visitação a
instituições e espaços de cultura está articulada a outras atividades de
aprendizagem.
Resultados Esperados
• Dinamização do trabalho docente com a
realização de projetos didáticos correlacionados ao currículo escolar e às
experiências desenvolvidas nas instituições e espaços culturais.
• Ampliação e aprofundamento da
aprendizagem dos alunos pela apropriação de conteúdos de disciplinas das áreas
científicas, de arte e de comunicação lingüística, proporcionados nas visitas
às instituições culturais.
• Ampliação do universo cultural de
alunos e professores.
• Valorização do patrimônio cultural da
cidade.
• Compreensão e respeito às diferenças
culturais de grupos e povos.
• Formação de público de visitação a
instituições e espaços culturais, decorrente do desenvolvimento do interesse de
alunos e professores pela apropriação de bens culturais.
Material Pedagógico
O material pedagógico produzido para
apoiar os educadores no planejamento, exploração e utilização pedagógica das
visitas a instituições e a espaços culturais é formado por subsídios para o
desenvolvimento de projetos didáticos, elaborados para cada segmento, de acordo
com as disciplinas, temas transversais e eixos temáticos estabelecidos.
Apresentam uma justificativa da importância do tema a ser tratado, situando-o
na proposta curricular; os objetivos do trabalho; a identificação do que se
espera que os alunos aprendam; o produto a ser apresentado ao final das
atividades de aprendizagem e as etapas de seu desenvolvimento.
A visita à instituição cultural é uma
das situações de aprendizagem desse conjunto de atividades.
Horizontes Culturais – Lugares de
Aprender: publicação com três textos iniciais para reflexão sobre a experiência
de visitação às instituições, complementados por um conjunto de informações
sobre museus, centros culturais, institutos, memoriais, parques, jardins e
outros espaços de conhecimento cultural na cidade.
Lugares de Aprender: produção de vídeos
sobre as instituições culturais participantes do projeto, contendo informações
sobre a instituição e seu acervo/objeto de trabalho. Cada vídeo tem duração de
4 a 8 minutos por instituição.
B - Projeto o cinema vai à escola – o
uso da linguagem cinematográfica na educação
Em continuidade à política da
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo de subsidiar a rede pública de
ensino com materiais, equipamentos e acervos didáticos, fornece às escolas de
Ensino Médio um conjunto de filmes de diferentes categorias e gêneros, em DVD,
acompanhado de materiais de apoio à prática pedagógica.
Com esse acervo, pretende-se facilitar
o acesso dos alunos a produções cinematográficas que contribuam para a formação
crítico-reflexiva do jovem e do adulto, a ampliação do seu repertório cultural,
o desenvolvimento da sua competência leitora e o diálogo entre o currículo
escolar e as questões socioculturais mais amplas.
Justificativa
Na contemporaneidade, é importante que
a Educação Escolar ofereça aos alunos oportunidades de conhecer e aprender por
meio de uma das principais linguagens da atualidade: a linguagem
cinematográfica. Seu uso, como prática educativa, facilita significativamente o
diálogo entre os conteúdos curriculares e os conhecimentos mais gerais.
Por intermédio da leitura e análise de
imagens e de ferramentas utilizadas pelo cinema, o trabalho com essa linguagem,
entre outros aspectos, contribui para o desenvolvimento da compreensão crítica
do mundo e das novas tecnologias, tendo em vista os benefícios que proporciona
à formação do aluno. A cada exibição cinematográfica, novos olhares, sensações
e experiências se renovam e se fortalecem e ainda podem gerar reflexões que se
prolongam por toda a vida.
Os universos reais e fictícios projetados
na tela simulam contextos e cenários que retratam valores individuais e
coletivos, que poderão ser discutidos e ampliados por meio do debate com a
comunidade escolar.
Com sua expressiva versatilidade, a
linguagem cinematográfica compreende, além de um corpo de conhecimento notável,
mecanismo de interfaces com outras linguagens, dialogando com várias
expressões: o teatro, a dança, a música e as artes plásticas.
Assim, pelo exposto, justifica-se a
execução desse projeto nas escolas estaduais de Ensino Médio, criando-se também
nova oportunidade para uma concepção mais abrangente da intersecção
educação/cultura.
Vale registrar que o projeto poderá ser
ampliado com as ações conjuntas que vêm sendo realizadas com a Secretaria
Estadual da Cultura.
Objetivo Geral
Favorecer o acesso de educandos e
educadores do Ensino Médio das escolas estaduais do Estado de São Paulo à
produção cinematográfica de diferentes categorias e gêneros, com apoio de
material para a prática educativa.
Objetivos Específicos
Que o aluno possa:
• conhecer a linguagem cinematográfica
como mais um elemento constitutivo de sua formação;
• analisar produções cinematográficas,
estabelecendo o diálogo entre a narrativa do cinema, os conhecimentos
adquiridos ao longo da escolaridade básica e os demais conhecimentos;
• incorporar a arte do cinema ao seu
repertório cultural, ampliando, assim, sua potencialidade no exercício de uma
postura crítica e reflexiva na vida e no trabalho.
Público-Alvo
Alunos de Ensino Médio das 91
Diretorias de Ensino da Coordenadoria de Ensino do Interior - CEI e da
Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo - COGSP.
Produção de Materiais de Apoio Didático
I. Caderno de Cinema do Professor
Esta publicação trata de alguns
referenciais teóricos e de orientações didático-metodológicas para o trabalho
com a linguagem cinematográfica na escola, por meio de textos produzidos por
especialistas e entrevistas com cineastas e educadores. Além disso, oferece
informações técnicas como sinopses e créditos dos filmes, glossário e
referências bibliográficas.
II. Vídeo: Luz, Câmera... Educação!
Integra o conjunto um DVD com vídeo
especialmente produzido para o projeto, que aborda a linguagem cinematográfica,
seus códigos e artifícios, com o intuito de apurar o olhar reflexivo do aluno
espectador. A partir de uma cena original, são desvelados e analisados vários
aspectos de uma produção cinematográfica, tais como o uso da câmera, das
lentes, da iluminação, a direção de arte, o figurino, o som direto, a trilha, a
montagem, a dramaturgia entre outros.
Dessa forma, o principal objetivo desse
vídeo é favorecer o uso da linguagem cinematográfica na escola, transformando o
trabalho pedagógico em oportunidades para que os alunos possam aprender uma das
principais linguagens que fazem parte da cultura contemporânea.
Seleção do Conjunto de 20 Filmes em DVD
A definição dos critérios de escolha
dos filmes considerou o interesse e as necessidades do público jovem e jovem
adulto, tendo em vista o currículo do Ensino Médio e a prática docente.
Os dados da consulta, por amostragem,
aplicada na rede estadual aos alunos do Ensino Médio, em 2007, revelaram a
preferência dos seguintes temas e assuntos de filmes:
ética e cidadania; meio ambiente;
sexualidade; educacionais; drogas; violência, históricos, preconceito,
conflitos da adolescência, reflexões sobre a realidade, saúde e qualidade de
vida.
Além disso, também foram considerados
alguns princípios norteadores:
• produções de distintas épocas e
escolas cinematográficas;
• diversidade de gêneros: documentário,
ficção, cinebiografia, comédia, drama, suspense, etc.;
• produções cinematográficas de
diferentes países;
• filmes não exibidos exaustivamente
pela televisão.
C - Projeto Escola em Cena
Destina-se a professores e alunos da
rede estadual paulista de ensino e tem como objetivos organizar ações para o
acesso de alunos e professores a produções de teatro e dança e orientar as
escolas para que essas atividades culturais sejam articuladas
significativamente ao desenvolvimento do currículo. Para tanto, os professores
recebem orientações, antecipadamente, por intermédio de material de apoio
pedagógico, veiculado por meio digital, com sugestões de projetos didáticos a
serem desenvolvidos na escola e referenciais de caráter teórico-metodológico
para sua fundamentação. Essas propostas representam indicações de
possibilidades de articulação da experiência de contato com as produções de
teatro e dança ao trabalho pedagógico, de forma a contextualizá-la no ensino de
suas disciplinas. Aliado a isso, esses projetos abrem possibilidades para o
desenvolvimento de atividades de sistematização de conhecimentos
que podem ser partilhadas por toda a
escola, como a apresentação de jogos teatrais, improvisações, peças, seqüências
coreográficas, a produção e divulgação de textos dramáticos, de estudos sobre
manifestações dessas artes, de críticas de espetáculos e, ainda, outras que
poderão ser criadas por alunos e professores. Escola em Cena é um projeto da
Secretaria da Educação que conta com a parceria da Secretaria Estadual da
Cultura.
Justificativa
As linguagens do teatro e da dança
integram o currículo da escola estadual como expressões da disciplina Arte,
desde as séries iniciais até o ensino médio, e por isso é de suma importância
que se ofereça aos alunos a possibilidade de assistir a exibições nessas áreas.
Assim, tanto em visitas a casas de espetáculo quanto em apresentações na
própria escola, participar dessas produções não pode se caracterizar como um
evento desarticulado do currículo e do planejamento escolar, mas a atividade
requer a preparação dos alunos para a apreciação dos elementos constitutivos
dessas linguagens. Dessa forma, considerando- se as especificidades dessa
interação, é fundamental que o professor inicie esse trabalho antes do momento
da apreciação do espetáculo pelos alunos, ampliando as possibilidades de
promoção de uma experiência mais significativa para ambos.
Essa ação, como complemento das
atividades pedagógicas, deve ser coerente com os objetivos e procedimentos de
trabalho definidos no planejamento docente, de forma que a diversificação de
experiências de fruição e de produção em teatro ou em dança possibilite o
aprofundamento de conteúdos de Arte e a abrangência de relações com outras
disciplinas e com temas transversais.
É importante destacar que a inclusão
das linguagens de teatro e dança na educação – tanto pelo acesso de alunos e
professores a espetáculos, quanto pela montagem de peças, improvisações e
coreografias na escola – necessita de direcionamento pedagógico para
conformá-las às diretrizes da atual política educacional do Estado, com base
nos Parâmetros Curriculares Nacionais e considerando os conteúdos programáticos
propostos para disciplinas do Ensino Médio pela Secretaria Estadual da Educação.
Assim, a participação de alunos e
professores em ações culturais de teatro e dança requer algumas condições que
contribuam para a dinamização da prática de ensino – ao diversificá-la, gerando
maior envolvimento do aluno no trabalho pedagógico – e para o seu
enriquecimento, ao propiciar uma outra ordem de interação com o objeto de
estudo, no sentido de atingir resultados efetivos da aprendizagem nos âmbitos
estético, cognitivo, social e afetivo.
Aprendizagens para os Alunos
Ao longo do projeto, espera-se que os
alunos sejam capazes de:
• identificar e explorar os elementos
que compõem as linguagens de teatro e de dança (direção, cenografia,
iluminação, figurinos, maquiagem, coreografia, interpretação, discurso cênico);
• identificar as formas de organização,
integração e apresentação dos elementos que compõem a cena (voz, corpo,
movimento, espaço, som, gesto, palavra, interatividade);
• conhecer práticas e teorias das
linguagens artísticas de teatro e de dança, bem como familiarizar-se com seus códigos
e articulações formais, aspectos expressivos, técnicas e materiais,
contextualizando-os em diversos âmbitos – geográfico, social, histórico,
cultural e psicológico;
• identificar técnicas expressivas na
construção dos discursos cênicos;
• correlacionar as diversas expressões
do corpo em cena;
• identificar e comparar as
configurações da relação palco/platéia;
• reconhecer a singularidade e a
diversificação das manifestações de teatro e de dança em diferentes culturas e
momentos históricos;
• explorar formas de categorização das
produções cênicas de acordo com suas formas de organização, integração e
apresentação e contexto histórico, geográfico e sociocultural;
• apreciar e discutir criticamente
teatro e dança.
Caracterização do Material Pedagógico
O material pedagógico de apoio ao
projeto caracteriza-se pela abordagem de três vertentes: unidade informativa,
subsídios para o desenvolvimento de projetos didáticos e indicações práticas
para a criação de teatro estudantil na escola
1. na vertente informativa, serão
reunidos textos sobre a história do teatro e da dança em diversas culturas, os
elementos que compõem a cena, os diversos espaços cênicos, as manifestações
cênicas contemporâneas e seus aspectos característicos, o panorama da história do
teatro e da dança na escola, as relações entre produções cênicas e o contexto
sociopolítico e cultural, as modalidades dessas linguagens, o espectador e as
relações com ele; serão apresentados, ainda, depoimentos de profissionais da
área (artigos e entrevistas com diretores, atores, dançarinos, coreógrafos,
produtores, professores de teatro, cenógrafos, etc.), bem como a relação de
espetáculos em cartaz e de festivais de teatro e dança, bibliografia sobre a
exploração da linguagem do teatro e da dança na escola, especificidades sobre o
teatro e a dança, ilustrações, fotos, relação de sites, etc.
2. Nessa vertente, apresentam-se
orientações ao professor para a preparação dos alunos quanto à apreciação do
espetáculo e um elenco de atividades com procedimentos para o tratamento de
conteúdos relativos às linguagens de teatro e de dança, sempre vinculados à
especificação de resultados de aprendizagem esperados.
3. Como sugestões práticas para a
criação de teatro na escola, no material didático encontram-se indicações sobre
as etapas para organização do grupo segundo as diferentes funções a serem
desempenhadas, os procedimentos para a organização da cena, a utilização de
materiais na produção do espetáculo, e, ainda, sobre o envolvimento da
comunidade no projeto.
ANEXO II
TERMO DE ADESÃO e COMPROMISSO
A escola estadual
–––––––––––––––––––––- CIE nº –––––––- e a DE–––––––––––-, vem por meio deste,
firmar sua adesão ao Projeto Lugares de Aprender: a escola sai da escola,
desenvolvido pela SEESP por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação
– FDE, que tem por objetivo proporcionar aos alunos de ensino fundamental e
médio o acesso a experiências educativas em diferentes instituições culturais.
A Escola e a Diretoria de Ensino, para
o pleno de desenvolvimento do Projeto, respectivamente, por sua equipe gestora
e pelas Oficinas Pedagógicas, comprometem-se a cumprir as ações abaixo
indicadas:
I – Responsabilidades da Escola
1. Disponibilizar aos seus professores
os materiais “Subsídios para o desenvolvimento de projetos didáticos” e
“Horizontes Culturais: lugares de aprender” e os vídeos “Lugares de Aprender”
encaminhados pela FDE.
2. Divulgar e colocar o material em
discussão nas Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo para estudá-lo e planejar
seu uso em sala de aula, de modo a articular as visitas aos conteúdos
curriculares. Além disso, no caso de 5ª a 8ª e Ensino Médio, apresentar uma
proposta de trabalho que explicite quais conteúdos e atividades do Caderno do
Aluno/Professor estão relacionadas às visitas.
3. Elaborar um calendário de todas as visitas escolhidas ao longo
do ano, lembrando que uma classe só pode realizar uma visita por ano. Este
calendário deverá ser entregue à Oficina Pedagógica, na Diretoria de Ensino,
até o último dia do mês de maio, de cada ano. As oficinas pedagógicas
confirmarão as visitas que serão realizadas, uma vez que o número de vagas nas
instituições é limitado.
4. Acompanhar o desenvolvimento das
atividades dos projetos antes e depois das visitas.
5. Avaliar, junto com os professores, o
desenvolvimento do projeto e o aproveitamento das visitas.
6. Participar de encontros regionais e
vídeos-conferência sobre o projeto, programadas pela SEE/FDE.
7. Apresentar o projeto e o significado
das saídas dos alunos ao Conselho de Escola.
8. Obter junto aos pais/responsáveis a
autorização para a saída dos alunos para as visitas.
9. Encaminhar, em cada visita, todos os
alunos de uma classe de aula, sem distinção de seus aproveitamentos escolares
individuais. Não é permitida a seleção de alunos de classes diferentes para
compor o ônibus.
10. Assegurar que vá a cada visita um
ônibus completo, ou seja, 40 alunos. Somente em caso de uma turma de alunos não
atingir os 40 lugares do ônibus, poderá complementar os lugares restantes com
alunos de outra classe, porém da mesma série.
11. Assegurar que os alunos sejam
acompanhados por dois professores ou outro servidor da escola.
12. Cumprir os horários estabelecidos
para cada visita, chegando 20 minutos antes de seu início.
II - Responsabilidade da Diretorias de
Ensino – Oficinas Pedagógicas
1. Orientar e acompanhar os Professores
Coordenadores das escolas participantes, na implantação e desenvolvimento do
Projeto;
2. Organizar o CALENDARIO ANUAL de
visitas do Projeto Lugares de aprender: a escola sai da escola, para toda a
região, no âmbito da sua Diretoria e dar divulgação a esse calendário;
3. Orientar a empresa de ônibus
contratada para o transporte, sobre o local a ser visitado, segundo as
informações fornecidas pela FDE, pois algumas instituições recebem os alunos em
entradas diferentes das de recebimento do público em geral.
4. Acompanhar e zelar para o bom
desenvolvimento dos projetos e das visitas;
5. Avaliar anualmente o desenvolvimento
do programa.
A não aceitação ou descumprimento das
responsabilidades implica na exclusão da escola das ações do Projeto.
A escola ou turma cuja participação no
Projeto seja mal avaliada terá sua inclusão suspensa no ano seguinte.
–––––––––––––––––
Local e data
–––––––––––
Professor Coordenador
––––––––––––
Diretor de Escola
–––––––––––––
Professor Coordenador da Oficina
Pedagógica
–––––––––––––
Supervisor de Ensino